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"Comecei no futebol um bocadinho graças ao Luvas Pretas"
- Inês, quais são as suas primeiras memórias ligadas ao futebol?
Comecei a jogar futebol por causa do meu irmão (João Meninas), que é um ano e nove meses mais velho. Desde cedo me obrigou a trocar as bonecas pela bola. Aliás, tirava-me as bonecas e levava-me para a rua para jogar com ele. Foi assim que começou a minha paixão pelo futebol.
Ele já jogava num clube pequenino no Alentejo, de onde sou - Santiago do Cacém, no Alentejo Litoral. Aos poucos, fui vendo os jogos dele e comecei a chatear os meus pais para me inscreverem também na escolinha de futebol. E foi assim: inscreveram-me e tudo começou aí.
- Começa na AD Luvas Pretas, não é verdade?
Isso, isso mesmo. Tem uma história interessante. A minha família dá-se muito bem com o Luvas Pretas, o João Alves, que foi um grande jogador, e também foi um bocadinho graças a ele que comecei. Aliás, foi ele que um dia me viu a jogar com o meu irmão e disse ao meu pai: “Fogo, ó João” - que também é o nome do meu pai - “ela até tem jeito para o futebol, devias inscrevê-la na escolinha.” Ou seja, inscrevi-me também um bocadinho graças a ele. Fez alguma pressão aos meus pais e foi assim que tudo começou.

- E como é que foram esses primeiros tempos? Começa a jogar com rapazes?
Sim. Ainda hoje, alguns dos meus melhores amigos são de lá, do clube. Tratavam-me muito bem, como uma princesa, tanto os treinadores como os colegas e as pessoas ligadas ao clube. Quando só havia um balneário, eu equipava-me sozinha e eles esperavam todos à porta, fizesse chuva ou sol. Só entravam depois de eu me vestir ou de tomar banho. Foi uma fase muito boa, dava-me super bem com todos. E como também eram meus colegas de escola, alguns até da mesma turma, isso ajudava muito. Sentia-me mesmo bem.
- Muda-se para o feminino ainda em Santiago do Cacém. Como foi essa mudança?
Foi uma decisão difícil. Lembro-me de estar em casa, sozinha, a pensar se devia fazê-lo ou não, porque, por um lado, sabia que o nível ia ser diferente. Jogar com raparigas, ainda por cima num contexto mais iniciante e amador, seria outra realidade. Mas os rapazes já estavam muito mais desenvolvidos fisicamente, e a diferença começava a notar-se. Eu também já sentia que, se quisesse continuar a jogar futebol - embora na altura ainda não pensasse nisso de forma tão séria - talvez fosse bom começar a habituar-me a jogar com raparigas. Estive lá um ano. Depois veio a época do Covid e, entretanto, mudei-me para o Benfica.
- Disse que o seu irmão João foi o principal impulsionador para começar a jogar. E os seus pais, como é que foram acompanhando esse início de vida no mundo do futebol?
Os meus pais ainda não tinham bem a noção de que eu gostava mesmo de futebol, que o amava de verdade. Até porque eu também fazia atletismo no Benfica, na altura, e acho que até pensavam mais que, se seguisse desporto na minha vida, seria por aí. Já estava no Benfica, participava em competições nacionais, mesmo estando em Santiago do Cacém.
Como o atletismo é um desporto individual, era mais fácil de gerir. Fazíamos as viagens a Lisboa, nem que fosse só uma vez por semana, e os treinos conseguia fazê-los sozinha lá. Mas com o tempo, foram percebendo que eu começava a gostar cada vez mais de futebol. Quando comecei a ir às seleções distritais, também começaram a ver que, se calhar, até tinha algum jeito.
Acho que foi uma coisa que se foi construindo com o tempo, mas sempre me apoiaram muito. Lembro-me até de ver jogos da seleção sub-15 de Portugal com o meu pai e ele, a brincar, dizia-me que um dia podia estar ali. Por isso, nunca foram daqueles pais que dizem: “Não, isso é um desporto de rapazes, não podes jogar.” Pelo contrário, sempre me apoiaram muito.
- Qual era a sua especialidade no atletismo?
Meio fundo. Fazia provas de resistência, 1500 metros. Na altura ainda era mais nova, mas sim, era sobretudo meias distâncias.

"Cheguei ao primeiro treino no Benfica e quase caí para o lado"
- Ou seja, o Benfica não era propriamente um mundo desconhecido para si antes de ir para lá, para o futebol. Como é que surgiu essa passagem do atletismo para o futebol?
Eu fazia os dois e chegou uma altura em que tive de decidir, porque surgiu a proposta do Benfica para eu jogar futebol. Fiquei um bocadinho indecisa: “Ok, o que é que eu vou fazer? Adoro atletismo, mas também adoro futebol.” Na altura, até levava o atletismo um bocadinho mais a sério, porque tinha provas mais competitivas, como disse. Mas pronto, tive de escolher. Passei uns dias indecisa, a falar com os meus pais, a pensar comigo mesma, e acabei por optar pelo futebol. Não me arrependo nada, acho que fiz muito bem.
- E como é que foi essa mudança? Sai da sua terra, de uma escola em Santiago do Cacém, para o Benfica, que já tinha uma estrutura de formação feminina bem desenvolvida.
Posso dizer que cheguei ao primeiro treino e quase caí para o lado - foi mesmo assim! Estava habituada a treinos mais calmos, a ser “a estrela”, aquela que pegava na bola e fintava todas. E de repente encontro uma realidade completamente diferente, com meninas que tinham todas muita qualidade. Fiquei a pensar: “O que é isto? Onde é que me vim meter?”
Além disso, na primeira semana estava apenas à experiência, porque tinha ido a uma captação. Ainda nem sabia se ia ficar ou não. Mas sim, foi uma mudança enorme, uma diferença estrondosa.

- Quando é que a Inês percebe que o futebol podia, efetivamente, ser algo que fizesse parte da sua vida diária?
Não tenho um momento exato em que tenha pensado: “Ok, se calhar posso vir a fazer disto vida.” Acho que foi algo que aconteceu com o tempo. Talvez quando fui para o Benfica e comecei a olhar para cima, a ver a equipa A, os jogos delas, e a perceber as condições fantásticas que tínhamos na formação, que eram muito semelhantes às da equipa principal.
Isso é algo que o Benfica valoriza muito e que deve mesmo ser aproveitado.
Acho que essas condições me fizeram mudar a mentalidade. Quando cheguei, via o futebol como um hobby, mas rapidamente percebi que era mais do que isso. As condições e o ambiente faziam-nos pensar de outra forma. Por isso, diria que foi com o tempo, mas o clube e tudo o que nos proporciona tiveram um papel fundamental nessa mudança.
- E o que lhe deram esses anos todos na formação do Benfica?
Foram anos incríveis. A minha formação no Benfica foi mesmo marcante. Tanto os colegas como os treinadores que tive, especialmente numa fase inicial, foram muito importantes para mim. Aprendi imenso, cresci muito enquanto jogadora e também como pessoa. Valores como a superação e o altruísmo foram-me transmitidos desde cedo, e isso ficou comigo.
Acho que esses primeiros anos no clube foram decisivos. Fizeram-me crescer mesmo muito, como atleta e como pessoa.

A história no Euro sub-19: "Mudança de mentalidade foi essencial"
- E isso permitiu-lhe também evoluir enquanto jogadora e ser presença assídua nas seleções jovens de Portugal. Inclusive, esteve no último Campeonato da Europa de Sub-19, onde Portugal teve uma participação extraordinária. Como recorda esse torneio?
Acho que, para além de superarmos as expectativas de quem nos rodeava, superámos também as nossas próprias expectativas. Sempre fomos um grupo que acreditou muito em si e no seu trabalho. Quem trabalhava connosco e nos liderava também acreditava muito e transmitia-nos essa confiança.
Sinto que, ao longo do tempo, tem havido uma mudança de mentalidade. Já não temos aquela ideia de que somos “as coitadinhas” ou as mais pequenas, nem jogamos com medo de enfrentar seleções como França, Inglaterra ou Espanha. Essa mensagem tem sido passada constantemente, e acho que foi isso que fez a diferença.
Como já passei por vários escalões de formação, sinto claramente essa evolução. Antes, quando jogávamos contra essas grandes seleções, muitas vezes entrávamos em campo já sem confiança, quase com o jogo perdido à partida. Hoje é diferente: entramos de cabeça erguida, olhos nos olhos, prontas para competir.
Acho que essa mudança de mentalidade foi essencial. E o facto de acreditarmos em nós e de termos um grupo muito unido ajudou imenso a conseguirmos o que fizemos. Sinceramente, acho que fizemos mesmo história. Foi uma experiência incrível e um grande orgulho.
- Podemos estar descansados em relação ao futuro de Portugal. Há muita qualidade?
Descansados, acho que não, porque nunca podemos ficar descansados. Em vez de relaxar, é altura de carregar ainda mais no acelerador e continuar a querer mais, mais e mais. Só assim vamos conseguir manter-nos ao nível das melhores e, quem sabe um dia, inverter um bocadinho os papéis. Mas acredito que o trabalho está a ser muito bem feito.
Acho que já ganhámos o respeito das grandes seleções, mas também acredito que temos qualidade suficiente para ir ainda mais longe. Temos muitas jogadoras em Portugal com enorme talento, e às vezes é mesmo a mentalidade que nos falta, ou que nos faltava. Essa mudança de crença faz toda a diferença.
Por isso, o importante é continuar o trabalho diário nos clubes. Passamos pouco tempo juntas nas seleções e, normalmente, até jogamos mais vezes umas contra as outras, com táticas e estratégias diferentes, o que torna tudo mais difícil. Mas se cada uma fizer bem o seu papel no clube e no dia a dia, quando chegar o momento das grandes provas, estaremos à altura.
- As duas últimas internacionalizações foram já no escalão sub-23. Como é que foi essa experiência?
Foi muito boa. Fiquei até um bocadinho surpreendida, porque as jogadoras vinham de gerações diferentes, e mesmo assim o grupo conseguiu unir-se muito bem. Criámos um ambiente ótimo.
Acho que isso foi fundamental, até porque estes dois primeiros jogos foram feitos praticamente sem nos conhecermos e com poucos dias de treino. Ainda assim, conseguimos mostrar coisas muito positivas. Claro que ainda há muito para melhorar, mas para uma primeira experiência, acho que correu mesmo muito bem.

"Surgiram algumas propostas depois do Europeu"
- Recentemente tivemos a Maísa, a Érica (Cancelinha) e a Carolina Santigo, que partilharam consigo o Campeonato da Europa, a chegarem à Seleção A. Isso dá-lhe motivação para continuar?
Ver as minhas colegas a chegar lá é uma motivação extra e também um grande orgulho. Há poucos meses estávamos juntas numa seleção sub-19 e, passado três meses, elas estão na seleção A. Ver, por exemplo, a Santiago ser titular e já ter um papel importante na equipa principal é incrível. Isso mostra também a visibilidade que o Europeu nos deu enquanto grupo e o impacto que teve nas nossas carreiras. Fico mesmo muito feliz por elas. Dá-me muita motivação para continuar a trabalhar. É, de facto, um sonho para mim.
- Este ano de 2025 está a ser muito intenso para si. Esteve no Europeu, que lhe deu destaque coletivo e individual, assinou o seu primeiro contrato profissional com o Benfica e estreou-se na Liga. Ou seja, num curto espaço de tempo...
Está a ser um ano muito bom para mim. O Europeu foi fantástico e deu-nos, de facto, visibilidade. E, como disse, o sucesso coletivo acaba sempre por trazer também oportunidades individuais - convocatórias, contratos, propostas. Acho que isso é ótimo para todas nós, porque deve servir apenas como motivação para continuar a crescer, para querer sempre mais e olhar para cima.
A ideia é continuar a trabalhar da mesma forma, porque se está a correr bem, é sinal de que o caminho é esse.
- Depois do Euro, sei que a Inês recebeu várias propostas e manifestações de interesse de clubes portugueses e do estrangeiro, mas acabou por assinar o seu primeiro contrato profissional com o Benfica. Como é que foi esse processo e essa decisão tão importante para o seu futuro, numa altura em que ia começar a sua época de sénior?
Sim, esse processo foi um bocadinho complexo, mas uma complexidade positiva. Houve muitas coisas a acontecer ao mesmo tempo e passei vários dias, até semanas, indecisa. No final, tive mesmo de tomar uma decisão. Foi difícil porque, às vezes, temos de pôr o coração de lado e pensar racionalmente no que é melhor para nós.
De facto, surgiram algumas propostas depois do Europeu, que, como já dissemos, nos deu bastante visibilidade. E, sim, houve alguma indecisão. Tive de avaliar o que seria melhor para mim e para os meus objetivos, mesmo tendo o Benfica como clube do coração.
No fim, as coisas acabaram por se alinhar e assinei. Queria muito fazer esta transição para o futebol sénior e, para mim, era importante estar num contexto competitivo como a Liga. Foi um processo um pouco complexo, mas quando surgiu a oportunidade no Valadares, os objetivos encaixaram e tudo fez sentido.

"Valadares está a preparar-se para fazer coisas bonitas esta época"
- O Valadares é um clube com forte tradição no feminino, sempre com boas equipas e habituado a bons resultados. Como foi chegar a um grupo novo e a uma cidade também nova?
Está a correr muito bem, estou a gostar imenso. As pessoas são incríveis e receberam-me super bem. É uma cidade nova, bastante longe de onde estava, mas, curiosamente, a adaptação não custou assim tanto, talvez porque já tinha passado por isso uma vez. Já tinha saído de casa, era ainda mais nova e com menos maturidade, por isso agora foi um bocadinho mais fácil.
Claro que foi difícil na mesma, porque estou ainda mais longe - Lisboa já era quase uma casa para mim. Mas sim, estou bem adaptada. Tenho também por perto algumas pessoas que já conhecia, o que ajudou muito. E estou muito feliz. Está a ser exatamente o que eu tinha idealizado: jogar numa equipa da Liga, competitiva, ambiciosa, e não apenas “estar” na Liga. O Valadares é um clube que quer mais e isso motiva-me muito.
- Tem feito todos os jogos, sempre os 90 minutos. Como é que tem sido, mais especificamente, esta mudança para um contexto sénior e de Liga?
Sim, é um contexto diferente. Nota-se bem a diferença entre a segunda divisão e a Liga - há várias diferenças, sobretudo na qualidade, no ritmo de jogo e também na visibilidade. Há mais atenção, mais gente a acompanhar. É tudo mais exigente. Mas acho que lidei bem com essa transição e já estou habituada. Sinto-me confortável e cada vez mais preparada para este nível.
- O que é que podemos esperar deste Valadares?
Acho que é um clube que trabalha muito bem e uma equipa que está a fazer o mesmo caminho. Estamos a preparar-nos para fazer coisas bonitas esta época, ou, pelo menos, é essa a ambição. Claro que não conseguimos controlar tudo, mas controlamos aquilo que fazemos no dia a dia: o nosso trabalho, as rotinas, o compromisso enquanto grupo e enquanto equipa. E sim, acho que se pode esperar um Valadares com muita ambição, muita união e vontade de crescer.
- Que análise faz à Liga 2025/26?
Parece-me um campeonato bastante competitivo. Vemos equipas que, por vezes, são vistas como mais pequenas a conseguirem grandes resultados contra as chamadas “maiores”. Isso mostra que há equilíbrio.
Claro que o Benfica e o Sporting continuam a estar num patamar acima, mas, no geral, o campeonato está muito disputado. Aliás, é mesmo isso: disputado. Não há um líder isolado, nem equipas que percam todos os jogos. Há equilíbrio, há competitividade e isso é muito bom para o crescimento do futebol feminino em Portugal.

- O que espera que esta época lhe dê em termos de futuro?
Acho que este ano vai servir para eu crescer muito e para sair da minha zona de conforto. Esta mudança permite-me isso mesmo - vir para um lugar novo, com pessoas novas, um contexto novo - e acredito que posso evoluir bastante aqui.
Sinto que posso tornar-me uma jogadora melhor, e o simples facto de estar a competir regularmente é muito importante. Jogar faz-nos crescer. Por isso, espero que no final desta época me sinta uma jogadora mais completa e também uma pessoa melhor.
- Quais acha que são as suas principais características enquanto central? E o que é que ainda há para melhorar?
Acho que a velocidade é um dos meus pontos fortes. Também a agressividade - no bom sentido - e a mentalidade. Talvez a parte física ainda seja algo em que posso evoluir mais, mas no geral diria que esses são os meus principais atributos.

"Futebol tem a capacidade de transformar um dia mau num dia bom"
- Que tipo de carreira é que a Inês gostaria de construir?
Não gosto muito de pensar no futuro dessa forma, porque acho que o futuro é sempre incerto. Para mim, o mais importante é aproveitar o dia a dia e focar-me no presente. Mas, claro, tenho objetivos e sonhos - e acho que é fundamental tê-los, porque são eles que nos dão motivação. Nos dias maus, são precisamente essas metas que nos fazem continuar e acreditar.
Tenho ambições, sim: chegar à seleção A, representar os maiores clubes do mundo... São tudo objetivos que me inspiram. Mas, acima de tudo, quero aproveitar o presente, manter os pés bem assentes na terra e continuar a trabalhar para ser melhor a cada dia. As coisas acabam por surgir naturalmente quando se trabalha com dedicação e consistência.
- Voltando agora ao início. Como é que o seu irmão João tem visto agora a sua carreira?
Somos muito próximos. Ele acompanha-me bastante e vai ver muitos dos meus jogos, principalmente em Lisboa, onde estuda.
Apoia-me muito: liga-me sempre antes dos jogos ou envia uma mensagem, falamos muitas vezes. E sim, sei que está orgulhoso de mim. Ele não é muito de o dizer, mas eu sinto que está.
- O que é que acha que seria uma boa época para si e para o clube?
A nível individual, essencialmente, quero sentir que cresci, como jogadora e como pessoa, como já disse. Não tenho objetivos muito específicos ou números em mente. Jogar sempre os 90 minutos, por exemplo, não é tanto um objetivo, porque temos um grupo competitivo e todas trabalhamos para jogar. Seria até um pouco injusto da minha parte dizer que isso é o meu foco, mesmo que trabalhe todos os dias para ser titular e ajudar a equipa.
O mais importante é continuar a jogar, a desfrutar e a evoluir. E, coletivamente, acho que o objetivo é fazermos ainda melhor do que na época passada, que já foi muito boa. Quem sabe chegar a uma final da Taça? Acho que podemos ambicionar isso.

- O que diria a jovens jogadoras que sonhem com uma carreira no futebol?
Essencialmente, que acreditem e nunca deixem de fazer aquilo que gostam. Por vezes ouvimos comentários - da sociedade, de amigos, até de familiares - que não são ditos por mal, mas que podem fazer-nos duvidar ou afastar-nos dos nossos sonhos. Por isso, o mais importante é acreditar, trabalhar muito e não desistir.
O futebol feminino em Portugal está cada vez mais competitivo e com mais qualidade. Já não há espaço para pensar “isto é só uma brincadeira”. Não é. É algo cada vez mais sério e profissional. Por isso, trabalhem, esforcem-se e aproveitem cada oportunidade.
- Para fechar: Inês, se o futebol fosse uma pessoa, o que é que lhe diria neste momento?
Diria, antes de mais, obrigada. Porque o futebol tem essa capacidade de transformar um dia mau num dia bom. E diria também que espero que possamos ficar juntos para sempre, porque é realmente algo que amo e que quero continuar a fazer.
Gostava muito de poder fazer disto a minha vida.
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