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José Mourinho: "O que interessa é que perdemos 3-0 e temos de limpar a cara"

José Mourinho, treinador do Benfica
José Mourinho, treinador do BenficaRichard Sellers, PA Images / Alamy / Profimedia

Leia abaixo as declarações de José Mourinho, treinador do Benfica, depois da derrota com o Newcastle, por 3-0, na 3.ª jornada da Liga dos Campeões.

Recorde as incidências da partida

O que faltou na primeira parte? "Faltou, na primeira parte, marcar. Na primeira parte, o jogo foi equilibrado, mas houve mais oportunidades para nós do que para eles. Tivemos quatro oportunidades de golo, que é muito difícil de criar tanto e não fazer. Ao intervalo, o resultado não era injusto. Era extremamente injusto. Para mim deveríamos estar a ganhar ou como mínimo empatar."

Segunda parte foi diferente: "Na segunda parte, o início é parecido. Depois o segundo golo muda a direção do jogo. Não se pode sofrer este tipo de golo: uma bola parada ofensiva nossa, com o posicionamento correto na transição, mas que se perderam depois posições e na velocidade. A equipa caiu. Veio ao de cima uma diferença muito grande, que nós já sabíamos. Eles tinham quatro alas muito rápidas: dois no campo, dois no banco. Sabia perfeitamente que quando o jogo entrasse numa fase dos últimos 30 minutos, eles tinham motores completamente diferentes dos nossos. Se, nesse período do jogo, tivéssemos em vantagem ou pelo menos em igualdade no marcador, poderíamos compactar e esconder um pouco essas debilidades e diferença de ritmo e velocidade. A equipa depois quebrou fisicamente e mentalmente e sofremos."

Tomás Araújo a lateral-esquerdo: "Correu bem. O Tomás teve um jogo bastante equilibrado. Não sofremos nenhum jogo de bola parada, mas, mesmo não sofrendo, acho que foi evidente que cada bola parada era meio golo. Um domínio tremendo de uma equipa com uma fisicalidade incrível. E se imaginarmos o Dahl a jogar em vez do Tomás, essa diferença acentuar-se-ia."

Anthony Gordon: "O Antony Gordon foi o melhor jogador em campo. Fez um jogo tremendo. Dedic perdeu o Gordon num movimento diagonal, o segundo golo é uma transição de bola parada, o terceiro é outra transição. Depois, naquele período, sofremos. É uma equipa com um ritmo fantástico."

Falta de extremos no plantel: "É o que é. É o que temos. Na primeira parte, jogámos bem. O nosso perfil de equipa é, em competições nacionais, dominante, com capacidade para estar lá, para lutar por cada ponto, vitória e título. Quando vamos para as competições europeias, sofremos um pouco, sobretudo quando entramos em jogos em que estamos em situações de desvantagem e depois o jogo abre."

Obrigatório ganhar todos os jogos a partir daqui? "Hoje falei com a equipa no final do jogo. Disse-lhes que temos 15 pontos para lutar na Champions, e que não precisamos de 15 pontos para nos qualificarmos. Não posso adivinhar, mas penso que entre 9 e 11 será o suficiente para nos qualificarmos. Não precisamos de ganhar os 5 jogos. Temos 5 jogos difíceis pela frente, mas para mim este era o jogo mais difícil pelas características do adversário. No fundo, não interessa que fizemos uma boa primeira parte, que o Newcastle tem um poderio, ritmo, velocidade maior que a nossa, nada disso interessa. O que interessa é que perdemos 3-0 e temos de limpar a cara."

Akturkoglu: "Falar do plantel é uma posição difícil para mim. Prefiro manter-me coerente com o que disse quando joguei contra o Benfica, também para lhes meter responsabilidade. Há um jogador de quem eu gostava muito, mas acho que a sua saída tinha que acontecer, da maneira como o meu antigo clube se meteu, tinha que acontecer. O Benfica não tinha condições, o Kerem Akturkoglu ganhava X e ia ganhar cinco vezes X e em casa. Era uma situação impossível para o Benfica de controlar. Era um jogador que nos faz falta."

Otamendi: "O Nico (Otamendi) não recusou falar no fim do jogo. Foi-lhe perguntado se queria ir diretamente à flash ou se preferia ser ele a ir à zona mista. Ele disse que preferia ir mais tarde, mais tranquilo, depois de descansar um pouco. Não sei se já foi, mas não há esse problema."

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