PSV Eindhoven 1-6 Arsenal
Depois de duas derrotas seguidas frente ao Go Ahead Eagles, para a Taça e campeonato, os neerlandeses subiram ao relvado com a vantagem moral de terem derrotado os gunners na única eliminatória da Liga milionária (em 2006/07) e perante um adversário fustigado por lesões, sem avançados de referência.

A falta de poder de fogo, no entanto, não foi problema para a turma de Mikel Arteta, que desde cedo deu trabalho a Benítez e teve alguma sorte ao não ficar em desvantagem, aos 15 minutos.
Talvez energizados ou abençoados pelo lance, os gunners inauguraram o marcador dois minutos depois, num belo cruzamento de Declan Rice para o cabeceamento certeiro de Jurrien Timber. Apenas três minutos depois, Ethan Nwaneri aplicou um golpe duplo, concluindo na pequena área um cruzamento de Miles Lewis-Skelly, num golo feito na academia dos londrinos.
Importa referir que o jogo poderia ter sido bem diferente caso Lewis-Skelly tivesse visto o segundo cartão amarelo num espaço de dois minutos, mas foi perdoado pelo Jesús Gil Manzano. Enquanto isso, na outra área, a defesa do PSV decidiu facilitar ainda mais as coisas e ofereceu um golo ao ponta de lança de serviço, Mikel Merino, que não se fez rogado. Quem não facilitou foi Arteta que logo a seguir tirou Lewis-Skelly e lançou Calafiori.
Em cima do descanso, Noah Lang ainda devolveu alguma esperança ao Philips Stadion, de grande penalidade, mas a palestra de Peter Bosz ao intervalo não deu resultado já que, em apenas dois minutos, o resultado passou de 1-3 para 1-5, com golos de Odegaard e Trossard, o primeiro numa recarga a um cruzamento de Calafiori, o segundo numa picadinha do belga após passe do italiano.
Por seu lado, o médio norueguês continuou a encher o campo numa exibição de antologia e aproveitou a passadeira estendida pelos neerlandeses para chegar à entrada da área e disparar à figura de Walter Benitez, que ainda deu uma ajuda ao ficar muito mal na fotografia. O sexto golo originou uma debandada das bancadas, o Arsenal ainda pausou o ritmo numa altura em que o apoio caseiro aumentou, mas o sétimo e último golo, num belo passe de Odegaard para finalização de Calafiori foi a machadada final para os adeptos da casa.
Borussia Dortmund 1-1 Lille
O carrasco do Sporting na prova e vice-campeão europeu viu com bons olhos a sorte ditada pelo sorteio dos oitavos final, na receção a um acessível Lille, que teve André Gomes a sair do banco na segunda parte. Este foi o primeiro duelo de sempre entre as duas equipas em confrontos oficiais.

Karim Adeyemi colocou os alemães na frente no primeiro tempo, aos 22 minutos, com um belíssimo remate de ressaca à entrada da área após um pontapé de canto. Os anfitriões continuaram a dominar o jogo enquanto o Lille lutava fazer cócegas ao adversário. Na verdade, os visitantes teriam ficado aliviados por irem para o intervalo com uma desvantagem de um golo depois de Pascal Groß ter visto o seu golo anulado perto do intervalo por fora de jogo.
A equipa da Ligue 1 mostrou certamente maior intenção após as sábias palavras de Bruno Génésio ao intervalo, embora o talento ofensivo tenha encontrado forte resistência por parte de uma defesa que tinha mantido quatro jogos sem sofrer golos nas cinco partidas anteriores.
A paciência do Lille acabou por dar frutos aos 68 minutos, quando Hákon Arnar Haraldsson desviou fora do alcance de Gregor Kobel, depois de ter sido isolado por Jonathan David. Os comandados por Niko Kovač não conseguiram produzir uma resposta, encontrando dificuldades em redescobrir o controlo e o domínio que demonstraram na primeira parte.
Na verdade, os visitantes passaram o resto da partida sem grandes problemas, garantindo que regressam a França com uma eliminatória em aberto. Os dogues estabeleceram bases sólidas para chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões pela primeira vez na história, enquanto o Dortmund terá de ter um desempenho forte em França se quiser ter alguma esperança de repetir a campanha da época passada.