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Em 21 de janeiro, na sétima ronda da fase de liga, os encarnados lideraram por 1-0, 3-1 e 4-2, mas, com polémica à mistura, foram os catalães que prevaleceram, ao marcarem três golos no último quarto de hora, o derradeiro aos 90+6 minutos.
A formação comandada pelo alemão Hansi Flick garantiu, como esse triunfo, os oitavos, enquanto, também por culpa desse desaire, o Benfica teve de ir ao play-off, no qual ultrapassou o Mónaco (1-0 fora e 3-3 em casa), para agora reencontrar os catalães.
Desta vez, o confronto é a eliminar, sendo que o jogo da Luz, marcado para as 20:00 de quarta-feira, será apenas a primeira parte de um duelo a duas mãos, cujo desfecho está marcado para Montjuïc, em 11 de março.
Por tudo e mais alguma coisa - nomeadamente o historial e os anteriores duelos entre os dois clubes -, o Barcelona parte como favorito, mas em especial pelo que tem feito em 2024/25, época em que já leva 124 golos marcados, em 40 jogos, 28 dos quais na Champions, tendo sido o melhor ataque da fase de liga.
O polaco Robert Lewandowski (34 golos), o brasileiro Raphinha (24) e o miúdo Lamine Yamal (11) têm sido um terror para as defesas contrárias, no futebol muito ofensivo imposto por Flick, que aposta fortemente numa defesa muito adiantada.

Esta filosofia tem permitido ao Barcelona marcar muitos golos, mas sofrer igualmente muitos – mais de um por jogo de média (45 em 40 jogos) -, para um grande, que custaram já vários dissabores, mas que é irrevogável para o técnico alemão.
Cabe ao Benfica tentar controlar, de alguma forma, o poderoso ataque dos catalães, não comentando pelo menos os erros do jogo da fase de liga, e, por outro lado, voltar a ter a arte de ser capaz de encontrar as costas da defesa catalã e, depois, ser eficaz, o que nem sempre aconteceu em janeiro.
Para o duelo com os culés, Bruno Lage não tem à disposição Bah e Manu Silva, que se lesionaram para a época, e Bruma, que não está inscrito na Champions, mas tem esperanças em recuperar o trinco Florentino e o fantasista Di María.
A formação encarnada não jogou no fim de semana, já que o jogo no reduto do Gil Vicente, da ronda 24 da Liga foi adiado para 28 de março, enquanto o Barcelona aproveitou a receção à Real Sociedad para voltar ao comando de LaLiga.
Desde cedo contra 10, numa expulsão conquistada por Dani Olmo, o conjunto catalão goleou sem grande desgaste por 4-0, com tentos de Gerard Martín, Marc Casadó, Ronald Araújo e Robert Lewandowski.
Na história, Benfica e Barcelona vão defrontar-se pela 11.ª vez, com o balanço a ser favorável aos espanhóis, que ganharam quatro jogos, contra apenas dois dos encarnados – o saldo poderia ter equilibrado no jogo da fase de liga.

Os catalães também levaram a melhor na única eliminatória a duas mãos entre os dois conjuntos, quando, nos quartos de final da Liga dos Campeões de 2005/06, rumo ao título, empataram a zero na Luz e venceram em casa por 2-0 (marcaram Ronaldinho e Eto’o’).
Ainda assim, o Benfica pode vangloriar-se de ter vencido o jogo mais importante, a final da Taça dos Campeões Europeus de 1960/61, conquistando o título em Berna com um triunfo por 3-2, selado com tentos de José Águas, Vergés (própria baliza) e Mário Coluna.
O encontro entre Benfica e Barcelona, da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, realiza-se na quarta-feira, pelas 20:00, no Estádio da Luz. A segunda mão é a 11 de março, em Montjuïc, às 17:45 (em Lisboa).