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Maria Alagoa: "SC Braga era mesmo o desafio que eu queria para esta fase da minha carreira"

Maria Alagoa em destaque no SC Braga
Maria Alagoa em destaque no SC BragaSC Braga, Flashscore

O Flash Feminino é a rubrica do Flashscore dedicada a destacar as principais protagonistas das Ligas Femininas em Portugal. Neste espaço, damos voz às jogadoras que brilham nos relvados nacionais. A nossa 28.ª convidada é Maria Alagoa, média do SC Braga.

Acompanhe o SC Braga no Flashscore

O regresso a Portugal pela porta do SC Braga: "Estou muito feliz com a escolha que fiz"

- Maria, amanhã faz quatro meses desde que foi apresentada no SC Braga. Como é que têm corrido estes primeiros meses no novo projeto? 

Antes de mais, sinto que era muito importante começar a minha carreira profissional num clube que me acolhesse bem e que tivesse boas condições, tanto a nível pessoal como profissional. E até agora tenho encontrado tudo isso no SC Braga. Estou muito feliz com a escolha que fiz.

Acho que este projeto se alinhou perfeitamente com aquilo que procurava, não só em termos desportivos, mas também pessoais. É verdade que a época não começou exatamente como queríamos, mas temos vindo a trabalhar muito e a crescer. Sinto que estamos cada vez melhores e cada vez mais próximas de alcançar os nossos objetivos.

Maria Alagoa cumpre primeira temporada no SC Braga
Maria Alagoa cumpre primeira temporada no SC BragaOpta by Stats Perform, SC Braga

- Como é que foi o processo de mudança, do futebol universitário dos Estados Unidos para Portugal?

Foi um processo que começou logo depois de terminar a época nos Estados Unidos, mas que teve uma fase inicial um pouco indefinida. Houve algum tempo em que não havia opções muito claras, até porque as épocas na Europa já estavam a decorrer e nem todos os clubes estavam à procura de jogadoras.

Por isso, foi preciso ter paciência. Desde janeiro até maio andei a explorar possibilidades, a fazer algumas pesquisas e a tentar perceber onde poderia encaixar-me melhor. Foi um período de muita expectativa...

- E muita ansiedade?

Alguma, sim, mas tentei controlar ao máximo e ser paciente. Pensava: “ok, agora tenho de acabar os estudos, não há muito que possa fazer e quando surgir uma proposta, logo se vê.” Era uma questão de esperar, mas claro que houve momentos de ansiedade, porque não fazia a mínima ideia de onde ia parar.

Tinha o “bichinho” de voltar à Europa, e especialmente a Portugal, por isso quando apareceu a proposta do SC Braga foi praticamente irrecusável. Senti um enorme alívio, como se todo o peso daqueles meses de incerteza tivesse desaparecido.

- O que encontra em Braga é muito diferente do que tinha imaginado?

Se há algo que aprendi desde que fui para os Estados Unidos, é a não criar grandes expectativas. Tento sempre deixar-me surpreender pelos lugares, pelas pessoas e pelos ambientes.

Por isso, encarei esta oportunidade com a mentalidade de que, se surgiu, foi por alguma razão e que devia agarrá-la com tudo, sem pensar demasiado em como seria ou como me iria adaptar. Cada dia tem trazido novas experiências, e prefiro viver o presente, dar o meu melhor e ver até onde isso me leva.

- Era o desafio que estava à espera?

Sim, sem dúvida. Sentia que era o passo que precisava de dar. Foram quatro anos a jogar futebol universitário, que me deram muitas ferramentas e experiências importantes. No final dessa última época, percebi que estava pronta, que era o momento certo para avançar, pôr em prática tudo o que aprendi e dar o salto para o futebol profissional.

Jogar num clube como o SC Braga, de forma profissional, era um sonho que tinha desde sempre. Por isso, sim, foi exatamente o desafio que eu queria para esta fase da minha carreira.

- Uma coisa é jogar futebol universitário, outra é jogar profissionalmente. Não é uma questão de ser melhor ou pior, mas são realidades muito diferentes. Que impacto teve também essa mudança?

É mesmo difícil comparar, porque são dois mundos completamente diferentes. O desporto universitário nos Estados Unidos tem uma energia muito própria. É algo muito característico da cultura americana, tudo gira à volta da universidade e do espírito competitivo. É uma experiência única.

Aqui, em Portugal, o contexto é totalmente distinto. Sinto-me muito mais próxima de tudo o que acontece, mais ligada à realidade do futebol nacional. Quando estava nos Estados Unidos, às vezes nem sabia muito bem o que se passava cá e sentia que, por estar tão longe, as pessoas também não acompanhavam o meu percurso. Agora sinto-me parte da Liga, do ambiente, e percebo melhor o que representa jogar ao mais alto nível.

Outra diferença grande está na mentalidade. No futebol universitário, havia jogadoras que queriam seguir carreira profissional, como eu e algumas colegas que agora também estão em clubes, mas havia outras que usavam o futebol como forma de garantir uma bolsa e concluir os estudos antes de seguir outro caminho. Aqui, no SC Braga, é completamente diferente: todas estamos aqui porque somos boas profissionais e porque o nível de exigência é muito alto.

Isso motiva-me muito e obriga-me a querer evoluir todos os dias e a ser cada vez melhor.

Maria Alagoa com o treinador Marwin Bolz
Maria Alagoa com o treinador Marwin BolzSC Braga

"Qualquer jogo entre SC Braga e Sporting é sempre um grande jogo"

- A Maria entra num SC Braga em processo de mudança, inclusive com nova equipa técnica. Depois de cinco jornadas, venceram no último jogo em em Vila do Conde e vem aí o Sporting. Em que ponto sente que está a equipa e até onde acha que pode chegar esta época?

Sinto que a equipa está claramente numa fase de crescimento. Começámos quase do zero, com muitas caras novas e uma nova equipa técnica, e isso exige tempo para criar rotinas e estabilidade.

Neste momento, estamos a tornar-nos cada vez mais consistentes e a conseguir aplicar melhor o nosso modelo de jogo em cada partida. Tenho uma visão muito positiva: acredito no trabalho que estamos a fazer e na forma como o grupo se tem empenhado todos os dias.

Temos jogadoras de grande qualidade e uma combinação muito equilibrada entre experiência e juventude, que pode fazer a diferença ao longo da época. Por isso, acredito muito neste processo e no potencial que esta equipa tem para chegar longe.

Os últimos duelos entre SC Braga e Sporting
Os últimos duelos entre SC Braga e SportingFlashscore

- O SC Braga oferece condições que lhe permita estar focada única e exclusivamente no futebol?

O SC Braga faz-me sentir uma jogadora 100% profissional, num clube 100% profissional, com um staff que trabalha todos os dias com o mesmo objetivo: lutar por títulos.

Há um ambiente interno muito forte, que nos motiva a dar tudo nos treinos e nos jogos, também para retribuir o investimento e a confiança que o clube tem em nós. As infraestruturas e as condições são excelentes e permitem que nos concentremos apenas no futebol e fazer o nosso trabalho da melhor forma possível. O resto é o clube que garante.

- Vem aí um dos desafios mais exigentes da temporada, frente ao Sporting. O que espera desse jogo?

Qualquer jogo entre SC Braga e Sporting é sempre um grande jogo, e acredito que este não vai ser diferente. Estamos muito focadas em nós, mais do que no adversário ou nos resultados deles.

Vimos de uma vitória importante, mas que já ficou para trás. Agora o foco está totalmente no Sporting. Temos trabalhado bem, com confiança e intensidade, e acredito que vai ser um jogo muito competitivo e bem disputado.

- O que é que acha que pode fazer a diferença neste tipo de jogos?

Acho que, quando duas equipas são grandes e procuram jogar, como é o caso do SC Braga e do Sporting, o que acaba por fazer a diferença são os detalhes. São aquelas pequenas coisas que o jogo oferece. Claro que é difícil prever o que vai acontecer no sábado, mas acredito que será um jogo de nível muito exigente, onde os pormenores vão decidir o resultado.

- Quando saiu para os Estados Unidos ainda jogava na segunda divisão. Que evolução sente no futebol português desde então?

Sinceramente, parece que joguei noutra realidade. A diferença é enorme, nem dá para comparar o que vivi na Segunda Liga com o que encontro agora. O nível subiu muito, a competitividade também, e as condições de trabalho melhoraram imenso.

O SC Braga, em particular, tem feito um excelente trabalho: oferece condições de topo, boas infraestruturas e um ambiente profissional que ajuda muito no crescimento das jogadoras. Mesmo não tendo jogado cá nos últimos anos, ouço as colegas que estiveram sempre na liga e é claro que o futebol feminino português evoluiu bastante.

- Disse há pouco que, quando estava nos Estados Unidos, sentia que as pessoas tinham perdido um pouco o seu rasto. Agora que já a voltaram a ver jogar, acha que já conseguiu mostrar tudo o que vale?

Não, ainda não. Estamos no início da época e de um novo processo, por isso sinto que ainda há muito por mostrar. Aliás, nem eu sei tudo o que consigo fazer... É para isso que treinamos todos os dias, para descobrir até onde podemos ir.

O meu objetivo é continuar a evoluir e a mostrar um pouco mais em cada jogo, nem que seja um por cento. E posso garantir aos adeptos do SC Braga que vou sempre dar o meu máximo, em todos os jogos, para representar o clube da melhor forma possível.

Maria Alagoa contabiliza três internacionalizações
Maria Alagoa contabiliza três internacionalizaçõesFPF

"Seleção é sempre um objetivo presente"

- A Maria esteve na última convocatória da Seleção Nacional e até jogou contra os Estados Unidos. Esse fator pesou na sua decisão de regressar à Europa e de aceitar o projeto do SC Braga?

A Seleção é sempre um objetivo presente. Eu sabia que, ao ir para um campeonato que não seguia o calendário FIFA, como o universitário nos Estados Unidos, poderia perder alguma visibilidade nesse aspeto. Mas encarei isso como um passo atrás para, mais tarde, dar dois à frente.

Mesmo assim, continuei a ser chamada regularmente, e sentia que aquele percurso me estava a dar ferramentas importantes para, no futuro, estar mais preparada para a Seleção A. Por isso, sim, vir para o SC Braga e para Portugal também teve esse peso.

Sobre o último estágio, quando soube que estava convocada, fiquei mesmo muito feliz. Foi a confirmação de que tinha feito a escolha certa. Deu-me ainda mais motivação para continuar a trabalhar e tentar voltar mais vezes.

Maria Alagoa esteve no último estágio
Maria Alagoa esteve no último estágioOpta by Stats Perform, FPF

- Como recorda o momento em que viu o seu nome na convocatória? Não foi a primeira vez que foi convocada, mas acredito que jogar contra os Estados Unidos possa ter tido um sabor especial.

Sim, foi uma convocatória muito especial, até porque sabia que os jogos iam ser nos Estados Unidos, e eu já tinha algumas saudades (risos). Tentei não criar grandes expectativas, limitei-me a dar o meu melhor nos jogos pelo SC Braga e a pensar que, se não fosse chamada, continuaria a trabalhar na mesma.

Mas quando vi o meu nome na lista, fiquei completamente parada. Foi um misto de surpresa, alegria e emoção. Depois, quando percebi mesmo que ia voltar a jogar nos Estados Unidos, senti que ia ser uma experiência inesquecível e foi.

A vitória, com o estádio cheio, é algo que nunca vou esquecer. Foi um momento de enorme orgulho, uma memória que levo para sempre.

- E o que podemos esperar da Seleção no futuro?

Cada jogo internacional tem um nível de exigência altíssimo, e sinto que Portugal tem trabalhado muito bem para estar à altura desses desafios. Estes dois jogos mostraram que queremos continuar a crescer, voltar à Liga A (da Liga das Nações) e marcar presença nas grandes competições, como o Campeonato do Mundo.

A Seleção está cada vez mais forte e ambiciosa, e o grupo tem essa mentalidade: trabalhar todos os dias para estar entre as melhores.

Maria Alagoa viveu anos dourados nos Estados Unidos
Maria Alagoa viveu anos dourados nos Estados UnidosArquivo Pessoal

A economia aplicada no futebol: "Vejo tudo em gráficos"

- Maria, vamos viajar um bocadinho ao passado. Sai de Portugal muito nova para atravessar o Atlântico e vai para os Estados Unidos - três anos na Flórida, um na Califórnia. Olhando agora para essa experiência, o que é que esses quatro anos representaram para si?

Honestamente, foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Claro que evoluí muito no futebol, mas, acima de tudo, cresci imenso como pessoa. Tinha dezoito anos, fui sozinha, era a primeira vez que viajava sem ninguém e o meu inglês nem era assim tão bom. Não sei bem o que me deu (risos), mas decidi arriscar e fui. E ainda bem que o fiz, porque fui muito bem recebida desde o primeiro dia.

Os três anos na Flórida e o último na Califórnia deixaram-me memórias incríveis. O mais importante de tudo foram as pessoas - amizades que ficaram e experiências que me marcaram. Hoje tenho amigas espalhadas pelo mundo!

Depois, houve também o lado de aprender a gerir o tempo, equilibrar os estudos com o futebol, organizar o dia para dar o máximo nos treinos e na sala de aula. Isso ajudou-me a amadurecer, a ser mais responsável e focada.

Sinceramente, era impossível resumir tudo o que vivi nesses quatro anos sem ficarmos aqui horas a conversar.

- Portanto, regressa a Portugal uma Maria muito mais madura...

E com a mente muito mais aberta. Aprendi a não ter vergonha de conhecer pessoas novas e a meter conversa, tanto no futebol como fora dele.

Acho que hoje sou mais recetiva, mais aberta a quem chega, seja no clube, seja na vida em geral, porque já passei por isso. Sei o que é chegar a um sítio onde não se conhece ninguém, ter de sair da zona de conforto e dar o primeiro passo. Essa experiência ajudou-me muito a crescer como pessoa.

- Numa entrevista que deu no passado, disse algo curioso: “ganhei muito e isso também me custou a acreditar, porque estava habituada a perder quase sempre no Lusitano.” Ou seja, nos Estados Unidos, alimentou o bichinho de ganhar muitas vezes. Mas agora está num contexto diferente, portanto a questão é: como se gere esse tipo de mentalidade?

Antes de ir para os Estados Unidos, eu só perdia... literalmente (risos). Acho que, na época antes de eu sair, não ganhámos um único jogo. E depois, de repente, passo quatro anos a ganhar tudo o que havia para ganhar.

Isso criou-me um vício, mas um vício bom, uma satisfação enorme em ganhar. E quando se começa uma época e as primeiras vitórias demoram a aparecer, é fácil cair na desilusão de pensar: “o que é que está a acontecer?”.

Mas aprendi a lidar com isso. Tento lembrar-me do que sentia quando ganhava e usar essa memória como motivação para continuar a trabalhar todos os dias. O mais importante é perceber que as vitórias chegam com o tempo, com o processo.

- Agora que deu o passo para o futebol profissional, o que acha que é essencial para uma jogadora atingir esse patamar?

A resposta mais simples é aprender a controlar os sentimentos. Pode soar um bocado clichê, mas faz toda a diferença. Acho que, quando uma jogadora consegue focar-se no que realmente importa e no que consegue controlar, seja no plano físico ou mental, fica muito mais perto de atingir o sucesso não só em campo, mas também na vida em geral.

- A Maria estudou Economia. Consegue tirar algo dessa área para aplicar no futebol?

Aprendi a “economizar” o tempo. Claro que o que estudava era mais virado para empresas e governos, mas acho que o meu cérebro ficou formatado de outra forma depois de tantas cadeiras de economia.

Hoje vejo quase tudo em “gráficos” (risos): penso em como posso maximizar o esforço, o rendimento e o potencial para estar o mais próxima possível do ponto máximo desse gráfico imaginário. 

Maria Alagoa vive capítulo feliz no SC Braga
Maria Alagoa vive capítulo feliz no SC BragaSC Braga

"É um privilégio poder viver um sonho que tinha desde pequena"

- Qual é a sua primeira memória relacionada com o futebol?

É de quando ainda andava no infantário. Nós não podíamos jogar com bolas, não sei bem porquê, talvez porque as professoras não queriam, então arranjámos uma solução: jogávamos com tampas de iogurte! Daquelas azuis.

A minha primeira memória é estar num campo que nem era campo, era calçada portuguesa, a jogar um cinco contra cinco com uma tampa de iogurte como bola. E lembro-me perfeitamente de alguém a marcar golo e a deslizar de joelhos na calçada (risos).

- E quando é que surgiu a primeira oportunidade para entrar num clube?

Foi muito cedo, devia ter uns seis ou sete anos. Eu só brincava com os rapazes no infantário, estávamos sempre a jogar futebol, e não sei se foram os meus pais que perceberam que eu gostava mesmo ou se fui eu que pedi para entrar num clube. 

Mas foi por volta dessa idade que comecei a treinar. Na altura, quase não havia raparigas a jogar, por isso joguei com rapazes até aos quinze anos.

- Durante esse trajeto, quando é que percebe: “eu quero ser jogadora profissional"?

Acho que esse bichinho começou a crescer quando comecei a ir às seleções jovens, às sub-17. O Europeu sub-17 foi um momento que me marcou muito e fez-me perceber que queria levar isto a sério, mas ainda era nova e não tinha a certeza do que queria realmente.

Portanto, o momento em que senti mesmo que queria ser profissional acho que foi já no meu primeiro ano de faculdade, nos Estados Unidos. Estava rodeada de jogadoras que tinham a mesma ambição que eu, e percebi: “é isto que eu quero fazer da minha vida”.

Os próximos jogos do SC Braga
Os próximos jogos do SC BragaFlashscore

- Sentiu alguma vez que o facto de ser de um distrito do interior de Portugal, como Viseu, a limitou nesse sonho de ser futebolista profissional?

Sinceramente, acho que foi o contrário. O facto de ter crescido em Viseu fez-me olhar para outras possibilidades. Talvez se tivesse ficado numa cidade com mais opções, como Lisboa, pudesse ter ido logo para as camadas jovens de um Benfica ou Sporting e não tivesse tomado a decisão de ir para os Estados Unidos. Por isso, não acho que me tenha limitado. Pelo contrário, ajudou-me a ser mais aventureira e a procurar o meu próprio caminho.

- E o que é que a Maria de hoje, aos 22 anos, diria à Maria que começou a jogar futebol no Dínamo Clube Estação?

Diria para não ter medo de nada, para não pensar demasiado nas coisas e, acima de tudo, para se divertir a jogar.

- Parece um excelente conselho. Para terminar, que carreira gostarias de construir? Na sua mente, o que seria uma carreira ideal?

Para mim, a carreira ideal é chegar ao fim e sentir-me satisfeita com tudo o que fiz e pronta para abraçar o que vier a seguir. Não quero limitar-me apenas a ser jogadora de futebol e, quando a carreira acabar, sentir-me perdida.

Até lá, quero aproveitar ao máximo esta vida, porque é um privilégio poder viver um sonho que tinha desde pequena. Quero desfrutar de cada momento, crescer e aprender o mais possível. E, quando chegar a hora de pendurar as botas, quero encarar isso não como um fim, mas como o início de uma nova etapa, mesmo sem saber ainda o que virá a seguir.

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