Acompanhe aqui as incidências do encontro
Coloca lugar à disposição se perder amanhã?: "Boa tarde, boa pergunta para começar... Primeiro, a nossa exibição contra a Dinamarca foi uma desilusão, contra uma equipa que joga muito bem, gosto muito dos conceitos. É uma equipa forte, agressiva , faz pressão alta, gosta de acumular jogadores na zona central. Tiveram um bom desempenho. Depois o segundo jogo é em casa e não foi sorteio, foiporque ficámos em primeiro do grupo. Estamos a ver uma equipa que ficou à frente da Croácia, que ganhou à França... Precisamos de avaliar o que estes jogadores estão a fazer. Amanhã jogamos em casa, Alvalade esgotado. São os jogos que gostamos e temos orgulho de fazer. Utilizar os nossos adeptos é uma vantagem incrível. Precisamos de melhorar muito, mas não é de mexer, é de ajustar o que fizemos em novembro, na primeira parte frente à Croácia e segunda parte frente à Polónia. Esse é o níve, essa é a nossa seleção. Na Dinamarca não jogámos, não tivemos identidade e intensidade, não acompanhámos a agressividade. Queremos atingir a final-four da Liga das Nações, é o objetivo".
Sente apoio dos jogadores: "Eu comecei a treinar em 2007 e mudaram as coisas, perdi o cabelo, faz parte da minha posição. Estou aqui para ajudar os jogadores, tenho mais de 100 jogos internacionais. Pressão? Muita, mas é a minha pressão, que vem de dentro. O desempenho com a Dinamarca não foi ao nosso nível e eu ponho a pressão máxima. Não, a que vem de fora, somos uma equipa forte, fechada, temos todo o apoio da direção. Agora temos que nos focar para vencer o nosso adversário que é a Dinamarca e não a pressão".

Utilização de Cristiano Ronaldo e dois avançados: "Nos últimos 27 jogos já demonstrámos que somos muito flexíveis. Já jogamos com um ponta de lança, com dois, contra a Eslováquia jogamos com o Gonçalo Ramos e o Cristiano, outros jogos em que o Jota joga com os dois... Precisamos de utilizar as nossas valências em relação ao adversário, não é uma questão do Ronaldo ter de estar em todos os jogos e que quando marca é o melhor e se não marcar é por causa da idade. Essa não é uma avaliação justa. Estamos a trabalhar para utilizar o (último) jogo com a Dinamarca para preparar o de amanhã".
Surpreendido pelas críticas e pressão sobre o seu lugar?: "Vou ser muito honesto, eu não leio, nem vejo nada. Não faria bem o meu trabalho, tenho 72 horas para preparar os jogadores e o jogo. A minha posição está aí para ser criticada, faz parte, vou trabalhar ao máximo para tentar atingir a final four, preciso de avaliar a atitude, compromisso e isso está no máximo nesta seleção. O único que exijo é de portas para dentro e não de portas para fora, isso é competência de outras pessoas. Nos últimos 27 jogos, vejo uma equipa muito comprometida, estamos a crescer e o objetivo é tentar apurar-nos para a final four neste momento".
Admitiu haver boa atitude, mas falta de agressividade, como é as duas coisas são compatíveis?: "Totalmente diferente, uma coisa é a atitude, um aspeto emocional, de compromisso em dar tudo pela camisola e os nossos jogadores fazem isso exemplarmente. Outra coisa é nas seleções, na minha experi~encai, a distância entre o estágio de novembro e de março mostra falta de comunicação, de poder haver a interpretação correta, a sincronização tática, a tomada de decisões. A Dinamarca fez tudo muito intuitivamente, muito rápido, com a força dos adeptos, muito rápidos e agressivos, não tivemos capacidade de acompanhar isso. Não é algo consciente, faz parte do desempenho. No ano passado, com a Eslovénia aconteceu o mesmo, mas a crítica falava de um jogo amigável, mas aconteceu o mesmo. Estamos a tentar atingir o nível da segunda parte com a Polónia e a primeira parte com a Croácia dos jogos de novembro. Faz parte, agora temos a oportunidade de utilizar o desempenho que tivemos para preparar o jogo e deixar os adeptos orgulhosos".
Segredo tático para amanhã passa por ganhar duelos no meio-campo, vai continuar com os laterais por dentro?: "Isso são muitas perguntas numa só, amanhã é importante sermos nós mesmos, não mostramos a nossa identidade. Com bola não criámos superioridades numéricas por dentro, não chegamos ao último terço o suficiente, amanhã é um dia muito importante. O Bernardo Silva pode fazer 100 internacionalizações, a experiência dele é essencial, é um jogador exemplar do que é o futebolista português. Vai ajudar-nos muito no nosso desempenho".
Portugal devia jogar melhor tendo em conta o potencial, não só com a Dinamarca, mas também no Euro: "Queremos a perfeição, mas o futebol não é isso. Tivemos jogos muito muito completos, e outros momentos mais difíceis. Tivemos um apuramento histórico no apuramento para o Euro com 10 vitórias, durante o Europeu o nosso jogo contra a França foi o melhor, acontece nos torneios que a equipa vai crescendo depois dos primeiros jogos, mas perdemos nas grandes penalidades. Agora, depois de perdermos um jogo e é certo que foi um mau desempenho, mas ficamos em primeiros no grupo da Liga das Nações e agora temos a segunda mão frente aos nossos adeptos em casa. É uma leitura negativa que fez, mas acho que a equipa está preparada para dar tudo e agora precisamos de ganhar este jogo, atingir a final four é importante. Estamos a falar de um nível em que ficamos à frente da Croácia, que ganhou à França. A Espanha e Países Baixos empataram. No futebol de seleções não existem equipas que ganham todos os jogos, mas o balanço tem de ser feito pelos 27 jogos e não por 90 minutos em Copenhaga.
Primeiros dias da nova direção da FPF: "Agradeço muito o apoio do nosso presidente, a direção tem estado a acompanhar jogadores e equipa técnica e é uma força que precisamos".
Deixou elogios ao Bernardo Silva, mas ficou no banco no último jogo: "Vai ser titular, não é uma situação nova, precisamos de gerir os jogadores da melhor forma, vai estar no onze porque é uma marca na sua carreira, merece começar o jogo e precisamos do melhor Bernardo. Alvalade precisa de ser uma festa antes do jogo para celebrar a carreira do Bernardo na seleção, é apenas o oitavo jogador a chegar às 100 internacionalizações e depois tentar utilizar essa energia para começar o jogo bem".
Mudar a abordagem para enfrentar a Dinamarca: "Estamos a falar de uam equipa com um treinador novo, só fez dois jogos, não aprendemos nada de novo, respeito muito as ideias dele. Adoro os aspetos da pressão alta, a personalidade com que tentam jogar, acumular muitos jogadores entre linhas, é uma equipa muito inteligente. O que temos de aprender é sobre nós, temos de atingir o nosso melhor nível, não tivemos nem lá perto, a Dinamarca mereceu ganhar e vamos mostrar o nosso melhor nível amanhã".