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Liga dos Campeões: Águias estão em desvantagem com Barça, mas ganharam a final

Benfica e Barcelona reencontram-se na prova milionária
Benfica e Barcelona reencontram-se na prova milionáriaZed Jameson / ANADOLU / Anadolu via AFP
O Benfica caiu na única eliminatória com o Barcelona e, no total, está em desvantagem, com duas vitórias em 10 jogos, mas ganhou o mais importante, o primeiro, a final da Taça dos Campeões de 1960/61.

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Em Berna, na Suíça, em 31 de maio de 1961, há mais de 63 anos, lisboetas e catalães tentavam ser o segundo clube a vencer a mais importante prova europeia de clubes, depois de cinco triunfos do Real Madrid, e foram os encarnados a vencer, por 3-2.

Com muita felicidade, que depois nunca mais amparou o Benfica em tantas finais, o onze comandado pelo húngaro Béla Guttmann venceu com um tentos de José Águas, aos 31 minutos, Martin Vergés, aos 32, na própria baliza, e Mário Coluna, aos 55.

O Barcelona teve a primeira palavra e a última, pelos magiares Sándor Kocsis (21 minutos) e Zoltán Czibor (75), mas os postes das balizas do Wankdorf Stadium estiveram contra os culés e, no final, a festa foi do Benfica.

Os encarnados arrebataram face ao Barcelona a primeira de duas finais consecutivas da Liga dos Campeões, sendo que a segunda foi conquistada em 1962, em Amesterdão, com um categórico 5-3 ao Real Madrid, já com o rei Eusébio de águia ao peito.

Por seu lado, os catalães teriam de esperar mais de três décadas, até 1991/92, para arrebatarem o seu primeiro título de campeões da Europa, conquistado em Wembley, perante os italianos da Sampdoria, batidos no prolongamento por 1-0, culpa de um golo do neerlandês Ronald Koeman, que depois treinaria o Benfica.

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Curiosamente, o Barcelona teve de passar pelo Benfica para chegar ao título, o que aconteceu na fase de grupos, para oito equipas, na edição considerada experimental da Champions.

Os comandados do neerlandês Johan Cruyff empataram a zero na antiga Luz, na segunda jornada do Grupo B, e na sexta, num jogo que o Benfica precisava de vencer para rumar à final, ganharam em Nou Camp por 2-1, com tentos do búlgaro Hristo Stoichkov (12 minutos) e de Bakero (24), contra um de César Brito (28).

O Benfica também surgiu no caminho do Barcelona rumo ao segundo cetro europeu, em 2005/06, então nos quartos de final, e naquela que é até agora a única eliminatória a duas mãos entre os dois clubes nas provas da UEFA.

Como em 1991/92, o jogo da Luz, agora já a nova, terminou com um empate a zero, e, em Espanha, o Barça impôs-se por 2-0, com golos do brasileiro Ronaldinho Gaúcho, aos 19 minutos, depois de falhar um penálti aos seis, culpa da defesa do brasileiro Moretto, e do camaronês Samuel Eto’o, aos 88.

A formação catalã, que viria a vencer o Arsenal por 2-1 na final de Saint-Denis, apurou-se, mas o Benfica, a perder por 1-0, teve as suas hipóteses de passar para a frente da eliminatória, por Simão e Karagounis.

Sempre na Champions, os dois clubes voltaram a encontrar-se na fase de grupos de 2012/13, com o Barcelona a vencer na Luz por 2-0, com tentos do chileno Alexis Sánchez e de Cesc Fàbregas, ambos assistidos pelo argentino Lionel Messi.

A fechar o agrupamento, os catalães, já apurados, atuaram com as reservas, mas nem assim o onze de Jorge Jesus conseguiu o triunfo que lhe daria o apuramento. Empatou a zero e seguiu para a Liga Europa, na qual chegaria à final, perdida para o Chelsea.

Em 2021/22, novo embate na fase de grupos, agora com um desfecho muito diferente, já que, mais de seis décadas depois, o Benfica voltou a vencer o Barcelona e de forma muito convincente, por claros 3-0, no Estádio da Luz.

O uruguaio Darwin Núñez, aos três e 79 minutos, o segundo de grande penalidade, e Rafa, aos 69, apontaram os tentos dos encarnados, que quase repetiram a façanha em Barcelona, não fosse um falhanço incrível do suíço Seferovic (0-0).

Os últimos duelos entre Benfica e Barcelona
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O derradeiro embate aconteceu já esta época, na nova fase de liga da Liga dos Campeões, e foi épico, com os catalães a vencerem por 5-4, num jogo decidido aos 90+6 minutos, na última joga, pelo brasileiro Raphinha, ex-Vitória SC e Sporting.

A formação de Bruno Lage esteve a vencer por 2-0 e 3-1, numa primeira parte com três golos do grego Pavlidis (02, 22 e 30 minutos), e ainda chegou ao 4-2, num autogolo do uruguaio Ronald Araújo, aos 68, mas caiu na parte final.

O polaco Robert Lewandowski marcou o seu segundo penálti aos 78 minutos - repetindo o que tinha feito aos 13 -, na sequência de queda teatralizada de Lamine Yamal, e Eric García fez o 3-3, aos 86, antes do segundo de Raphinha (64 e 90+6), depois de alegada falta na área catalã sobre Leandro Barreiro.

O Benfica esteve, assim, perto de equilibrar as contas totais com o Barcelona, mas, não só não conseguiu o terceiro triunfo, como nem o quinto empate somou, sofrendo, isso sim, a quarta derrota (11-13 em golos). Mas terá sempre Berna.