Depois de pendurar as botas ao serviço do Boavista, em 2022, Javi García não ficou muito tempo afastado do futebol. Na época seguinte iniciou a carreira como adjunto, fazendo parte da equipa técnica de Roger Schmidt. E o balanço foi positivo.
“Sem ser esse resultado negativo (derrota no dérbi), a aventura está a ser fantástica. Quando estive a jogar em Lisboa apaixonei-me pela cidade, tal como a minha mulher, e no momento em que o Benfica entrou em contacto comigo para passar a treinador-adjunto não tive dúvidas. Estou contente”, garantiu.
Esta terça-feira, Javi García vai assistir ao duelo entre Real Madrid e Manchester City, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. Dois clubes que representou, mas um pesa mais do que o outro.
“Não tenho dúvidas. Cheguei ao Real Madrid um miúdo, com 14 anos, sai com 22. Foi uma etapa que me marcou muito. A experiência no Manchester City foi excelente, permitiu-me cumprir o sonho da Premier League, mas o Real Madrid deu-me tudo. Formaram-me como futebolista e pessoa, devo-lhe muito. Se dissesse que tinha o coração dividido estava a mentir, é mais blanco”, atirou, deixando elogios a jogadores do Manchester City: “Gosto muito do Bernardo Silva, Foden e De Bruyne fazem a diferença, mas se tivesse de escolher um diria o Rodri, por tudo o que significa para a equipa e porque é o único no plantel para quem não existe um substituto direto. É o pilar e se tivesse de eleger alguém para não jogar contra o Real seria ele”.
Em Madrid coincidiu com Pepe, agora no rival FC Porto. Mais reservado, o antigo médio não deixou de elogiar o internacional português.
“Era um central impressionante. Aqui, os do Benfica e FC Porto falam pouco, mas como espectador ver um jogador como ele a render a um nível tão alto é de admirar”, concluiu.