Bolonha 2-1 Dortmund
O Bologna protagonizou uma impressionante reviravolta para garantir a sua primeira vitória de sempre na Liga dos Campeões, ao mesmo tempo que complicou significativamente as esperanças do Borussia Dortmund de terminar entre os oito primeiros na fase de grupos.
Depois de três derrotas consecutivas na Bundesliga, o pressionado treinador Nuri Şahin teve algum alívio inicial ao ver o Borussia Dortmund exibir o seu bom desempenho na Liga dos Campeões no Estádio Renato Dall'Ara. A equipa alemã dominou o período inicial e Łukasz Skorupski já tinha sido chamado a ação para defender um livre de Pascal Gross quando, aos 12 minutos, o árbitro Serdar Gözübüyük apontou para a marca de penálti. Emil Holm derrubou Waldemar Anton dentro da área e Serhou Guirassy converteu o penálti com uma panenka ousada. Skorupski chegou a adivinhar o lado certo, mas não conseguiu tocar na bola para impedir o golo.
Apesar da desvantagem, o Bolonha respondeu bem ao golo sofrido. A equipa italiana procurava apenas o seu segundo golo nesta edição da competição e Julien Duranville teve de demonstrar excelente capacidade defensiva ao fazer uma interceptação crucial para cortar um cruzamento perigoso de Riccardo Orsolini.
No entanto, o Bolonha sofreu um golpe quando Orsolini foi forçado a sair lesionado 10 minutos antes do intervalo. Apesar disso, os italianos continuaram a sua reação no segundo tempo, mas demoraram a criar perigo real à baliza de Kobel.
No entanto, a energia e a persistência acabaram por prevalecer e o Bolonha virou o jogo em apenas dois minutos. Primeiro, Thijs Dallinga finalizou de perto após um cruzamento perfeito de Jens Odgaard. Em seguida, o suplente Samuel Iling-Junior foi o mais rápido a reagir quando Kobel defendeu um remate de Odgaard e marcou o golo que garantiu uma vitória histórica para os anfitriões.
O Dortmund, atordoado, nunca deu sinais de uma possível recuperação, e o Bolonha controlou confortavelmente os últimos 10 minutos para assegurar uma vitória memorável, mantendo vivas as suas esperanças, embora ténues, de qualificação.
Club Brugge 0-0 Juventus
O Club Brugge ampliou a sua sequência invicta em todas as competições para 19 jogos com um empate frente à Juventus, mantendo ambas as equipas na luta por uma vaga no play-off.
Os anfitriões tinham toda a motivação necessária para garantir a qualificação diante dos seus adeptos, entrando na partida em alta após cinco vitórias consecutivas em todas as competições. Contudo, estavam cientes de que a tarefa não seria fácil.
Com os italianos apenas um ponto acima da equipa de Nicky Hayen, muito estava em jogo para ambos os lados, o que resultou, como esperado, numa primeira parte muito cautelosa no Estádio Jan Breydel. As duas equipas conseguiram apenas um remate cada nos primeiros 45 minutos. O esforço de Ferran Jutglà com o pé direito, de fora da área, passou perto do poste esquerdo logo aos dois minutos, mas foi o mais próximo que qualquer equipa esteve de marcar numa primeira parte carente de qualidade ofensiva.
Na segunda parte, os anfitriões procuraram oferecer uma exibição mais vibrante para os seus adeptos e quase abriram o marcador cinco minutos após o reinício, quando uma boa jogada terminou com a bola nos pés de Jutglà, mas o seu remate dentro da área passou ao lado do poste esquerdo. Apesar de ter mostrado pouco no ataque até então, a Juventus teve a sua melhor oportunidade dois minutos depois, quando Samuel Mbangula avançou para a área e cruzou para Nicolás González, que, desmarcado, falhou incrivelmente ao rematar ao lado.
Com o jogo ainda em aberto nos 15 minutos finais, o Club Brugge teve uma oportunidade de ouro para assumir a liderança. Chemsdine Talbi cruzou para a área e encontrou Gustaf Nilsson, mas o remate de primeira do suplente, a poucos metros da baliza, passou por cima da trave.
O ponto conquistado permite aos anfitriões e à Vecchia Signora continuarem em posições de play-off, com o destino de ambas as equipas a ser decidido na última jornada.
Estrela Vermelha 2-3 PSV
O PSV Eindhoven, com dez jogadores, deu um passo importante rumo com uma suada vitória por 2-3 sobre o Estrela Vermelha, que foi eliminado após sofrer a primeira derrota em casa contra uma equipa neerlandesa.
Numa noite gelada em Belgrado, com neve a cair, os anfitriões estavam em risco de ficar de fora da corrida ao apuramento nesta penúltima jornada. A equipa de Vladan Milojević precisava de seis pontos nos dois jogos restantes para ter alguma hipótese de alcançar os play-offs da fase a eliminar. Já o PSV, que começou o jogo em posição de apuramento para os play-offs, tinha ambições mais elevadas, mas apenas duas vitórias nos últimos seis jogos evidenciavam as dificuldades da equipa.
Apesar disso, começaram bem e abriram o marcador aos 17 minutos, com Luuk de Jong a marcar de cabeça após um excelente canto de Joey Veerman, o primeiro golo do avançado na Liga dos Campeões esta temporada. A parceria Veerman-De Jong voltou a funcionar sete minutos depois, com outro golo de cabeça do capitão neerlandês, aproveitando mais uma exposição defensiva do Estrela Vermelha em bolas paradas. Antes do intervalo, os campeões neerlandeses ampliaram a vantagem para 0-3, com Ryan Flamingo a finalizar de primeira, depois de Guus Til desviar um canto de Veerman na direção do defesa.
No entanto, Flamingo foi expulso com um cartão vermelho direto aos seis minutos da segunda parte, por impedir uma clara oportunidade de golo ao derrubar Nemanja Radonjić. O Estrela Vermelha ganhou confiança com a vantagem numérica e Radonjić quase reduziu a desvantagem com um remate que atingiu a rede lateral.
A equipa da casa conseguiu finalmente o primeiro dos dois golos de consolação aos 71 minutos, quando Cherif Ndiaye cabeceou para o fundo das redes após um cruzamento de Nasser Djiga. Os nervos do PSV aumentaram ainda mais quando Djiga marcou de cabeça após um canto de Ivanić, num golo que espelhou os dois tentos de De Jong na primeira parte.
Esta sequência destacou as fragilidades defensivas recentes dos campeões neerlandeses. Ainda assim, a equipa de Peter Bosz segurou os três pontos cruciais para a sua procura por um lugar nos play-offs.
