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Bruno Lage pede tempo para Mourinho: "Tem um plantel de enorme qualidade"

Bruno Lage deixou o comando técnico do Benfica após derrota com o Qarabag
Bruno Lage deixou o comando técnico do Benfica após derrota com o QarabagFabio Poco / DeFodi Images / Profimedia

Bruno Lage, antigo treinador do Benfica, falou esta sexta-feira aos jornalistas, à margem de uma palestra em Lisboa, na Faculdade de Motricidade Humana. O técnico setubalense falou de José Mourinho e ainda da sua saída das águias já esta temporada.

"Não tenho acompanhado tanto como seria normal, porque após a saída o melhor para nós é afastarmos e colocar-nos à distância", começou por dizer sobre o momento do Benfica.

"Disse que o maior adversário do Benfica esta época seria o fator tempo, e, se eu pedia tempo para mim, acho que é legitimo pedir tempo para o míster José Mourinho, para poder ter esse tempo para treinar. O número de treinos é muito curto, está mais tempo a jogar do que a treinar. O mais importante é isso, sentirmos que tem de haver um período de tempo e que ele seja materializado em treinos, em que o treinador possa ter todos os jogadores à disposição para fazer crescer a sua ideia de jogo", acrescentou.

Bruno Lage justificou as dificuldades do Benfica esta temporada e destacou ainda a época 2024/25, após o seu regresso ao comando técnico dos encarnados.

"O Benfica tem plantel, tem treinador... O Benfica precisa de tempo, porque tem um plantel de enorme qualidade, tem um treinador que não precisa de apresentações, por isso tem todas as condições de fazer uma grande época. À semelhança do que aconteceu no ano passado, partimos em desvantagem e tivemos oportunidade de chegar ao primeiro lugar e depois não tivemos capacidade de manter essa posição. Dos quatro títulos vencemos dois e fomos à final da Taça de Portugal", lembrou.

Por fim, comentou a sua saída do comando técnico do clube, após derrota por 2-3 diante do Qarabag, para a Liga dos Campeões.

"Não estou aqui para falar se foi precipitada ou não. Nas Ligas dos Campeões cada jogo tem a sua história. Enquanto houver a possibilidade de conquistar os pontos que possam levar a equipa para a fase seguinte, a equipa tem de acreditar. O exemplo do ano passado vai ao encontro disso. Vencemos o Atlético de Madrid, mas quando perdemos com o Feyenoord, é porque tínhamos perdido três pontos que seriam determinantes para passar à fase seguinte, quando empatámos com o Bolonha, é porque tínhamos perdido dois pontos determinantes para passar... Ou seja, perdemos cinco pontos em casa, mas a equipa teve a capacidade de passar", finalizou.