O treinador espanhol começou por ser questionado sobre se o facto de jogar com o Real Madrid nesta fase diminui a importância da eliminatória: "O sorteio é o sorteio e nós aceitamos o desafio".
De seguida, Guardiola foi questionado sobre se o Real Madrid define o padrão da Liga dos Campeões: "Sem dúvida. Há poucos clubes na Europa com uma história como esta (a do Real). Não estivemos, digamos, muito bem na fase principal, por isso merecemos estar onde estamos".
Depois, falou da relação entre os dois clubes, que se defrontaram várias vezes nos últimos anos, e foi questionado sobre se considera que se trata de uma grande rivalidade.
"Acho que não (em termos históricos). Nos últimos anos, sim. Tivemos bons e maus resultados. Talvez, não é normal jogar tantas vezes com o mesmo rival, mas na história, Madrid, Bayern de Munique... Na última década temos estado por cá, mas na história da Liga dos Campeões houve muitas (rivalidades)."
O treinador do Manchester City foi também questionado se haveria ressentimentos em relação a Rodri, depois de o Real Madrid se ter recusado a comparecer na cerimónia da Bola de Ouro, após ter sido divulgado que Vinicius Jr. não iria ganhar o prémio.
"Não, absolutamente não. Estou feliz pelo Rodri. O Vinicius Jr. teve um ano extraordinário (também). Tal como no passado, Messi e Cristiano (Ronaldo) estavam a lutar por ele - o assunto está encerrado."
A perspetiva de jogar a segunda mão no Santiago Bernabéu foi também tópico de conversa
"Jogamos o segundo jogo fora porque não fomos suficientemente bons na fase de grupos. Não o merecíamos (qualificarmo-nos diretamente para os oitavos). A equipa tem algo de especial e espero que amanhã o possamos provar."
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O treinador foi depois questionado sobre se a equipa se sente menos favorita desta vez contra o Real Madrid.
"Não sei. Penso que ambas as equipas tiveram problemas em termos de lesões durante a época. Penso que o Real Madrid lida com isso muito melhor do que nós, porque ainda está no topo da LaLiga e a lutar contra o Atlético de Madrid. Isso mostra mais uma vez a consistência que têm. No final, eles são um grande concorrente. Nós sabemo-lo. Já os defrontámos muitas vezes e sabemos que nos momentos difíceis eles dão o seu melhor. Claro que temos de fazer dois bons jogos para passar".

Guardiola não gostou de uma pergunta sobre se sente que está atualmente a lutar pelo seu emprego.
"Não," disse: "Não sei se um médico pode ser questionado sobre a sua posição desta forma. Estou aqui por causa do que ganhei nas épocas anteriores. Não creio que vá ser atirado para a rua".
Por fim, falou sobre a importância que atribui aos avançados do Real Madrid.
"É impossível controlar estes jogadores em 90/120/200 minutos. São excepcionais, a forma como combinam, os corredores, a capacidade de jogar um contra um, a forma como guardam a bola, todos os quatro são excepcionais. Toda a gente sabe disso, por isso é preciso reduzir ao máximo esse envolvimento, sabendo que vai acontecer, aceitá-lo."