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Na Luz, onde apenas venceu um de cinco jogos, o Benfica recebeu dois dos três grandes de Espanha, e marcou quatro golos a ambos, primeiro numa goleada por 4-0 ao Atlético de Madrid e depois num desaire por 4-5 face ao Barcelona.
Entre os dois jogos face aos conjuntos de La Liga, os encarnados perderam com o Feyenoord (1-3) e não conseguiram mais do que um nulo face ao Bolonha, para, no play-off de acesso aos oitavos, somarem novo empate, a três, com o Mónaco, este com sabor a vitória, pois valeu o apuramento.
Se, na globalidade, os resultados na Luz não foram famosos, a história foi bem diferente em reduto alheia, onde as águias somaram quatro vitórias e apenas uma derrota, por 1-0, no reduto do Bayern Munique, onde não deixou uma imagem muito famosa.
O que se passou no Allianz Arena foi, porém, uma exceção, pois o Benfica esteve muito bem nos restantes jogos fora, vencendo o Estrela Vermelha por 2-1, na estreia na nova fase de liga, o Mónaco por 3-2 e, na oitava jornada, e a Juventus por 2-0, no jogo que selou o apuramento para a fase a eliminar.
No play-off de acesso aos oitavos, os encarnados regressaram ao Mónaco e voltaram a triunfar, agora por 1-0, num desfecho que acabou por ser decisivo na eliminatória.
Com o quarto triunfo fora, o Benfica fez o que, na sua história, apenas havia conseguido em 2013/14, juntando os jogos da Champions (uma vitória) com os da Liga Europa (três), e em 2022/23, época em que somou cinco vitórias em reduto alheio na Liga dos Campeões, mas dois deles em pré-eliminatórias.

A campanha do Benfica na Champions 2024/25 começou a 19 de setembro de 2024, em Belgrado, poucos dias depois de o alemão Roger Schmidt ser despedido e ter regressado Bruno Lage, que, ao segundo jogo, conduziu a equipa a uma estreia vitoriosa.
Os turcos Aktürkoglu, aos nove minutos, e Kökçü, aos 29, deram uma vantagem de dois tentos às águias, que ainda sofreram na parte final, depois de Felício Milson reduzir, aos 86.
A estreia em casa aconteceu em 02 de outubro, e, com estrondo, o Benfica goleou o Atlético, de Diego Simeone, por inapeláveis 4-0, com novos tentos dos dois turcos, a abrir (Aktürkoglu, aos 13 minutos) e a fechar (Kökçü, aos 84, de penálti), e ainda golos do argentino Di María (52, de penálti) e do dinamarquês Bah (75).
Os encarnados ficaram, desde logo, lançados para o apuramento, mas, à terceira jornada, sofreram uma inesperada derrota caseira com o Feyenoord, por 3-1, apesar de mais um golo de Aktürkoglu, então em grande forma.
O jogo seguinte era o mais difícil de todos e aconteceu o que se previa, a derrota do Benfica em Munique, apenas por 1-0, face a um golo de Musiala, aos 67 minutos, mas num jogo em que os encarnados, em poupanças, quase só defenderam.
A exibição acabou por ser apagada quatro dias depois, quando, as águias golearam na Luz o FC Porto por 4-1, para a 11.ª jornada da I Liga. Acabaram por desculpar Lage.
O quinto jogo também se previa complicado, ainda que menos, no Mónaco, e os gauleses estiveram a vencer por 1-0 e, já reduzidos a 10 (desde os 58 minutos), por 2-1, só que, na parte final, o Benfica conseguiu uma determinante reviravolta, com tentos dos suplentes Arthur Cabral e Amdouni, servidos por Di María.
As águias tinham então dois jogos seguidos na Luz para certificar o apuramento, mas não conseguiram marcar ao Bolonha (0-0) e, depois, caíram face ao Barcelona (4-5), num jogo tão eletrizante como polémico e decidido na última jogada.
O grego Pavlidis renasceu nesse encontro, com um hat-trick na primeira parte, num jogo em que o Benfica liderou por 3-1 e 4-2, antes de cair na parte final, com o Barça a relançar-se com um penálti cavado por Lamine Yamal e a chegar à vitória por Raphinha, aos 90+6 minutos, após lance polémico na área catalã.

Com estes dois contratempos, tudo ficou adiado para a última jornada, em Turim, onde o empate servia e a derrota poderia chegar, mas o Benfica agarrou o destino com as mãos, vencendo por 2-0, com tentos de Pavlidis e Kökçü.
Com o 16.º lugar, entre 36 clubes, o conjunto da Luz conseguiu ser cabeça de série no sorteio do play-off dos oitavos, para reencontrar o Mónaco, 17.º - poderia ter sido o Brest (18.º).
De regresso ao Principado, o Benfica voltou a triunfar, desta vez por 1-0, com um magnífico golo de Pavlidis, aos 48 minutos, num jogo que os anfitriões voltaram a acabar com 10, após o segundo amarelo a Al Musrati, aos 52, por pedi-lo para Carreras.
Na segunda mão, na Luz, o Mónaco ameaçou virar a eliminatória, que igualou, ao liderar por 2-1 e 3-2, mas a equipa encarnada conseguiu resistir, com Kökçü a selar o apuramento, aos 84 minutos, já depois de Aktürkoglu e Pavlidis também marcarem.
Para os oitavos, o Benfica só tinha duas hipóteses e o sorteio dito a menos má, o reencontro com o Barcelona, líder da Liga espanhola, já que a outra era o Liverpool, comandante destacado da Premier League.