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A série de derrotas do City aumentou para cinco quando o Tottenham Hotspur surpreendeu os campeões da Premier League com uma vitória por 0-4 no Etihad no sábado, marcando a primeira vez que Guardiola perdeu cinco jogos seguidos na sua carreira de treinador.
Foi também a primeira vez que o City perdeu cinco jogos consecutivos em todas as competições desde abril de 2006. A derrota deixou-os no segundo lugar, a oito pontos do Liverpool, que visita no domingo.
A campanha tem sido prejudicada por uma série de lesões, com o vencedor da Bola de Ouro Rodri, o defesa-central Ruben Dias, o médio Mateo Kovacic e os extremos Jeremy Doku e Oscar Bobb entre os que enfrentam períodos de paragem.
Guardiola, que assinou uma extensão de contrato de dois anos com o City na semana passada, levou o clube a 18 troféus importantes, incluindo seis títulos da Premier League e um da Liga dos Campeões.
"Vejam de onde viemos. É muito difícil defender o sucesso que tivemos, por isso estou tão descontraído. É por isso que quero o compromisso, compromisso, compromisso e compromisso", disse Guardiola aos jornalistas na segunda-feira.
"Não basta sermos nós próprios, temos de mostrar empenho todos os dias", atirou.
O espanhol disse que a equipa deve manter-se fiel à sua filosofia mais do que nunca, apesar das recentes dificuldades.
"Só porque esta equipa ganhou muito durante muitos anos. Penso que, nesta situação, temos de seguir diretamente os nossos princípios. Criamos muitas oportunidades. Não estamos a ganhar os duelos. Temos de correr para trás porque os nossos primeiros defesas centrais não estão lá. O Rodri não está lá", explicou.
"Normalmente, jogamos com quatro defesas centrais, mas temos lesões, tivemos de jogar com (Ilkay) Gundogan, o nosso melhor médio ofensivo, como médio defensivo devido a lesões... O que temos de fazer? Insistir. Se não for na terça-feira, será no próximo domingo. Se não, no próximo jogo. Continuamos a tentar", vincou.
Guardiola afirmou que a sua equipa não está, neste momento, preparada para vencer a Premier League, mas sublinhou que esta fase vai passar.
"Precisamos de ganhar um jogo. Quero que os jogadores tenham um bom desempenho, em certos departamentos precisamos de mais concentração. Isto vai passar. Amanhã vai chover, a vida continua", acrescentou.
O City está em 10.º lugar na tabela de 36 equipas da Liga dos Campeões, com sete pontos em quatro jogos, a dois pontos dos lugares de qualificação automática. O Feyenoord está um ponto atrás, em 21.º lugar.
O City foi impulsionado pelo regresso do médio belga Kevin De Bruyne, que entrou nos últimos 20 minutos contra o Tottenham, depois de recuperar de uma lesão contraída na vitória por 2-1 sobre o Brentford na Premier League, em setembro.
"Depois do jogo com o Brentford, não conseguia dar um pontapé na bola, não me conseguia mexer livremente, não conseguia fazer o que faço para jogar. Agora estou a começar a sentir-me melhor. Tem sido um pouco frustrante, mas agora estou melhor e estou contente com isso", disse o jogador de 33 anos.
Com o seu contrato a expirar em 2025, De Bruyne disse não saber qual o seu futuro no City.
"No início da época, sabia que as negociações iam acontecer, mas depois aconteceu aquilo (a lesão) em Brentford. Era para ser um par de dias e depois foram oito ou nove semanas. Deixei tudo isso de lado", acrescentou De Bruyne.
"Não estou muito preocupado. Estou bem. Estou feliz, só quero voltar a jogar bom futebol e o futuro, veremos... Se não houver negociações, será o meu último ano no clube, mas não sei", admitiu.
