O capitão do Ajax, Davy Klaassen, afirmou que a derrota por 4-0 frente ao Olympique Marselha, da segunda jornada da fase principal da Liga dos Campeões, foi uma "lição dura" para o plantel.
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Ajax foi obrigado a reagir após uma derrota desanimadora por 0-2 em casa diante do Inter, mas acabou por sofrer um duro golpe quando o Olympique Marselha impôs ao Ajax a sua maior derrota fora de casa, igualando o registo negativo do clube na história da Liga dos Campeões.
Em declarações após o jogo à Ziggo Sport, o capitão Davy Klaassen afirmou que esta derrota representa a "nova realidade" do Ajax.
"Nós, no Ajax, precisamos de olhar seriamente para nós próprios. Há uns anos, equipas como esta estavam muito atrás de nós, mas agora é o contrário. É uma lição difícil de aceitar", indicou.
O registo de maior derrota absoluta foi evitado porque os franceses abrandaram o ritmo na segunda parte. Ainda assim, os visitantes mostraram-se completamente inofensivos no ataque e não conseguiram controlar o jogo em momento algum.
"Jogámos contra uma boa equipa. Uma equipa como o Marseille está atualmente à frente do Ajax. Deixaram-nos jogar até certo ponto. Chegamos à área, mas sem criar verdadeiro perigo", continuou.
O treinador do Ajax, Johnny Heitinga, tem sido alvo de críticas intensas após um início de época dececionante, e Klaassen admite que o Ajax ainda está a tentar encontrar o melhor caminho sob comando do antigo adjunto do Liverpool.
“Queremos perceber porque estamos tão displicentes. Precisamos de construir como equipa e tentar criar mais estabilidade. Isso é um processo, e estes momentos difíceis fazem parte dele", vincou.
"Nada correu mal nos primeiros cinco minutos"
O médio Kenneth Taylor, alvo do FC Porto durante o verão, liderou o Ajax em remates com quatro tentativas, admitiu que não gostou desta noite de Liga dos Campeões.
"Vamos perceber rapidamente. Sabíamos que ia ser um jogo difícil e acabamos por perceber rapidamente, e aí torna-se complicado. No fundo, mantemos sempre confiança em nós próprios, e nos primeiros cinco minutos, penso que nada estava errado. Sabíamos como jogavam. A bola foi para o avançado, ele tocou e marcaram logo", disse.
O Ajax apostou numa pressão alta com marcação individual, uma estratégia que o treinador do Marselha, Roberto De Zerbi, soube explorar com eficácia. Segundo Taylor, esta escolha foi apenas azar de Heitinga.
"Tínhamos um plano de jogo, mas não resultou. No fim, o futebol é um jogo de erros, e esses erros são castigados sem piedade. Isso dificulta tudo”, apontou.
Qualquer questão sobre se o Ajax deveria usar outro sistema ficou sem resposta. "Isso cabe ao treinador. Mas penso que se espera sempre algo diferente em cada partida. O Marseille recuou bastante e quis jogar ao primeiro toque, como fez no primeiro golo".