Recorde as incidências do encontro
Antonio Rüdiger festejou perante os seus próprios adeptos e celebrou o eterno mito do Real Madrid na Liga dos Campeões com golpes de matador. O internacional alemão já tinha dado o golpe de misericórdia no rival Atlético, ao marcar o penálti decisivo no dramático dérbi.
O Real Madrid festejou, riu e aplaudiu ao chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões. Mais uma vez, os campeões em título afastaram a ameaça de uma eliminação no último minuto com uma vitória por 4-2 nos penáltis e revitalizaram a lenda dos aparentemente invencíveis reis da Europa. "Deus veste-se de branco", escreveu El Mundo, de Madrid. A sobrevivência", analisou o jornal Marca, "está no ADN do Real Madrid".
O Atlético, por outro lado, fumegou, reclamou e argumentou sobre a crueldade da eliminação - e sentiu-se claramente prejudicado por uma decisão controversa. No Estádio Metropolitano, o campeão do mundo Julian Alvarez escorregou ao cobrar o segundo pénalti. O golo não contou após uma intervenção do VAR, uma vez que o argentino tinha tocado na bola duas vezes. O treinador do Atlético, Diego Simeone, considerou que se tratou de um escândalo moderado.
"Nunca vi um penálti em que tivessem chamado o VAR. O Julian devia ter tocado na bola com a perna que estava de pé, mas a bola não se mexeu", disse Simeone, fazendo uma sondagem aos jornalistas presentes na conferência de imprensa. "Levantem a mão. Todos os que viram Julian tocar duas vezes na bola devem levantar a mão", exigiu Simeone, olhando para o espaço: "Ninguém levantou a mão".
Courtois põe a culpa no Atlético
Se Thibaut Courtois estivesse presente naquele momento, provavelmente teria levantado a mão. Mas depois, o guarda-redes do Real deixou clara a sua posição com palavras. "Estou farto deste vitimismo, desta choradeira", disse o belga: "Os árbitros não querem favorecer ninguém - nem em Espanha, nem na Europa. Têm muitas imagens e câmaras e viram tudo claramente. Foi por isso que tomaram esta decisão".
Para Courtois, o Atlético teve azar, mas também é o culpado pela eliminação. "Se estás a ganhar por 1-0 desde o primeiro minuto e depois não tentas marcar o segundo golo, talvez seja aí que está o erro", disse.
Conor Gallagher (1') tinha colocado o Atlético em vantagem no segundo dérbi madrileno numa semana, anulando o 1-2 do jogo da segunda mão logo após o pontapé inicial. No entanto, o jogo continuou em aberto, com Vinicius (70'), o Jogador do Ano da FIFA, a desperdiçar um penálti a favor do Real.
Rüdiger não vacilou no momento decisivo. Depois de pesar as opções, o técnico Carlo Ancelotti preferiu o defesaao jovem Endrick. "Tínhamos dúvidas", disse Ancelotti, "depois vi a cara de Endrick e disse que Rüdiger remataria melhor".