O Lyon levou a melhor no jogo de ida, vencendo por 2-1 no Emirates Stadium, numa partida em que as Gunners quase não viram a luz do dia: "Sim, temos uma ligeira vantagem, mas acho que estamos realmente prontas para começar o jogo como se estivesse 0-0. Temos de jogar com o facto de estarmos a jogar em casa. Sabemos o que fizemos bem e o que fizemos mal no primeiro jogo, por isso temos trabalhado esta semana para sermos melhores nessas áreas. Espero que façamos um jogo melhor e consigamos um resultado melhor".
A jogadora, que cresceu no País Basco, deve estar arrependida de não ter visto a sua equipa vencer em Bilbau na época passada, depois de ter perdido a final por 2-0 para o Barcelona: " Estou muito ansiosa por pôr as mãos neste troféu. Penso que a equipa também o quer e está a trabalhar para isso. Seria muito especial. E é para isso que estamos a trabalhar, porque queremos trazer este troféu de volta."
Por tudo isto, não se trata de pensar numa hipotética final contra o Barcelona, apesar de as duas equipas estarem bem encaminhadas para Lisboa, depois dos triunfos na primeira mão das meias-finais. "Já é difícil pensar no que vai acontecer nas meias-finais da Liga dos Campeões", contradiz Damaris Egurrola: "É claro que queremos estar na final. É claro que o Barça quer estar na final. Mas o Chelsea e o Arsenal também querem estar na final. Está demasiado longe para pensar nisso".
Acima de tudo, ela quer evitar pensar numa possível desforra do Arsenal: "Temos muitas jogadoras que já passaram por este cenário várias vezes, incluindo eu própria, e aprendemos com isso ano após ano. Acho que a experiência é contagiosa. Fizemos um bom jogo no Emirates, mas acho que ainda podemos melhorar".
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Para o jogo da segunda mão, a camisola 13 do Lyon está atenta a duas jogadoras: Victoria Pelova e Mariona Caldentey: "Compartilho a seleção com a Vicky (Pelova) e gosto muito de jogar com ela, porque acho que ela é muito técnica e pode fazer a diferença. Também joguei muito contra a Mariona desde os 16 anos. Ela estava em Barcelona e eu em Bilbau. Por isso, conhecemo-nos bem em campo. São duas jogadoras importantes que podem fazer a diferença, porque são muito, muito boas tecnicamente".
Em todo o caso, ela espera ver muitos adeptos nas bancadas. O clube anunciou mais de 20 mil pessoas antes da partida e fez uma grande campanha publicitária em torno do jogo, convidando inclusive o DJ Feder para fazer um espetáculo de uma hora depois. Damaris Egurrola congratula-se com estas iniciativas: "Quando temos mais adeptos, é melhor para todos, para o futebol feminino, para os próprios adeptos e para nós. Mas isso não depende de nós. É o trabalho do clube. Penso que estão a fazer um bom trabalho e espero que o estádio esteja cheio, como gostaríamos que estivesse."
"Mesmo que o estádio não esteja cheio, temos de nos concentrar em ganhar e, se possível, levar todos os adeptos à final. Por isso, temos de nos concentrar no nosso desempenho. Claro que ajuda ter muitos adeptos a apoiar-nos, porque são sempre importantes para nós. Mas temos de esperar para ver. Espero que também possamos contar com um grande número de adeptos este fim de semana."
E se o Lyon quiser atrair adeptos internacionais, pode contar com a sua filha poliglota, nascida na Florida, filha de mãe holandesa e pai basco: "Sei falar cinco línguas. Só preciso de português para falar com a Tarciane. Em campo, normalmente comunico em francês, mas se for com alguém que fala inglês, é mais fácil comunicar em inglês. Com a Christiane Endler e a Vanessa Gilles, falo espanhol, com a Daniëlle Van de Donk, por vezes, consigo falar neerlandês... Mas falamos sobretudo em francês, toda a gente tem um bom nível de francês."
