Polémica com Tomás Araújo: "Foi um erro, uma escolha ou termo com um significado que não queria dar. Falar de um desconforto prolongado. Crónico é muito negativo, já vi que na língua portuguesa a palavra crónica não é positiva. Foi um erro linguístico. A decisão foi correta, o Tomás pode descansar e recuperar bem. Olhamos para o futuro para ter o Tomás connosco."
Estado físico de Trincão: "Já falei sobre os desafios inerentes ao estágio de março. Todos os jogadores começam a ter muitos minutos. Mas o Trincão treinou muito bem, com boa intensidade. O Nuno Tavares foi dispensado, mas diria que todos os jogadores mostraram intensidade e frescura. Gostei muito do ambiente. Estão todos a muito bom nível".
Vitinha e João Neves no onze? "Ainda não falei com os jogadores, mas o importante é o grupo. Estamos a falar de 25 jogadores. Temos nove jogadores com cartão amarelo, e os quartos-de-final, para nós, são uma oportunidade para atingir a Final Four. É uma Liga das Nações, não é fácil, é uma competição muito desafiante. Estamos todos focados nisso. É sempre bom ter jogadores em boa forma, e já vimos a dupla que o João e o Vitinha fazem, a mostrar desempenhos de alto nível no futebol europeu. Diria que as estatísticas são do melhor nível, são dos melhores jogadores da Liga das Nações. É importante o 11 inicial, e é importante o que vamos fazer com as substituições."
Cristiano Ronaldo desvalorizado pelo selecionador dinamarquês: "No Manchester United, Cristiano Ronaldo era um ala, com situações de um contra um. Agora é um jogador diferente. É um ponta de lança. Já falei dos dados dele. 17 golos nos últimos 21 jogos. Está ao melhor nível na seleção e no mundo. O Cristiano está num momento muito bom. Não é o mesmo, claro. O seu papel na seleção é importante".
Jogadores em risco de exclusão: "É importante, como selecionador, ter a responsabilidade de olhar para o que pode acontecer. Para amanhã não há uma limitação de jogadores com cartões amarelos. Isso faz parte do futebol. Temos a média de dois cartões amarelos por jogo. Há que ter o maior número de jogadores possível preparado para isso. Não estou a pensar nisso para amanhã".
Gestão da eliminatória por ser a duas mãos? "É simples. Amanhã, precisamos de mostrar o melhor nível porque o estádio tem um ambiente incrível. Gosto muito das ideias do selecionador. Só fez dois jogos, mas conheço muito bem o seu trabalho no Anderlecht e no projeto no Brentford. É um selecionador que gosta que as suas equipas pressionem alto, corram riscos e joguem olhos nos olhos. Fizeram-no contra a Espanha e precisaremos de estar ao melhor nível amanhã. E será a 1.ª parte. Também é importante termos muitas valências dentro do grupo, já mostrámos que a trocar oito jogadores o nível é muito bom (contra a Croácia). É importante ter opções, mas amanhã temos um jogo necessário para continuarmos a crescer. E respeitamos muito o que a Dinamarca pode fazer em casa. Já tive duas experiências como selecionador neste estádio e conheço o impacto e a energia que os adeptos transmitem".

Momento atual da Seleção Nacional: "Temos um Mundial daqui a 15 meses. O objetivo global é continuar a crescer e a mostrar a melhor versão. Queremos ganhar. Temos de jogar 90 minutos para mostrar o que somos. Há que tentar ganhar e vamos continuar a crescer com a ideia de jogo que temos. É a melhor forma para utilizar o talento individual que temos no balneário".
Momento de forma dos jogadores, dos clubes para a Seleção: "O espaço Seleção é sempre diferente. Sempre. Não é um espaço individual, é um espaço importante para jogadores que estão num momento difícil nos clubes, para poderem mostrar o seu talento, desfrutar. Mas se puder decidir, gosto de ter jogadores que estão num bom momento, confiantes. Mas não é essencial. Estamos a ver o João Neves a crescer desde a sua estreia na Bósnia. O Vitinha já falei dele. Para mim, agora, é o melhor médio da Europa. Mas o percurso na Seleção é o grupo. O que podemos fazer com jogadores diferentes, num contexto diferente".
Importância da Liga das Nações: "É essencial porque, neste momento, esta competição está a crescer e a tornar-se numa das mais difíceis. É algo que acontece ao longo de cinco paragens para seleções. Tem a ver com a consistência, com o nível das equipas em períodos diferentes. É um grande desafio. Respeitamos a Dinamarca ao máximo".
Fraquezas da Dinamarca: "Em primeiro lugar, quero mostrar o meu respeito ao treinador. Respeito-o muito, é corajoso. Gostei muito de trabalhos que fez noutros clubes e a maneira como preparou os jogos com a Espanha foi fascinante. Uma equipa muito vertical, a usar a qualidade dos jogadores jovens. É uma equipa que tem trabalhado muito bem nos últimos anos. O treinador tem o seu estilo e tenho muito respeito por isso".
Talento dos jogadores dinamarqueses: "Falo sempre dos jogadores portugueses, a maneira como desenvolvemos jogadores é incrível. E a segunda melhor é a Dinamarca. A melhor maneira de ver isso é percebendo a relação entre o número de jogadores que chegam ao alto nível e a população. Isso mostra o futuro brilhante que o futebol dinamarquês tem".
Ambiente no Parken: "O primeiro jogo que vivi aqui foi durante a época do Covid, mas o segundo foi depois da situação de Eriksen, lembro-me que se sentia toda esse energia. É um jogo com muito ritmo e é assim que gostamos de ser testados".