A partir de 2031, será ilegal comprar e vender os grânulos de borracha que são espalhados nos campos de futebol artificiais, para que se assemelhem o mais possível aos campos de relva. Esta medida poderá constituir um problema na Noruega, onde existem cerca de 1800 campos artificiais e a maioria das equipas da Eliteserien, a primeira divisão, também os utiliza.
E o tempo urge para que o futebol norueguês não fique sem solução dentro de seis anos. E, consequentemente, é necessário financiamento governamental para a grande transformação que se avizinha.
"A mobilização é necessária para estabelecer um novo plano que deve ir além do orçamento do Estado. É necessária uma política ativa para aumentar o poder do futebol como espaço de saúde pública nos próximos dez anos. Está em risco", afirma Klaveness.
Foi a Comissão Europeia que decidiu proibir a compra e venda de grânulos de borracha para reduzir a poluição por microplásticos.
De acordo com a agência noticiosa norueguesa NTB, a substituição dos grânulos de borracha por uma alternativa mais amiga do ambiente custará 7,35 mil milhões de coroas norueguesas (cerca de 630 milhões de euros).
"O desafio é enorme. Sabemos que os grânulos de borracha são um desafio ambiental. Apoiamo-lo, mas não pode ser feito à custa da participação das crianças e dos jovens", afirma Lise Klaveness.