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Liga das Nações: Espanha (3-2) e França (3-0) avançam nos penáltis, Alemanha sobrevive (3-3)

Atualizado
Maignan brilhou nos penáltis
Maignan brilhou nos penáltisBertrand GUAY / AFP
A Espanha precisou de grandes penalidades depois de repetir o resultado da primeira mão com os Países Baixos (2-2) no tempo regulamentar, com o prolongamento a ditar um 3-3 e, nos penáltis, Unai Simón brilhou e Pedri selou a passagem. A França igualou a eliminatória com a Croácia com golos de Olise e Dembelé, enquanto Maignan e Upamecano foram os heróis nos penáltis. A Alemanha ameaçou golear a Itália ao vencer por 3-0 ao intervalo, mas os transalpinos igualaram a partida 3-3 e morreram na praia. Espanha-França e Portugal-Alemanha marcam as meias-finais da Liga das Nações, que serão disputadas em solo germânico.

Espanha 2-2 Países Baixos (5-4 após penáltis)

Depois de um empate 2-2 na primeira mão, a seleção espanhola recebeu os neerlandeses em Valencia para dar alegrias a uma comunidade ainda afetada pelo pesadelo que foi a tempestade Dana.

Pontuações dos jogadores
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Prontos para deixar sua marca desde o início, os espanhóis entraram em campo com a melhor das atitudes e empurraram o adversário para o seu próprio campo. Numa dessas jogadas, Jan Paul van Hecke correu e atropelou Mikel Oyarzabal dentro da área. O avançado da Real Sociedad, que teve um golo anulado por fora de jogo, converteu a penalidade e levou o estádio ao delírio.

Bart Verbruggen fez uma grande defesa a Nico Williams, sendo o guarda-redes quem manteve a diferença mínima ao intervalo. Entretanto, Lamine Yamal estava a desvanecer-se após um início promissor e acumulava erros que não lhe são habituais. Na segunda parte, os neerlandeses, um pouco mais confortáveis em campo, deram um passo em frente, apesar de quase não terem criado oportunidades. Memphis e Le Normand agarraram-se na área e o árbitro Clément Turpin decidiu que era suficiente para assinalar uma infração. O antigo jogador do Barcelona e do Atlético de Madrid não cometeu qualquer erro, com um remate espetacular.

Verbruggen foi forçado a intervir quase imediatamente após uma bela jogada individual de Nico, que foi fundamental no 2-1ao servir Oyarzabal, que empurrou a recarga ao seu próprio remate, de cabeça. Substituído por Ferran, o médio da Real Sociedad deixou o relvado em grande estilo.

Longe de perder a coragem, a Laranja Mecânica persistiu e conseguiu o tão desejado golo após uma tripla substituição (Noa Lang, Xavi Simons e Donyell Malen). Não foi nenhum deles a marcar, mas sim Ian Maatsen, que marcou como se fosse um avançado, depois de Dani Olmo ter deixado muito espaço à entrada da área. As duas equipas fizeram tudo para evitar o prolongamento, mas este acabou por chegar.

A presença do recém-entrado Pedri González foi determinante. Pedro Porro entrou em campo devido ao desconforto muscular de Óscar Mingueza. Nova força vital para a última meia hora, com o bilhete para as meias-finais em jogo. Apesar de estar longe da sua melhor forma, a lâmpada de Yamal acendeu-se depois de receber um excelente passe de Huijsen e de bater Maatsen com um golo extraordinário, levando o público de Turia ao rubro (103').

Van Hecke impediu o golo certo de Williams e deu oxigénio à equipa, capaz de empatar mais uma vez de grande penalidade, apontada por Xavi Simmons, derrubado por Simón. No desempate por grandes penalidades, Noah Lang acertou na trave, mas logo a seguir Yamal permitiu a defesa de Verbruggen. No primeiro da morte súbita, Unai Simón defendeu o tiro de Malen e Pedri carimbou o passaporte.  

França 2-0 Croácia (5-4 após penáltis) 

Obrigados a recuperar de uma desvantagem de dois golos, os franceses lotaram o Stade de France para tentar dar volta a uns astutos croatas que parecem sempre encontrar um caminho de continuar na elite europeia.

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Desde o pontapé de saída, os Bleus assumiram o controlo do jogo, tentando pressionar ao máximo a defesa croata. Michael Olise mostrou-se bastante ativo com a bola e perigoso, quase como um sinal do que estava para vir, embora o nulo se tenha mantido até ao intervalo. No arranque do segundo tempo, Olise assumiu a cobrança de um livre à entrada da área e deixou Livakovic pregado ao relvado com uma obra de arte.

Os minutos passavam, mas os franceses não conseguiam empurrar o Stade de France consigo para importunar mais o guarda-redes croata. Até que, aos 80 minutos, na melhor jogada da segunda parte, Olise combinou com Mbappé, fez um passe atrasado desde a linha de fundo e Ousmane Dembelé demonstrou porque é um dos jogadores em melhor forma do mundo, levando a decisão para o prolongamento, que não teve golos.

No prolongamenot, Doué destacou-se pela frescura e irreverência, mas Livakovic já tinha erguido o muro vendo a sua equipa cada vez mais recuada no terreno. Nas grandes penalidades, houve dois pontapés falhados para cada lado e, na morte súbita, Stanisic atirou para fora, enquanto Upamecano não tremeu e rematou ao ângulo, selando o apuramento dos franceses.

Alemanha 3-3 Itália

Com uma vantagem de 1-2 da primeira mão e queren evitar surpresas, a Alemanha teve uma entrada feroz e ameaçou por duas vezes logo nos primeiros instantes. Tirando algumas investidas, a Itália ficou praticamente confinada no terço defensivo.

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À meia hora, um passe longo de Goretzka fez com que Alessandro Buongiorno derrubasse Tim Kleindienst na área, antes de Joshua Kimmich assumir a marcação do penálti com uma finalização confiante ao canto inferior esquerdo. 

Uma Itália abatida não tinha respostas, e foi uma questão de minutos até que a vantagem fosse duplicada. Os azzurri tiveram sorte quando Donnarumma se esticou ao máximo para desviar o cabeceamento de Kleindienst, mas desligaram completamente no pontapé de canto, aproveitado rapidamente por Kimmich que serviu Jamal Musiala completamente solto de marcação, que só teve de empurrar na pequena área.

Os visitantes pareciam desesperados para chegar ao intervalo, mas o pesadelo ainda não tinha acabado e Kleindienst subiu mais alto para cabecear o cruzamento de Kimmich e fazer um retumbante 3-0 ao descanso. No entanto, a complacência instalou-se para dar aos italianos uma tábua de salvação no reatamento, com o passe mal calculado de Sané a permitir a Moise Kean intercetar e relançar a partida.

Isto deu ânimo aos visitantes, com Kean a reduzir ainda mais a diferença quando recebeu a bola do substituto Giacomo Raspadori, metendo-a a jeito do pé direito antes de disparar ao canto superior. Vinham daí 20 minutos emotivos. A Itália ainda ganhou uma grande penalidade, revertida pelo VAR, mas que acabou por acontecer já em tempo de descontos por mão de Mittelstadt. Raspadori marcou, mas não houve tempo para ainda lutar pelo quarto golo e levar o jogo para prolongamento. 

Este foi o oitavo jogo consecutivo em que a Alemanha não perde com a Itália e significa também que o país vai receber a final four da Liga das Nações, em Estugarda e Munique em junho. A equipa de Spalletti vai virar a atenção para tentar a qualificação para o Campeonato do Mundo de Futebol de 2026, depois de falhar as duas últimas edições.