Courtois não joga pela Bélgica desde junho de 2023, altura em que se desentendeu com o selecionador, Domenico Tedesco, por causa da capitania, mas regressou após o despedimento de Tedesco e a nomeação, em janeiro, de Rudi Garcia para o substituir.
Koen Casteels, que foi o guarda-redes titular da Bélgica nos últimos dois anos, abandonou a seleção em sinal de protesto e outros colegas de equipa teceram críticas veladas à permanência do guarda-redes do Real Madrid.
O guarda-redes de 32 anos deverá falar com os meios de comunicação social na terça-feira, mas o seu regresso à equipa não agradou ao antigo treinador Marc Wilmots, sob o qual Courtois disputou 41 jogos entre 2012 e 2016.
"Eu não o teria convocado ainda. Teria deixado passar estes dois jogos", disse Wilmots sobre as duas partidas da Bélgica contra a Ucrânia nos playoffs da Liga das Nações em Múrcia, Espanha, na quinta-feira, e em Genk, no domingo.
"Teria primeiro visto, ouvido e sentido no seio do plantel o que pensam sobre o assunto. Teria falado com Casteels, mostrado respeito pelos jogadores que estavam lá e que o fizeram sem Courtois e só depois poderia ter integrado Courtois", disse Wilmots à rádio belga.
O antigo defesa belga Philippe Albert, que atualmente trabalha como comentador televisivo, foi mais crítico em relação a Courtois.
"Ele bateu com a porta da seleção nacional, uma semana antes do seu casamento. Prestou um mau serviço à nossa equipa nacional", disse Albert.

Rudi Garcia disse no anúncio do plantel da semana passada que haveria uma discussão com Courtois sobre o seu abandono e as críticas anteriores aos colegas de equipa.
"Thibaut é um dos melhores guarda-redes do mundo, se não o melhor, e é ótimo tê-lo no plantel", disse na sexta-feira.
"Vamos falar uma vez com o grupo sobre o que aconteceu, mas é tudo. Esta é uma nova aventura, e quero seguir em frente", concluiu.
A chegada discreta de Courtois ao centro de treinos da Bélgica, na segunda-feira, foi amplamente divulgada pela imprensa local.