Recorde aqui as incidências do encontro
O risco de entrar na segunda mão com uma vantagem de dois golos e com a meia-final da Liga dos Campeões ao virar da esquina pode trazer dúvidas sobre como jogar. Não é uma questão de correr riscos, mas entrar só para defender é um risco enorme, porque pode ser um jogo muito longo a correr atrás da bola a toda a hora.

O Real Madrid nem sequer teve tempo para pensar no que ia fazer no Emirates, porque o Arsenal entrou com a faca entre os dentes, pronto a marcar o mais rapidamente possível para meter medo à equipa de Alberto Toril. Foi um cerco total que não parou até ao apito para o intervalo. Só então as madridistas puderam respirar um pouco.
Felizmente para o Madrid, Lakrar era uma gigante a afastar bolas. E todas se sacrificaram na defesa, porque nem sequer cheiraram a bola. A única alegria da equipa espanhola, para além de manter estoicamente a vantagem, foi o facto de ter terminado os primeiros 45 minutos com um contra-ataque finaliza por Angeldahl que Van Domselaar afastou com dificuldade. O Real Madrid, no entanto, desmoronou-se aos 44 segundos da segunda parte. Foi esse o tempo necessário para Russo fazer o 1-0 com um cruzamento de Kelly da direita.
Três minutos mais tarde, o castelo blanco desabou com outro cruzamento da direita que foi direitinho à cabeça de Mariona, que finalizou sozinha e em corrida para bater Misa, que podia ter feito mais. Ainda não estavam decorridos 49 minutos e a eliminatória já estava empatada.
Mas o pior ainda estava para vir. Pouco antes do quarto de hora, Russo aproveitou uma bola perdida na área para bater a guarda-redes e fazer o 3-0 com um remate em vólei. A fraqueza mental das merengues era algo digno de nota. Tal como a falta de força de Carmona para defender o seu flanco e a falta de ajuda das companheiras. Longe de reagir, o que se viu foi as gunners com um arsenal ofensivo carregado para matar o jogo o mais depressa possível. E quase o conseguiram, mas o VAR anulou o golo de Russo por fora de jogo. O cruzamento veio, novamente, da direita.
Russo, no entanto, não desistiu e conseguiu ficar cara a cara com Misa, mas a guarda-redes conseguiu pará-la. A jogadora voltaria a marcar, mas mais uma vez o VAR apanhou-a em posição de infração. O perdão permitiu ao Real Madrid agarrar-se às cordas. Linda Caicedo, num contra-ataque e no único remate à baliza na segunda parte, teve a oportunidade de forçar o prolongamento... que Van Domselaar evitou.