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É de novo o Real Madrid contra a Juventus, uma das rivalidades mais emblemáticas da história do futebol europeu. O próximo jogo será o 22.º (10 vitórias para os blancos e 9 para os bianconeri) entre as duas equipas na Taça dos Campeões da UEFA/Liga dos Campeões: apenas o Bayern de Munique diante do Real Madrid se disputou mais vezes (28).
Na capital espanhola, as duas equipas já se defrontaram em dez ocasiões , com seis triunfos para os madrilenos e três para a Velha Senhora, que ganhou cinco dos últimos dez jogos e perdeu três.
Um cruzamento que cheira a história e que muitas vezes deixou marcas profundas no percurso da competição. Como esquecer a esplêndida atuação de Alessandro Del Piero no Bernabéu (que lhe dedicou uma ovação de pé) ou a magnífica reviravolta de Cristiano Ronaldo no Estádio (idem), pouco antes de despir o casaco blanco para vestir o bianconero?
Tradicionalmente, a comparação cai bem ao Real Madrid: em três das últimas quatro ocasiões em que os blancos enfrentaram a Juventus, levantaram o troféu na mesma época (2013/14, 2016/17 e 2017/18). A única exceção foi em 2014-15, quando os Bianconeri eliminaram o Madrid nas meias-finais com uma vitória por 3-2 no agregado.
Jogadas de bola parada: a arma dos Bianconeri
O primeiro tema tático do confronto é claro: as bolas paradas. A Juventus construiu grande parte da eficácia ofensiva em jogadas de bola parada. No campeonato, mais de metade dos seus golos (55,6%) foram marcados em lances de bola parada, e quase um em cada dois (44,4%) em cantos. É um número que choca com uma clara fragilidade do Real Madrid: na La Liga, 66,7% dos golos sofridos (6 em 9) tiveram origem em situações de bola parada.
Uma tendência que, apesar de ter sido atenuada até agora na Europa (o único golo sofrido pelos merengues surgiu em ação), continua a ser uma fissura potencialmente decisiva. Por outro lado, no entanto, a Juventus tem mostrado uma face diferente na Liga dos Campeões: 83,3% dos seus golos surgiram de acções, e apenas um de bola parada. Um sinal de crescimento ofensivo, mas também de uma maior variedade na forma de atacar.
As segundas partes
Quando o jogo começa a correr bem, a Juve acelera. No campeonato, o Real Madrid marcou 70% dos seus golos na grande área, confirmando a sua perigosidade quando consegue consolidar a posse de bola nos últimos metros. E na Europa, a tendência é ainda mais acentuada: seis golos em sete (85%) foram marcados nos últimos 16 metros.
A Juventus, por outro lado, tem um hábito muito específico: marcar na segunda parte. Na Serie A, dois terços dos golos (66,7%) são marcados na segunda parte e 44,4% no último quarto de hora. Um facto que também se confirmou na Liga dos Campeões, onde os Bianconeri marcaram todos os seus seis golos (100%) na segunda parte.
Outro aspecto interessante diz respeito às conclusões: o Real Madrid é a equipa mais produtiva da Liga dos Campeões 2025/26, com 48 remates totais e 27 no espelho (15 contra o Marselha e 12 contra o Kairat).
Por fim, uma curiosidade não despicienda: a Juve sofreu quatro dos seus sete golos no campeonato e dois em seis na Liga dos Campeões com jogadores de pé esquerdo, um fator que torna ainda mais perigoso um jogador como Arda Güler, atualmente um dos jogadores mais em forma do Real.
Mbappé, o líder da nova era blanca
O símbolo do Real Madrid nesta temporada, no entanto, tem apenas um nome: Kylian Mbappé. O avançado francês é o melhor marcador da Liga dos Campeões 2025-26, com cinco golos, fruto de dois duplos contra o Marselha e de um hat-trick contra o Kairat.
Com estes números, Mbappé igualou dois precedentes ilustres: Filippo Inzaghi(AC Milan 2002-03) e Cristiano Ronaldo (Real Madrid 2013-14), ambos vencedores da competição. E não é tudo: o francês já soma 15 golos em 11 jogos esta época, números absolutamente estelares que o consagram como o novo farol do ataque Blanco.
