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Óbito de Diogo Jota: Fernando Santos realça humildade e “perseverança no trabalho”

Fernando Santos promoveu a estreia de Jota na seleção
Fernando Santos promoveu a estreia de Jota na seleçãoRODRIGO ANTUNES / EPA / Profimedia
O atual selecionador de futebol do Azerbaijão e antigo selecionador português, Fernando Santos, enalteceu esta quinta-feira a humildade e a “grande capacidade de trabalho” de Diogo Jota, por quem prometeu rezar, a par do irmão, André Silva.

Até ao acidente de viação, em Espanha, que ditou a morte dos dois futebolistas, Diogo Jota ascendeu na carreira por força do trabalho e da personalidade, tornando-se numa figura do Liverpool, “uma das melhores equipas do mundo”, que representava desde 2020, e da seleção portuguesa, “uma das melhores do mundo”, pela qual se estreou em 2019, considera o treinador de 70 anos.

"As qualidades do Diogo toda a gente as sabe: era um rapaz humilde, com grande capacidade de trabalho, com personalidade forte e vincada, com um espírito de grupo top, com muita perseverança no seu trabalho. Por isso, chegou onde chegou”, afirmou, em declarações à Lusa.

O selecionador luso entre 2014 e 2022 lançou o atacante na equipa das quinas em 14 de novembro de 2019, numa goleada caseira sobre a Lituânia (6-0), em jogo da fase de qualificação para o Euro-2020, uma decisão que tomou com naturalidade fruto do rendimento que apresentava, então, nos ingleses do Wolverhampton.

Se o Diogo vai à seleção nacional é porque tem qualidade para ir à seleção nacional, é porque já estava há muito tempo a ser seguido. Chegou com 22 anos à seleção. Toda a gente conhece o percurso e a história do Diogo enquanto jogador”, frisou o timoneiro das vitórias no Euro-2016 e na Liga das Nações de 2019.

O avançado cumpriu 29 das 49 internacionalizações por Portugal sob a liderança de Fernando Santos, que se afirma em sintonia com a dor da família de Diogo Jota e de André Silva, que representava o Penafiel, da Liga 2, como extremo.

"Devemos estar todos com esta dor de uma família que está destroçada: pais que perderam dois filhos, as mulheres que perderam os maridos, os filhos que deixaram de ter pai. Rezo por ele e pelo irmão. Que Deus os tenha em paz. E rezo pela família dele para que consiga ultrapassar isto, que não é fácil. Não vai ser fácil toda a vida”, constatou.

O futebolista português Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram de madrugada, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

Diogo Jota era jogador do Liverpool, que representava há cinco épocas e no qual venceu uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra e duas Taças da Liga.

Na seleção portuguesa, Diogo Jota somou 49 internacionalizações, tendo conquistado duas edições da Liga das Nações, a última das quais no mês passado.

Depois da formação no Gondomar e no Paços de Ferreira, o avançado representou por uma época o FC Porto, por empréstimo do Atlético de Madrid, sendo depois cedido pelos espanhóis ao Wolverhampton, no qual esteve três temporadas.