Recorde as incidências da partida
O Sporting voltou a Alvalade pela primeira vez desde o empate com o SC Braga e logo com uma missão de fogo. À hora do sorteio, o Marselha até parecia um adversário acessível para os leões, mas a equipa francesa chegou a Alvalade com outro peso. Líder da Ligue 1, a equipa de Roberto De Zerbi era um obstáculo de alto nível para um Sporting que não vivia a melhor fase antes desta partida.

Entrada iludiu
Ao contrário do que aconteceu em Nápoles, Rui Borges não fez uma rotação tão grande no plantel, mas João Simões voltou a ser titular, algo que ainda não acontecera nem na Liga nem na Taça.
Os primeiros minutos ajudaram a afastar um pouco o receio de um Marselha avassalador, mas tudo não passou de uma ilusão. O conjunto de De Zerbi aproveitou a pressão alta do Sporting e não tremeu perante as primeiras boas iniciativas ofensivas dos leões, que ainda protestaram um vermelho para Balerdi por falta sobre Suárez.

Mais objetivo, o Marselha deu dois avisos apaixonantes. Igor Paixão arriscou a mais de 30 metros da baliza, depois aproximou-se e quase fez um golo de bandeira e, minutos depois, aproveitou a passividade de Fresneda e a deficiente transição defensiva do Sporting para fazer o 0-1, com um remate sem hipóteses para Rui Silva.
O golpe foi pesado e o Sporting sentiu-o profundamente. A pressão baixou, a equipa de Rui Borges ficou mais hesitante, receosa do que Paixão, Greenwood e Aubameyang podiam fazer, e as bancadas tornaram-se impacientes, enquanto Rulli, que chegou a atrapalhar-se com a bola nos pés, servia de isco à pressão leonina.
No reencontro com a antiga equipa, Luis Suárez foi o melhor elemento do Sporting na primeira parte, e foi dos seus pés que nasceu e terminou a jogada que podia ter resultado no 1-1. O colombiano fez tudo bem, menos o remate. Depois de roubar a bola a Balerdi e iludir um central, rematou contra o corpo do guardião argentino.
Apesar da desvantagem no marcador, o Sporting levou uma motivação para os balneários: foi em superioridade numérica que a equipa regressou, depois de Emerson (45+2’) ter tentado iludir o árbitro com uma simulação que acabou castigada com a expulsão por duplo amarelo, após recurso às imagens fornecidas pelo VAR. Um lance ingénuo que deixava o Sporting numa posição mais interessante para a segunda parte.
Expulsão incentivou o risco e Rui Borges lançou os génios
A superioridade numérica afetou forçosamente o jogo. O Sporting passou a ter mais bola e a jogar no meio-campo francês, com o Marselha, já sem Greenwood, a tentar aproveitar o espaço que os leões não deram em todo o segundo tempo, mas com o Sporting a crescer no ataque, Rulli também passou a ocupar mais espaço na baliza da equipa francesa.
Hjulmand e João Simões subiram no terreno e o Sporting conseguiu criar algumas ocasiões, principalmente quando não se precipitava para tentar cruzamentos que os defesas franceses resolviam sem dificuldades. Quenda (58') obrigou o guardião argentino a defender para o poste e Rui Borges decidiu procurar algo mais do encontro.

O cenário obrigava a assumir o risco e o técnico sportinguista juntou Ioannidis a Suárez, lançando ainda Geny Catamo para o lugar de Quenda. O sangue fresco e a mudança de Pote para o meio-campo foram a solução para chegar ao empate, com o camisola 8 a assistir Geny Catamo (69') para o 1-1 que foi inicialmente invalidado por fora de jogo, mas confirmado pelo VAR.
O mais difícil parecia estar feito. Depois do empate, o Sporting forçou a reviravolta, o Marselha tentou congelar o jogo e aproveitar a lesão de Debast (80') para baixar o ritmo, mas Alisson Santos (86') saiu para assumir o risco final e fez o 2-1 num remate com alguma sorte à mistura, mas que mudou o destino europeu do leão, num jogo que acabou quentinho com uma expulsão de Maxi (90') que acabou revertida pelo VAR.
Homem do jogo Flashscore: Geny Catamo (Sporting)