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O Bayern está no lugar do condutor para um lugar nos oitavos de final depois de uma vitória por 1-2 no Celtic Park, na passada quarta-feira.
De acordo com o novo formato da Liga dos Campeões desta época, o Celtic passou a fase de grupos pela primeira vez desde 2012/13, terminando no 21º lugar da tabela, mas os seus progressos foram conseguidos apesar da má forma fora de casa na Europa.
Dois empates sem golos com a Atalanta e o Dínamo de Zagreb foram seguidos de goleadas contra o Borussia Dortmund e o Aston Villa, com o Celtic a sofrer 11 golos e a marcar três.
Seis vezes campeão da Liga dos Campeões, o Bayern pode ter tido dificuldades fora de casa na Europa nesta temporada, perdendo três de cinco, mas é dominante em casa.
A equipa alemã não perde em Munique na Liga dos Campeões desde abril de 2021, uma série de 20 jogos que inclui batalhas contra o Real Madrid e o Manchester City nas épocas em que venceu a competição.
Depois da goleada de sábado por 3-0 sobre o Dundee United, o Celtic tem 13 pontos de vantagem no topo da tabela do campeonato escocês.
Os jogos contra os melhores da Europa, no entanto, evidenciaram o abismo de qualidade que a equipa de Brendan Rodgers precisa de superar para avançar na Liga dos Campeões.
A derrota de quarta-feira para o Bayern foi a primeira derrota do Celtic em casa em 33 jogos, desde dezembro de 2023, o que evidenciou mais uma vez a dimensão do desafio de terça-feira.
No sábado, Rodgers elogiou a "mentalidade e concentração" da sua equipa, que continua a evoluir e a melhorar na fase europeia.
"Fizemos grandes progressos esta época em relação à época passada na competição. Temos sido competitivos. Queria que mostrássemos o nosso nível durante toda a competição e foi o que fizemos", disse.
O Bayern esteve no controlo durante os primeiros 70 minutos de quarta-feira, mas lapsos de concentração tardios permitiram ao Celtic reduzir a desvantagem através de Daizen Maeda.
Como os golos fora de casa já não valem mais, o Celtic precisa de uma vitória por um golo para levar o jogo para o prolongamento - ou uma vitória por dois golos para avançar.
"Aconteça o que acontecer na terça-feira, os rapazes podem estar muito orgulhosos do que conseguiram e podem tentar continuar a construir sobre isso", disse.
"Queremos sempre manter a nossa ousadia, mas a nossa humildade também é importante. Compreendemos a dimensão da tarefa, mas queremos ir e dar o melhor que pudermos. Estamos numa posição muito boa, penso que é um desafio emocionante para nós em Munique e uma grande oportunidade para nós", acrescentou.
O outro lado do Bayern
Assim como o Celtic, o Bayern também está bem à frente no seu campeonato nacional.
Depois de uma atuação defensiva fora do comum no empate 0-0 com o atual campeão Bayer Leverkusen, o Bayern tem oito pontos de vantagem a 12 jornadas do fim.
Apesar de os homens de Vincent Kompany não terem conseguido fazer nenhum remate à baliza numa parte do jogo pela primeira vez desde 1992, ano em que a estatística foi registada pela primeira vez, o esforço mostrou que o Bayern tem capacidade para conseguir um resultado quando é necessário.
"Como é que posso estar desiludido? Acabámos de regressar de um resultado fantástico em Glasgow, e o Leverkusen é muito superior a muita da concorrência na Bundesliga", questionou Kompany numa entrevista após o jogo de sábado.
"É claro que vamos tentar aprender com este jogo. Mas temos sido tão, tão, tão dominantes em tantas ocasiões esta época que foi bom ver também este lado da equipa".
A vontade de vencer do Bayern é tão grande que, em Munique, o empate é visto de forma crítica, mas a versão atual do Bayern, que na temporada passada não conseguiu conquistar um troféu pela primeira vez em 11 anos, parece ter um novo apreço por conseguir uma vitória de qualquer forma, tornando a tarefa do Celtic ainda mais complicada na terça-feira.