Copenhaga 2-4 Dortmund
Dortmund tem encontrado facilidade em marcar golos na Liga dos Campeões esta época, tendo já apontado oito nos dois jogos anteriores, pelo que não surpreendeu que, apesar de um início algo lento, os Aurinegros inaugurassem o marcador com um momento de grande qualidade.
Depois de trabalharem a bola até Felix Nmecha à entrada da área, o médio demonstrou classe ao escapar à marcação de Elias Achouri antes de rematar de forma certeira para o fundo das redes. No entanto, depois de desperdiçar uma excelente oportunidade para ampliar a vantagem por intermédio de Maximilian Beier, o Dortmund viu o empate surgir de forma algo caricata pouco depois da meia hora, quando o alívio de Ramy Bensebaini, após defesa de Kobel a remate do antigo avançado do Dortmund Youssoufa Moukoko, acabou por bater em Waldemar Anton e entrar na baliza.
Com o apoio dos adeptos e embalados pelo golo, o Copenhaga terminou a primeira parte por cima, com Junnosuke Suzuki a rematar perto do poste esquerdo já dentro da área, sendo o empate ao intervalo o mínimo que os dinamarqueses mereciam.
Apesar de os Aurinegros não estarem particularmente inspirados no ataque, os Leões sabiam que não podiam desperdiçar o bom momento com que terminaram a primeira parte, frente a um Dortmund que costuma encontrar forma de vencer na Champions.
E ao minuto 60, os receios confirmaram-se quando Lukas Lerager concedeu uma grande penalidade ao puxar a camisola de Serhou Guirassy, com Bensebaini a não desperdiçar da marca dos 11 metros, mantendo o seu registo perfeito de penáltis convertidos e devolvendo a vantagem aos visitantes.
Depois de conseguir travar o ímpeto dos anfitriões, Nmecha bisou já nos 15 minutos finais, antes de o suplente Fábio Silva se estrear a marcar pelos forasteiros, selando o triunfo para a equipa de Niko Kovač.
O suplente Viktor Dadason ainda reduziu nos descontos, mas não foi suficiente para travar o Dortmund, que assim mantém o seu arranque invicto nesta edição da UCL.
Por sua vez, o Copenhaga soma agora quatro jogos consecutivos sem vencer em todas as competições, algo que não acontecia desde março, vendo também chegar ao fim a sua série de quatro jogos sem perder em casa nas provas europeias esta época.
Union Saint-Gilloise 0-4 Inter
No primeiro confronto entre as duas equipas, que foi também apenas o segundo duelo do Union frente a adversários italianos, os belgas quase começaram da melhor forma, após duas oportunidades rápidas. Logo aos três minutos, Promise David rompeu pela defesa visitante e rematou à baliza, mas Yann Sommer respondeu com uma excelente defesa, desviando para canto.
No seguimento desse canto, a bola sobrou para Christian Burgess ao segundo poste, mas o remate do defesa foi afastado em cima da linha por Lautaro Martinez.
Curiosamente, o Inter só começou a criar perigo a meio da primeira parte, quando Hakan Çalhanoglu tentou a sorte de longe, mas Kjell Scherpen defendeu com segurança.
No entanto, o Inter mostrou-se implacável e fechou os primeiros 45 minutos com dois golos. O primeiro surgiu após um canto de Calhanoglu que criou confusão na área, permitindo a Denzel Dumfries aproveitar e marcar.
Os visitantes ampliaram a vantagem já nos descontos da primeira parte, com o marcador do primeiro golo a assumir o papel de assistente: Dumfries avançou pelo flanco, serviu Esposito, que tocou para Martinez, e o argentino finalizou com classe, colocando a bola ao ângulo.
Qualquer esperança de reação dos belgas foi rapidamente anulada nos primeiros cinco minutos da segunda parte, depois de o Inter beneficiar de uma grande penalidade, assinalada após análise do VAR, que detetou mão de Kamiel Van de Perre na área. Calhanoglu assumiu a marcação e converteu com tranquilidade, colocando a bola no canto inferior esquerdo.
E o Inter ainda deu mais expressão ao resultado aos 76 minutos, após um contra-ataque rápido que terminou com Ange-Yoan Bonny a entrar na área e a assistir Esposito, que só teve de encostar.
O triunfo categórico do Inter por 4-0 prolonga o registo 100% vitorioso na Liga dos Campeões esta época e representa a sétima vitória consecutiva em todas as competições, enquanto o Union soma apenas um triunfo nos três primeiros jogos desta edição.
PSV 6-2 Nápoles
A primeira oportunidade surgiu aos dois minutos, com o avançado do Nápoles Lorenzo Lucca, que liderava o ataque na ausência do lesionado Rasmus Højlund, mas o seu remate saiu ao lado. No outro lado do campo, foi Vanja Milinković-Savić que foi obrigado a fazer a primeira defesa da noite, defendendo bem o remate de Dennis Man, após uma bela jogada do romeno com Ismael Saibari. No canto resultante, Guus Til cabeceou por cima após cruzamento de Joey Veerman, com Ryan Flamingo sendo o próximo jogador a chegar perto de marcar em uma jogada ensaiada de Veerman, cabeceando para fora.
Após um período em que o Nápoles esteve sob pressão, Lucca deve ter lamentado um toque fraco de um passe de Scott McTominay que acabou nas mãos de Matěj Kovář, antes de Leonardo Spinazzola tentar a sua sorte de longe. No entanto, o Nápoles conseguiu passar para a frente pouco depois da meia hora, quando Spinazzola cruzou e McTominay cabeceou com força. Antonio Conte esperava que a sua equipa assumisse o comando do jogo neste momento, mas, em vez disso, o PSV empatou quando uma sequência de posse de bola culminou num cruzamento de Ivan Perišić para Alessandro Buongiorno, que acidentalmente desviou a bola para o seu próprio guarda-redes. E o Nápoles mal teve tempo para se recompor antes de ficar a perder por 2 a 1, quando Saibari marcou de perto após um contra-ataque rápido que deveu muito à tenacidade e percepção de Perišić, embora os visitantes tenham protestado por um penálti após uma falta de Jerdy Schouten em Lucca na jogada.
Lucca voltou a ser o centro das atenções após o intervalo, quando cabeceou para fora após um canto cobrado por Matteo Politano. Saibari, animado, quase puniu Billy Gilmour por um fraco cabeceamento para Milinković-Savić, mas não demorou muito para o PSV dobrar a vantagem. Mauro Júnior passou por Buongiorno, derrubando-o, antes que o corte do brasileiro passasse pelas pernas de Sam Beukema e fosse finalizado por Man. Conte fez uma tripla substituição, com o ex-atacante do PSV Noa Lang sendo o mais ofensivo dos jogadores que entraram no lugar de Gilmour, mas as coisas poderiam ter ficado ainda piores para o Nápoles quando um passe fraco de André-Frank Zambo Anguissa quase levou Til a marcar o quarto gol.
Depois de Lucca ter sido estranhamente expulso por protestar, o quarto golo chegou para os homens de Peter Bosz, graças a um remate fulminante de Man, antes de outra cabeçada de McTominay trazer uma pequena esperança de recuperação. O PSV, porém, acabou com essa esperança em pouco tempo, primeiro com o substituto Ricardo Pepi a causar impacto imediato ao sair do banco, marcando no segundo poste, e depois com uma jogada encantadora que foi finalizada de forma espetacular por Couhaib Driouech, levando a torcida do Philips Stadion à loucura.
O PSV soma agora quatro pontos na fase de grupos, um a mais que o Nápoles, que perdeu dois jogos consecutivos pela primeira vez desde dezembro do ano passado, após ser derrotado por 1-0 pelo Torino no fim de semana.
