Recorde as incidências da partida
Sem surpresas no onze, Bruno Lage voltou a apostar na equipa teoricamente mais forte do Benfica, aquela que mais vezes tem sido utilizada, tal como o Mónaco, onde a grande surpresa esteve no regresso de Balogun aos convocados, depois de quase dois meses lesionado.

O jogo começou em ritmo morno e, logo aos 5 minutos, Florentino, de regresso ao Mónaco, pisou Embolo e viu amarelo. O primeiro remate, esse, pertenceu ao Benfica e a Di María, que aos 8' tentou a sorte, de fora da área, mas à figura de Majecki. Na resposta, aos 9 minutos, Ben Seghir tentou tirar a bola da trajetória de Trubin, mas saiu a centímetros do poste da baliza encarnada. Aos 11' foi Zakaria, de meia distância, a atirar à figura de Trubin, após bom trabalho de Aliouche na direita, com a marcação de Carreras.
Depois dos avisos...
O aviso estava dado, o dano chegou pouco depois, aos 13 minutos: Zakaria abriu na direita, Vandersson rematou para defesa de Trubin e, no flanco contrário, Golovin recuperou e serviu Ben Seghir, que atirou de primeira para o 1-0.
Em cima do quarto de hora surgiu a reação do Benfica, com Akturkoglu a tentar o remate e com a bola a sobrar para Pavlidis, que atirou por cima mas já com fora de jogo assinalado. Aos 29 foi Ben Seghir novamente a desequilibrar, a fugir a Florentino, mas o remate saiu por cima da baliza de Trubin.
A reação encarnada
Aos 32 minutos o Benfica ficou mesmo perto do empate, num remate de Carreras que desviou num defesa e quase traiu Majecki, saindo a rasar o poste da baliza monegasca. Aos 36', de livre, Ben Seghir não conseguiu assustar Trubin, e aos 38 minutos Di María teve tudo para empatar, após um passe errado de Ben Seghir, mas o extremo argentino permitiu o desvio, com a ponta do pé esquerdo, de Majecki para canto. Nessa bola parada, outro argentino, Otamendi, ganhou nas alturas ao guarda-redes mas cabeceou ao lado.
Aos 41 minutos foi Akturkoglu, servido por Bah, a atirar para mais uma defesa de Majecki, numa altura em que dois jogadores do Mónaco, Kehrer e Singo, viram amarelo, por pedirem a expulsão de Carreras. Aos 42' foi Aktürkoğlu a ver amarelo, tal como Singo, uma vez mais por protestos.
Em cima dos 45 minutos Pavlidis surgiu em boa posição mas permitiu o corte para canto de Singo, com pedidos de penálti, que não existiu. Na sequência do canto, marcado por Di María, foi Florentino a surgir ao primeiro poste, mas sem perigo. Ainda antes do intervalo, Di María serviu Carreras, que ganhou mais um canto, batido por Kokçu mas cortado por Singo.

Do susto ao empate
Apesar de ter três jogadores condicionados pelos amarelos, Bruno Lage não mexeu ao intervalo, e a segunda parte começou praticamente com um grande susto para o Benfica, aos 47 minutos, com Embolo a rematar ao poste da baliza de Trubin, após jogada de Akliouche.
Não marcou o Mónaco, marcou o Benfica, com uma autêntica oferta de Caio Henrique, que ao tentar um atraso de cabeça para Majecki, isolou Pavlidis, que só teve de encostar para o 1-1, aos 48 minutos.
Dois golos anulados
Dois minutos volvidos, Akliouche fez o 2-1 para o Mónaco mas, após revisão do VAR, o golo foi anulado por fora de jogo.
Uma vez mais, o Mónaco não marcou e... sofreu. 53 minutos, Carreras abriu para Di María, na esquerda, que cruzou para Alexander Bah surgir ao segundo poste e marcar. Porém, o VAR voltou a anular, agora por fora de jogo do extremo argentino do Benfica.
Benfica em vantagem... numérica
Aos 57 minutos, e após dois erros crassos, Caio Henrique foi substituído no Mónaco, tal como Camara, para as entradas de Mawissa e Camara. Nem um minuto depois, Singo viu o segundo amarelo por falta sobre Pavlidis e foi expulso.
Aos 63 minutos Salisu foi lançado para central, e Balogun foi aposta para o ataque, no regresso à competição após lesão, para as saídas de Ben Seghir e Embolo. Respondeu Bruno Lage, aos 65 minutos, com Arthur Cabral e Amdouni nos lugares de Pavlidis e Florentino.
Um golo saído do banco
Aos 67 minutos Magassa, lançado momentos antes no Mónaco, fez mesmo o 2-1 para a equipa da casa. Um golo saído do banco, uma vez que foi Mawissa a subir pelo corredor esquerdo, a cruzar junto à linha de fundo para Magassa, completamente sozinho à entrada da área, rematar rasteiro para fazer o golo.
Em vantagem numérica, em desvantagem no marcador, o Benfica pareceu sempre mais perto de sofrer do que marcar, mesmo quando Akturkoglu, aos 76 minutos, teve espaço mas rematou muito por cima. Aos 77' foi novamente o Mónaco, por Balogun, a galgar metros até ser desarmado por Alexander Bah.
Bi María nas assistências
Aos 84 minutos, porém, o Benfica conseguiu chegar ao empate. Di María surgiu na esquerda, cruzou com régua e esquadro para Arthur Cabral, nas alturas, ganhar a Mawissa e cabecear para o 2-2.
Acreditava o Benfica e, aos 86 minutos, Di María deixava novo aviso, com remate às malhas laterais. Aos 88' Di María, quem mais, voltou a cruzar, com o GPS ligado, agora da direita, para belo cabeceamento de Amdouni a selar a reviravolta. Tal como tinha sucedido com o Mónaco, também Bruno Lage a vencer com o "jogo dos bancos".
Já dentro dos seis minutos de descontos, Ilhenikhena foi lançado no Mónaco, para o lugar de Zakaria, enquanto Bruno Lage retirou Di María, para a ovação, lançando Rollheiser.

Depois de duas derrotas, o Benfica regressou aos triunfos e sobe assim ao 14.º lugar da Liga dos Campeões, aplicando a primeira derrota ao Mónaco nas competições europeias.
Homem do jogo Flashscore: Di María (Benfica)
