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Seleção alemã em "modo trabalho": Nagelsmann e o sonho de um "pequeno título"

Nagelsmann quer "manter a euforia viva"
Nagelsmann quer "manter a euforia viva"Tom Weller / DPA / dpa Picture-Alliance via AFP / Profimedia

O selecionador alemão, Julian Nagelsmann, reuniu os internacionais depois de uma temporada muito desgastante, mas a Alemanha quer aproveitar o fator casa para garantir o primeiro troféu em oito anos. Para isso, primeiro precisa de ultrapassar Portugal.

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Julian Nagelsmann arregaçou as mangas antes de todos. Enquanto as estrelas germânicas chegavam aos poucos à antiga sede do Campeonato Europeu em Herzogenaurach, esta sexta-feira, o treinador já tinha mudado o chip para o "modo de trabalho". 

Apesar de uma temporada exaustiva, os alemães estão ansiosos por conquistar o primeiro título internacional desde o triunfo na Taça das Confederações em 2017. Com uma vitória na outrora mal-amada Liga das Nações, querem "manter viva a euforia", sublinhou o diretor desportivo Rudi Völler.

E isso é ótimo. Cerca de 4 mil adeptos eram esperados para o treino aberto desta tarde no Estádio Adi Dassler, e os bilhetes gratuitos "esgotaram em poucos minutos", segundo a Federação Alemã de Futebol (DFB). Os adeptos estavam ansiosos por ver os jogadores que regressavam, como Marc-André ter Stegen e Florian Wirtz, bem como os recém-chegados Tom Bischof e Nick Woltemade.

Lesões exigem criatividade

Nagelsmann tem quatro dias de treino a partir de sábado para preparar a sua equipa para a meia-final de quarta-feira contra Portugal em Munique (20:00). A lista de ausências é longa: os titulares Jamal Musiala, Antonio Rüdiger, Kai Havertz e Angelo Stiller não estão disponíveis, assim como Nico Schlotterbeck, Tim Kleindienst e Benjamin Henrichs. Yann Bisseck só viajará depois da final da Liga dos Campeões com o Inter de Milão contra o Paris Saint-Germain em Munique, no sábado.

No entanto, a Alemanha pretende dar o próximo passo no caminho para o grande objetivo de vencer o Campeonato do Mundo de 2026. Para Nagelsmann, o sucesso na final four seria apenas um "pequeno título", mas a Argentina, campeã mundial, e a Espanha, campeã europeia, mostraram recentemente a importância da sequência de vitórias antes dos grandes torneios, enfatizou o técnico.

Haverá vingança?

A equipa está a trabalhar arduamente numa imagem semelhante. Dos últimos 17 jogos internacionais, apenas perdeu nos quartos de final do Campeonato da Europa contra a Espanha (1-2, após prolongamento). A vingança poderá chegar a 8 de junho, na final da Liga das Nações.

Os campeões europeus vão defrontar a França na segunda meia-final, em Estugarda. A participação na final "é o objetivo", afirmou Nagelsmann. Para isso, contará com ter Stegen, que está recuperado após uma lesão de longa duração. O guarda-redes, que, segundo consta, foi dispensado pelo FC Barcelona, "é o número um".

O título da Liga das Nações seria também um bom presente de despedida para Sandro Wagner. O adjunto de Nagelsmann vai deixar o cargo após o torneio e assumir o banco de suplentes do Augsburgo, da Bundesliga. Wagner garantiu que iria "dar tudo" pelo sonho do título.