O desempenho e, sobretudo, os três pontos conquistados no terreno de um adversário direto na luta por um dos quatro primeiros lugares da classificação, devolveram a confiança a todo o ambiente napolitano depois da saída de Rudi Garcia.
Walter Mazzarri estava tranquilo antes do jogo em Bergamo, que marcou o seu regresso ao banco do Nápoles, por onde já tinha passado há 10 anos. Para o novo treinador, no entanto, nem sequer houve tempo para parar e desfrutar da vitória.
Os compromissos são imediatos e, depois da Atalanta, segue-se o Real Madrid, no penúltimo jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, o que significa que o experiente treinador não tem muito tempo para implementar novas ideias na formação do sul de Itália, até porque não contou com alguns jogadores nas últimas semanas, devido à pausa de seleções.
Um problema à esquerda
A dois dias de visitar o Real Madrid, o Nápoles treinou, ainda sem Olivera, ausente pelo menos durante um mês, e Mário Rui, também lesionado. Por isso, o primeiro problema de Mazzarri está precisamente na posição de lateral esquerdo.
Em Bérgamo, Juan Jesus entrou após a lesão do uruguaio, mas a exibição não foi propriamente convicente. Para Madrid e também para os próximos jogos do campeonato com o Inter e a Juventus, Mazzarri pode manter a aposta no brasileiro, possivelmente deslocando-o para o centro ao lado de Rrahmani com a utilização de Natan como jogador exterior, ou contar com Zanoli, muito associado ao Sporting no verão, que é destro mas pode atuar no lado oposto.
Depois da saída de Garcia, Osimhen parece ter reencontrado a boa forma, deixando para trás as lesões, as polémicas e o stress ligado à renovação contratual. Livrar-se da máscara protetora pode servir mesmo como um sinal de um novo rumo para o nigeriano.
Em segundo lugar no grupo C, com sete pontos, o Nápoles está em boa situação no grupo, mas uma derrota pode ser complicada em caso de triunfo do SC Braga, frente ao Union Berlin.
