Recorde as incidências da partida

Quarenta e três dias após o jogo épico na Luz – de má memória para as águias, que desperdiçaram uma vantagem preciosa e acabaram derrotadas por 4-5 na fase de liga da Liga dos Campeões –, o Benfica voltou a receber o Barcelona para a primeira batalha rumo aos quartos de final da prova milionária.
Curiosamente, Bruno Lage fez apenas uma alteração em relação ao onze apresentado nesse encontro. Florentino, ausente por lesão, cedeu o lugar a Leandro Barreiro no meio-campo, enquanto Schjelderup voltou a merecer confiança num jogo de altíssimo nível.
Houve foguetes, faltaram os golos na 1.ª parte
Um, dois, três… 18 segundos! O Benfica entrou a todo o gás e só uma grande intervenção de Szczesny evitou o golo, travando o remate de Akturkoglu após um passe açucarado de Pavlidis.
A resposta do Barcelona não demorou e mostrou que do outro lado também havia um guarda-redes inspirado. Trubin, de regresso após umas "férias" competitivas, brilhou ao travar o remate de Olmo, a recarga de Lewandowski e ainda o desvio de Yamal. Incrível!
O jogo estava eletrizante. O Barcelona pressionava alto, forçando o erro das águias, enquanto estas tentavam explorar as transições rápidas… E foi precisamente num desses lances que se escreveu um dos capítulos mais marcantes do encontro.
Aos 21 minutos, Pavlidis arrancou como um verdadeiro velocista, disparando em direção à baliza blaugrana, até ser travado em falta pelo último homem, Pau Cubarsí. Conclusão: o jovem defesa espanhol viu o cartão vermelho e foi expulso.
Em inferioridade numérica e num sinal de respeito pelo adversário, Hansi Flick optou por sacrificar o criativo Dani Olmo para reforçar a defesa com a entrada de Ronald Araújo. O Barcelona ganhou solidez defensiva, mas perdeu imprevisibilidade no ataque.
O Benfica, por sua vez, assumiu o controlo do jogo e vivia a sua melhor fase… até ser inesperadamente travado pelo próprio público, que interrompeu o momento positivo da sua equipa com o lançamento de... foguetes.
Até ao final da primeira parte, o Barcelona pouco incomodou Trubin, enquanto o Benfica esteve perto de inaugurar o marcador. Aos 43 minutos, Akturkoglu surgiu no coração da área e cabeceou com perigo, mas Szczesny respondeu com uma defesa estupenda.

António Silva matou a fome a Raphinha
Tal como na primeira parte, a equipa de Bruno Lage voltou a entrar forte e a criar as primeiras oportunidades. Aos 50 minutos, Pavlidis desperdiçou um passe sublime de Carreras, rematando por cima. Logo a seguir, aos 51', Aursnes tentou a sua sorte, mas Szczesny voltou a dizer presente com mais uma boa defesa.
Se a falta de eficácia contra uma equipa como o Barcelona fazia os adeptos do Benfica levar as mãos à cabeça, o cenário tornou-se ainda mais frustrante quando um erro grosseiro de António Silva – que até então fazia uma exibição segura – acabou por resultar no golo dos catalães.
O ex-Sporting Raphinha não desperdiçou a oferta do camisola 4 das águias e, sem piedade, disparou para o fundo das redes de Trubin.

O resultado agradava, claro, ao Barcelona, que recuou linhas perante a pressão e insistência do adversário. No entanto, o Benfica não passou da tentativa.
Pavlidis tentou, Akturkoglu tentou, João Rego tentou, Arthur Cabral tentou e até o regressado Renato Sanches tentou. Todos tentaram, mas faltou o mais importante nesta equação: a eficácia. Ah, e Szczesny! Que grande partida do guarda-redes polaco.
Melhor em campo Flashscore: Wojciech Szczesny (Barcelona)
