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“É uma boa vantagem, não há como negar, mas não é decisiva e vai ser extremamente difícil de mantê-la. Temos de ter a noção de que estamos no intervalo da eliminatória e não podemos esquecer que a Roma, principalmente na primeira parte, foi fortíssima”, advertiu o técnico, em conferência de imprensa.
Sporting e Roma reencontram-se na quinta-feira, às 16:30, no Estádio Municipal de Rio Maior, na segunda mão da terceira pré-eliminatória de acesso à fase principal da Liga dos Campeões, sob arbitragem da húngara Katalin Kulcsár, uma semana depois da reviravolta vitoriosa das ‘leoas’ na capital de Itália (2-1), com dois golos em tempo de compensação.
“Acabámos com uma certa felicidade e estamos por cima, mas não podemos relaxar um segundo. Os problemas existirão, porque a Roma é muito forte, agressiva e veloz. Agora, as nossas jogadoras têm de estar centradas na solução e não se podem deixar afetar por um segundo. Se formos iguais a nós próprias, isso fará a diferença", julgou, lembrando o maior andamento da equipa na segunda parte da primeiro partida oficial em 2025/26.
O Sporting está pela quarta vez nas fases de apuramento para a Liga dos Campeões e tenta inverter as eliminações averbadas em 2017/18, 2018/19 e 2024/25, sendo que, em caso de afastamento, junta-se na segunda ronda da nova Taça Europa ao SC Braga, já derrotado na segunda pré-eliminatória da principal prova continental de clubes.
“É mesmo muito difícil ultrapassar a Roma, mas não é impossível. O grupo está preparado e sabe perfeitamente o que tem de fazer. Temos muita confiança de que vamos superar este adversário, mas só ganhámos a primeira parte e temos de fazer de tudo para manter esta vantagem. A qualificação seria um prémio justo para as jogadoras, o clube e os adeptos, pois vão ter grandes espetáculos para assistir”, reconheceu Micael Sequeira.
Os vencedores dos quatro duelos do caminho dos campeões e dos cinco do trajeto das ligas da terceira ronda preliminar qualificam-se para a inédita fase de liga da Champions, que replicará o formato estreado na época anterior na competição homóloga masculina e tem 18 clubes, entre os quais o pentacampeão português Benfica, apurado diretamente.
“Disputar a Liga dos Campeões requer uma resposta de alto nível da nossa parte e isso só aumenta a nossa competitividade e a capacidade de nos tornarmos cada vez mais fortes. Acredito que o nível valorizará muito as atletas em termos de capacidade e ritmo”, disse.
O encontro foi deslocalizado para Rio Maior, devido à colocação de um novo relvado no Estádio Aurélio Pereira, na academia de Alcochete, onde as vice-campeãs nacionais costumam atuar como anfitriãs, ao passo que o Estádio José Alvalade, em Lisboa, será palco no mesmo dia da receção da equipa principal masculina do Sporting aos cazaques do Kairat Almaty, da jornada inaugural da fase de liga da Liga dos Campeões.
“É uma situação que já estávamos a prever. O calendário assim o obriga. Se fosse possível jogar no nosso estádio, era melhor, mas isso não pode servir de desculpa. A distância também não é grande e até pode servir como incentivo para os nossos adeptos fazerem um esforço e irem a Rio Maior apoiar esta equipa”, comentou Micael Sequeira.
Agradada pelo triunfo em Roma diante de um adversário “excelente e muito experiente”, a média e capitã Joana Martins reforçou a ideia de confirmar a vantagem na eliminatória em Rio Maior, sem “pensar tanto em fazer história, mas em trabalhar para atingir esse fim”.
“O objetivo é sempre ganhar. Não vamos mudar a nossa forma de jogar. Temos vantagem e há que saber geri-la em determinados momentos do jogo”, referiu a internacional portuguesa, de 24 anos, lembrando o “sonho de criança tornado realidade” por ser capitã.