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Mackenzie Cherry: "Cresci imenso como jogadora em Portugal"

Mackenzie Cherry em destaque no Valadares
Mackenzie Cherry em destaque no ValadaresArquivo Pessoal, Flashscore

O Flash Feminino é a nova rubrica quinzenal do Flashscore, dedicada a destacar as principais protagonistas da Liga Feminina. Neste espaço, traremos entrevistas exclusivas com as jogadoras que brilham nos relvados nacionais. A nossa 14.ª convidada é Mackenzie Cherry, jogadora do Valadares Gaia.

Acompanhe o Valadares Gaia no Flashscore

"Adoro Portugal, vir para cá foi uma das melhores decisões"

- Conte-nos um pouco sobre a sua história e como é que o futebol aparece na sua vida?

- Eu tenho três irmãos e todos nós sempre fomos muito ativos no desporto desde tenra idade. Pratiquei todos os desportos que possa imaginar desde os três anos de idade. Joguei futebol, basquetebol, softball, natação, enfim, estava sempre a fazer alguma coisa, tal como os meus irmãos.

- Mas o futebol ganhou...

- Sim, claro (risos). Por volta do ensino básico ou secundário, percebi que queria dedicar-me ao futebol a longo prazo. A partir daí, o único objetivo foi continuar a minha carreira no futebol. Fui para a universidade nos Estados Unidos e joguei durante quatro anos na primeira divisão universitária. Quando entrei nos últimos dois anos do futebol universitário, soube que queria tentar jogar futebol profissionalmente. E, passados três ou quatro anos, cá estou.

Mackenzie cumpre segunda época em Portugal
Mackenzie cumpre segunda época em PortugalValadares Gaia, Opta by Stats Perform

- Quais foram os maiores desafios no início da sua caminhada pelo futebol profissional?

- Eu diria que um dos desafios mais difíceis é que esse percurso não é muito conhecido nos Estados Unidos. Não há muitas pessoas que o fazem. Por isso, no meu último ano de universidade, havia muitas perguntas sem resposta: 'Como é que entro neste mundo?' 'Isso é sequer uma opção para mim?' 'Se quiser seguir esse caminho, quais são os passos a dar?'.

Felizmente, havia uma rapariga um ano mais velha do que eu que também decidiu enveredar pelo futebol profissional. Então, acabei por recorrer a ela para esclarecer as minhas dúvidas. Mas, até hoje, muitas raparigas com quem joguei ou que simplesmente encontram o meu perfil no Instagram entram em contacto comigo com as mesmas perguntas que eu tinha. Isto porque não somos ensinadas sobre essa possibilidade e não a vemos como uma opção quando saímos da universidade nos Estados Unidos.

Por isso, perguntam-me constantemente: 'O que fazes? Como é que é?'. Todas as perguntas que possa imaginar. E, claro, eu respondo, porque já estive exatamente na mesma posição. No fundo, acho que esse foi um dos maiores desafios no início – não saber que direção seguir e não ter ideia de como começar.

- O primeiro passo na Europa foi na Islândia, não é verdade?

- Sim, é. Formei-me em maio e, em junho, já estava na Islândia para a última parte da época lá. Essa foi a minha primeira experiência na Europa, e foi, no mínimo, interessante. Nunca tinha vivido nada assim. É um lugar incrivelmente bonito, mas acho que 'interessante' é a palavra certa para descrevê-lo. Depois da Islândia, estou em Portugal há dois anos.

- Num país muito bonito (risos).

- Adoro. Toda a gente me pergunta: 'Então, o que achas?'. E eu digo sempre que recomendo. 'Se tiveres a oportunidade de vir, vem!' Todos os meus amigos dizem: 'Ah, quero ir visitar'. E eu respondo: 'Por favor, vem! Eu mostro-te tudo, levo-te a todos os sítios'. Adoro estar aqui.

Mackenzie passou pelo futebol universitário dos Estados Unidos
Mackenzie passou pelo futebol universitário dos Estados UnidosArquivo Pessoal

- Assim que o telefone tocou e percebeu que havia essa possibilidade, quais foram os seus pensamentos?

- Eu nunca tinha estado em Portugal antes, por isso não sabia muito sobre o país. Mas provavelmente foi uma das melhores decisões que já tomei. Depois para esta época, eu já sabia como era estar aqui e como era a Liga. Isso teve um grande peso na minha decisão (de continuar em Portugal), porque já me sentia confortável no país e tinha adorado a experiência em Famalicão. Tanto a nível pessoal como profissional, retirei muito dessa experiência.

- Sentiu necessidade de adaptar o seu futebol ao que encontrou em Portugal?

- Sim, diria que sim, sem dúvida. Acho que, independentemente de onde vens e para que equipa vais, há sempre um período de adaptação. Para mim, a adaptação mais difícil foi no ano passado, quando vim da Islândia. Não joguei lá durante muito tempo, só na segunda metade da época. Então, passar desse contexto para o estilo de jogo aqui em Portugal foi um grande desafio.

- O que a surpreendeu mais no futebol português? E nas jogadoras portuguesas?

- É um jogo muito técnico. Se tivesse de comparar com os Estados Unidos, diria que lá o jogo é muito mais baseado na capacidade atlética. Mas aqui, as jogadoras gostam mais de ter a bola, gostam de driblar mais e de jogar um futebol mais baseado na posse, o que eu adoro. Na universidade, por exemplo, como central, não havia muito essa ideia de construir jogo a partir de trás. Mas, aqui, aprendi a gostar e a valorizar esse lado do jogo. Acho que essa é a maior diferença entre o futebol com que cresci nos Estados Unidos e o estilo mais europeu.

Valadares Gaia em destaque na Liga Feminina
Valadares Gaia em destaque na Liga FemininaValadares Gaia F.C. Futebol Feminino

"O Valadares Gaia tem um dos melhores grupos em que já estive"

- Começou a sua jornada em Portugal no Famalicão e agora está no Valadares Gaia. Está a gostar?

- Claro que sim. As pessoas perguntam-me muito sobre isso e eu respondo que não tenho nada de mau para contar. Estou a gostar das raparigas aqui, da família que criámos dentro da equipa, da cultura que construímos. Diria que é um dos melhores grupos em que já estive, até incluindo a universidade. Então sim, estou a adorar.

- Tem várias colegas de equipa norte-americanas.

- Sim, tenho. Começámos a temporada com sete!

- Assim fica difícil aprender português (risos).

- Exatamente, exatamente (risos). Até as raparigas portuguesas são muito fluentes em inglês. Por isso, a adaptação não é assim tão difícil quando te sentes tão confortável no teu ambiente.

- Os resultados também mostram que existe uma boa ligação entre todas...

- Sim, estamos a construir uma ótima cultura dentro do balneário e realmente sente-se como uma família. Sou próxima de todas as raparigas no balneário.

- E como é que a Mackenzie se descreve como jogadora? Como tem sido a sua evolução desde que chegou a Portugal?

- Estou a aprender a ser uma jogadora mais de posse, a sentir-me confortável com a bola nos pés, a construir o jogo a partir de trás. E, como já disse anteriormente, aprendi a adorar esse aspeto. Há uma espécie de arte nisso. Ver o campo todo de uma posição de central e conseguir fazer passes que rompem linhas. Mas, provavelmente, a maior adaptação no meu jogo foi aprender a sentir-me confortável com a bola, querer a bola nos pés, escolher os momentos certos para passar, para fazer um passe longo ou para conduzir a bola. É aprender a ser a primeira pessoa a iniciar a construção, uma das primeiras jogadoras, eu, a guarda-redes e as laterais, a tomar decisões que podem influenciar o nosso jogo a seguir, a construir o jogo a partir de trás.

Valadares Gaia ocupa o 5.º lugar da Liga
Valadares Gaia ocupa o 5.º lugar da LigaFlashscore

- Sempre jogou como defesa-central?

- Comecei a minha carreira como média. Era ou seis ou oito. E durante os primeiros, diria, 10 a 12 anos da minha vida, era isso que eu fazia. A mudança aconteceu, e lembro-me disso muito claramente. O meu treinador reparou que, quando a bola estava na nossa zona defensiva, eu frequentemente recuava além da nossa linha defensiva. Não importava o quanto ele dissesse: 'Mackenzie, mantém a tua posição', ou 'Mackenzie, deixa a defesa fazer isso'. Ele percebeu que eu adorava esse papel e disse: 'Ok, já que tu gostas... Já que te encontramos a recuar tão baixo e a querer defender, vamos tentar como central'. E o resto, como se costuma dizer, é história.

- É uma posição muito específica e muito importante.

- Acho que, muitas vezes, e nós até brincamos com isso na equipa, as centrais, ou defesas em geral, são muito subestimadas. As pessoas tendem a olhar para isso como algo 'não tão divertido'. E eu penso, 'porque não entendes os detalhes. Se fosses central durante uma semana, aposto que verias as coisas de forma diferente'.

- Por falar em centrais: a Naomi Girma é central e protagonizou a transferência mais cara do feminino (mais de um milhão de euros). O que lhe parece?

- Uau, isso é incrível. Fico feliz por ver que as centrais estão a receber esse reconhecimento e assinarem contratos tão impressionantes. Acho que ela merece completamente. É uma das melhores defesas do mundo. Mas, uau, o que eu faria por um contrato assim! (risos) Se olhares para o jogo dela, o jogo da Naomi Girma, ela é uma das melhores defesas, especialmente em situações de 1-1. E ela encontrou o que funciona para ela, aquilo em que é boa, e aproveitou isso. Acho que isso se aplica a qualquer pessoa: saber os teus pontos fortes e fracos e continuar a aperfeiçoá-los.

Mackenzie confiante no futuro do Valadares Gaia
Mackenzie confiante no futuro do Valadares GaiaArquivo Pessoal

"Temos grandes objetivos, o céu é o limite"

- Qual a sua opinião sobre a Liga?

- É uma Liga competitiva e isso ajuda-me a ser uma jogadora melhor. E não é só de época para época, é de semana para semana. Quando jogas contra equipas de qualidade e clubes de qualidade, as equipas e as jogadoras acabam por ser melhores. É tentar encontrar formas de te adaptares em pouco tempo para seres melhor na próxima vez que enfrentares equipas como o Benfica, Sporting, SC Braga ou até o Racing (Power), que está agora em quarto lugar. Ou seja, não tens outra escolha senão melhorar, tanto como pessoa como jogadora, quando jogas contra equipas de qualidade assim.

- Sete vitórias nos últimos dez jogos é o vosso registo. Até onde pode ir o Valadares Gaia?

- Se nos perguntarem no balneário, o céu é o limite. Temos grandes objetivos, grandes sonhos. Já tivemos momentos em que não estivemos no nosso melhor e perdemos alguns pontos que agora gostaríamos de recuperar. Mas tudo isso só nos motiva a focar-nos e a estarmos no nosso melhor daqui para a frente. Tivemos uma reunião de equipa há pouco, basicamente a lembrar-nos todos qual é o objetivo e o quão alto é o nosso potencial como equipa. E, no nosso balneário, acreditamos que podemos lutar pelos lugares cimeiros na Liga.

- E quais os objetivos pessoais?

- O sucesso da equipa e o sucesso individual, obviamente, andam de mãos dadas. Para mim, neste momento, o único foco é continuar a melhorar como jogadora, dia após dia. Não deixar nenhum dia, nenhuma semana, nenhum mês, passar em vão. Aproveitar sempre como uma oportunidade para melhorar. E o que eu sempre digo é que não me comparo com outras jogadoras ou outras defesas. Estou sempre a exigir de mim mesma aquilo de que sei que sou capaz. Por isso, o objetivo é continuar a melhorar, a desenvolver-me como jogadora e a crescer nas áreas em que preciso de crescer. Assim, no final da época, sejam quais forem as oportunidades que aparecerem, estarei pronta para elas.

A forma recente do Valadares Gaia
A forma recente do Valadares GaiaFlashscore

- Sente que o facto de estar a jogar em Portugal lhe pode abrir boas perspetivas no futuro?

- Eu diria que 100%. Falando apenas da minha perspectiva e ponto de vista, acho que me desenvolvi imenso como jogadora. No último ano e meio a jogar nesta Liga, a competir com equipas e clubes competitivos, e com jogadoras competitivas, semana após semana, acho que isso me impulsionou a ser uma jogadora melhor. O ritmo do jogo força-te a adaptar e a crescer como jogadora. E acho que, enquanto continuares a melhorar e a fazer-te notar nesta Liga, a abrires o teu nome, as portas vão-se abrir. 

Acredito que esta é uma liga que as pessoas em todo o mundo devem respeitar. Há jogadoras de qualidade top que entram e saem desta Liga. Como vimos com algumas das transferências do ano passado, com jogadoras a irem para clubes como o Barcelona. Acho que isso prova que esta Liga é capaz de desenvolver jogadoras de qualidade excecional. E acho que os olhos das pessoas estão a abrir para as jogadoras.

- Acredito que seja um cenário muito difícil, mas acredita que também lhe poderá abrir as portas da seleção?

- Sim, claro. E sim, é uma coisa muito difícil de atingir, especialmente nos Estados Unidos. É um país enorme e apenas uma quantidade selecionada de pessoas tem a honra de receber esse convite. Mas eu acho que, especialmente com o futebol dos Estados Unidos, vemos isso tanto nas equipas masculinas como femininas, a prioridade já não é ficar apenas nos Estados Unidos e desenvolver o teu nome lá. Vemos muitas jogadoras e jogadores a mudarem-se para a Europa para jogar, ganhar experiência e crescer como jogadores. E depois, recebem o reconhecimento enquanto estão no estrangeiro e acabam por ser chamados de volta para casa.

Mackenzie analisou futuro da modalidade
Mackenzie analisou futuro da modalidadeArquivo Pessoal

"Crescimento dos últimos anos é encorajador para as mais jovens"

- Para quem não conhece o Valadares Gaia, como é que apresentaria o clube?

- Eu diria apenas que somos um clube de qualidade que neste momento está no meio da tabela, mas sabemos que somos capazes de lutar por mais. E acho que conseguimos ver no clube que, semana após semana, a direção e a equipa técnica estão a tentar proporcionar as melhores condições. Seja ao trazer uma nutricionista ou, recentemente, ao trazer uma psicóloga, estão sempre a fazer melhorias para nos dar as melhores condições possíveis. É um clube que reconhece que, para ser bem-sucedido, não só nesta Liga, mas no mundo do futebol, é preciso boas condições, não só em campo, mas também fora dele. E por isso, acho que estão constantemente a tentar entender isso e a dar-nos o melhor do que está disponível no clube.

- Como é que vê o crescimento do futebol no feminino nos próximos anos?

- As pessoas estão a começar a valorizar, a apoiar e a financiar o futebol feminino da mesma forma. Obviamente, acho que o objetivo é continuar a reduzir a diferença entre o futebol masculino e o feminino. Se olharmos para as condições e os salários entre o futebol masculino e o feminino, obviamente, ainda há uma grande diferença. Mas também reconheço, ao mesmo tempo, que estamos a trabalhar ativamente, o futebol feminino como um todo, para tentar reduzir essa diferença. E isso leva tempo e não vem apenas dos clubes. Vem também dos adeptos, porque não podemos fazer nada como clube, não podemos fazer nada como jogadoras, se não tivermos uma base de fãs, se não tivermos adeptos que venham aos nossos jogos semanalmente e invistam também no clube. Essas coisas levam tempo, mas acho que, se perguntar a qualquer pessoa na Liga, podemos ver que estão a existir progressos. E assim, acho que com o passar dos dias, meses e anos, essa diferença entre o futebol masculino e o feminino continuará a diminuir.

Os próximos jogos do Valadares Gaia
Os próximos jogos do Valadares GaiaFlashscore

- Qual a mensagem que gostaria de deixar às jovens jogadoras?

- Continua a perseguir o teu sonho. Acho que, agora mais do que nunca, como jovem mulher, seja criança, seja na casa dos 20 anos, agora podes ver que o caminho está disponível para ti...

- Hoje em dia há mais condições para se sonhar...

- Certo. Não há apenas um único caminho. Ou seja, se não conseguires por esse caminho, não significa que não consigas de forma alguma. Há muitos percursos diferentes que podes seguir, várias direções que podes tomar para tornar os teus sonhos realidade. E acho que, à medida que vemos mais jogadoras de futebol a ter sucesso em grandes palcos, em palcos globais, as jovens podem olhar para isso como uma motivação. Como quem diz: 'Ok, isto é uma opção para mim. Eu posso fazer isto.' O jogo está a evoluir, o futebol feminino está a avançar, a receber mais apoio. E só olhando para o crescimento nos últimos, diria, cinco, seis, sete, oito, talvez dez anos, acho que isso deve ser muito encorajador para a nova geração, porque a mudança demora anos a acontecer. Não começa com uma geração e termina com essa geração. É preciso um verdadeiro exército, por assim dizer. Há jogadoras mais velhas do que eu que tiveram de lutar pelas condições que temos agora. E nós, da minha geração, estamos a tentar melhorar ainda mais as condições para as jogadoras que ainda estão por vir. Por isso, acho que devem olhar para o progresso dos últimos anos e sentirem-se encorajadas por isso.

Mackenzie partilhou objetivos
Mackenzie partilhou objetivosArquivo Pessoal

"Quero que as pessoas apreciem a minha dedicação ao futebol"

- Já falamos um bocadinho sobre isso, mas queria que aprofundasse o tema: como imagina o seu futuro?

- Ah, quem me dera poder saber Gostava de ter uma bola de cristal para ver o que o futuro me reserva e obter as respostas. Essa é sempre a parte mais stressante (risos). Mas bom, veremos. Veremos o que acontece. Família, amigos, todos perguntam: 'E agora? O que vem a seguir para ti?' E eu só penso: 'Quando souber, digo-vos!' Mas, neste momento, o foco é manter-me no presente. Quando o verão chegar, quando a época terminar, vou analisar as opções e as propostas que tiver e tomar a melhor decisão para mim naquele momento. Mas, para poder ter boas opções e boas oportunidades, preciso de trabalhar agora, dar o meu melhor em campo, construir um nome e evoluir como jogadora. Só assim, se surgirem boas oportunidades, poderei aproveitá-las.

- O que gostaria que as pessoas dissessem sobre a Mackenzie Cherry no final da temporada?

- Gostava que as pessoas olhassem para mim e para o crescimento que tive e soubessem que sou alguém que, independentemente das circunstâncias ou do clube onde estou, dá sempre o melhor de si, dia após dia. Que não encaro nenhum dia como garantido ou como uma brincadeira, mas sim como uma oportunidade para evoluir. Quero que as pessoas apreciem a minha dedicação ao futebol, a minha mentalidade e a forma como encaro esta carreira. Não vejo isto como uma brincadeira, nem como umas férias ou apenas uma experiência para viajar pelo mundo. Estou aqui única e exclusivamente pelo futebol. Esta é a minha paixão. E se pudesse desejar uma coisa, seria que as pessoas reconhecessem essa minha dedicação ao jogo.

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