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A conversão de Mikel Merino de médio a melhor avançado do Arsenal

Mikel Merino contra o Everton
Mikel Merino contra o EvertonANDY BUCHANAN / AFP
O internacional espanhol, que chegou a Londres no verão passado, destaca-se como goleador sob o comando de Mikel Arteta, que tira partido da sua eficácia nas bolas paradas.

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Mikel Merino será o nove do Arsenal contra o Real Madrid. A ausência de Kai Havertz e Gabriel Jesus, os avançados dos Gunners, deixou a equipa técnica de Mikel Arteta numa situação adversa que oferecia duas soluções: a primeira era optar por um avançado inexperiente que, sem experiência, teria de enfrentar jogadores com um longo historial. A segunda era fazer de um médio com um bom jogo aéreo, fosse ele Thomas Partey, Declan Rice ou Mikel Merino, a referência no ataque.

No final, Arteta optou pela segunda alternativa e deu a Mikel Merino a responsabilidade de explorar a sua capacidade ofensiva, que demonstrou pela Espanha no Euro-2024 (onde marcou um golo decisivo contra a Alemanha nos quartos de final) e nas suas seis temporadas na Real Sociedad, nas quais fez 242 jogos e marcou 27 golos.

Merino tem sete golos esta época. O seu poderio aéreo faz dele uma arma interessante para a equipa técnica nas bolas paradas. O Arsenal é uma equipa com muitos recursos na cobrança de livres diretos e cantos. Os cobradores de livres bem batidos, como Declan Rice e Martin Odegaard, contam com jogadores como Merino, Partey, Saliba e os lesionados Havertz e Gabriel, duas ausências terríveis para os Gunners.

Estatísticas de Mikel Merino
Estatísticas de Mikel MerinoFlashscore

O Real Madrid, por outro lado, é uma equipa que tem tido dificuldades nas bolas paradas até agora nesta temporada. No domingo passado, contra o Valência, sofreu mais um golo de bola parada. Um cruzamento perfeito de Los Che foi cabeceado por Diakhaby quase em cima da marca de grande penalidade. A Real Sociedad, na Taça do Rei, também marcou de livre direto.

"No Arsenal, jogamos de uma forma em que todos respeitamos um padrão comum e, depois, sim, todos temos de combinar bem, claro. Como avançado, os movimentos são diferentes, mas acho que não estou a fazer nada de muito diferente agora, porque o padrão comum (posse de bola e estar no meio-campo adversário) é o mesmo. E depois é preciso estar no sítio certo à hora certa. Tento agora ser uma ameaça na área e perceber onde tenho de estar consoante a origem da bola", disse Merino à Marca numa entrevista publicada na manhã de segunda-feira.