Um dos grandes desta jornada da Liga dos Campeões é o duelo entre o Barcelona, em excelente momento, e o Paris Saint-Germain, atual campeão da prova.
Acompanhe as incidências da partida
O encontro desta quarta-feira será o 16.º entre as duas equipas em competições europeias. O histórico é equilibrado: o Barcelona soma seis vitórias, o PSG tem cinco e há ainda quatro empates.
Luis Enrique regressa ao seu antigo clube
Luis Enrique conseguiu três vitórias consecutivas sobre o PSG na temporada 2014/15, mas desde então o Barcelona venceu apenas duas das últimas seis partidas entre as equipas (um empate e três derrotas).
Os dois encontros mais recentes disputados em Camp Nou terminaram com triunfos parisienses por 4-1. Caso volte a vencer esta quarta-feira, o PSG tornar-se-á a primeira equipa da história a conquistar três vitórias seguidas fora de casa contra o Barcelona em competições europeias.
O técnico espanhol regressa ao Camp Nou para defrontar o seu antigo clube, mas soma apenas uma vitória em quatro jogos contra os catalães, precisamente o triunfo por 4-1 em abril de 2024, quando o PSG virou a eliminatória dos quartos de final. Na altura, os franceses recuperaram de uma derrota por 3-2 na primeira mão e de uma desvantagem de um golo na segunda, fechando o agregado em 6-4.
Dembélé lidera a lista de lesionados do Paris SG
Nesse encontro, a expulsão de Ronald Araújo foi decisiva para o rumo da partida. O PSG empatou ainda antes do intervalo com Ousmane Dembélé, ex-jogador do Barça, e depois contou com dois golos de Kylian Mbappé para selar a vitória.
Agora, no entanto, Dembélé lidera a lista de lesionados do PSG. Mbappé, por sua vez, já se transferiu para o Real Madrid. A ausência do francês eleito Bola de Ouro em 2025 é especialmente sentida por Luis Enrique: com 40 participações diretas em golos nesta temporada (29 marcados e 11 assistências), Dembélé só fica atrás de Harry Kane (44) e do próprio Mbappé (42).
O jovem Désiré Doué, Khvicha Kvaratskhelia e o capitão Marquinhos também estão de fora, enquanto Vitinha, peça-chave no meio-campo parisiense, foi incluído na convocatória mas é dúvida, depois de ter sido expulso na recente partida frente ao Auxerre.
Apesar das baixas, o PSG conta com nomes como Bradley Barcola e Nuno Mendes para criar perigo no ataque, além da eficácia nas bolas paradas. Os dois golos contra o Auxerre nasceram de cantos, e a equipa já soma quatro tentos de bola parada em apenas seis jogos da Ligue 1 nesta temporada.
Com um agregado de 9-0 nos últimos dois encontros da Liga dos Campeões, os parisienses chegam ao duelo com confiança e margem para respirar.
Barcelona sem três jogadores importantes
O Barcelona também tem problemas de lesão, com Raphinha definitivamente fora, além do guarda-redes Joan Garcia, que causou um impacto brilhante desde que chegou do Espanhol.
Gavi teve de se submeter a uma nova cirurgia no joelho e vai perder grande parte da atual campanha, enquanto Lamine Yamal só regressou da lesão com uma aparição contra a Real Sociedad no fim de semana e, portanto, não pode ser arriscado durante os 90 minutos.
Desde o início da época passada, apenas as 26 assistências de Mo Salah em todas as competições são superiores às 24 de Lamine (Raphinha também tem 24).
Além disso, nos seus últimos 18 jogos competitivos pelo clube e pela seleção, o jovem tem uma participação surpreendente de 18 golos (8G, 10A).
Este jogo é também um jogo em que Lewandowski deve estar entre os golos, mas o internacional polaco só marcou uma vez contra o PSG, em 2017, pelo Bayern de Munique. De facto, o seu rácio de golos contra eles é o pior de todas as equipas que defrontou na Liga dos Campeões.
Esperam-se muitos golos
As duas equipas poderiam ter-se encontrado na final da época passada, se o Barcelona tivesse vencido o Inter de Milão nas meias-finais após dois jogos épicos.
Como a equipa de Hansi Flick já tinha marcado 43 golos na competição - o maior número de todas as equipas - e o PSG já tinha marcado 38 golos, é de crer que a final teria sido muito mais renhida do que a goleada de 5-0 dos campeões franceses.
Pedri era, e continua a ser, o canal através do qual tudo o que é bom chega ao Barcelona.
Contra o Newcastle, na primeira jornada, por exemplo, ele deu 20 passes para finalização, sendo que quatro deles romperam a linha defensiva dos donos da casa, o maior número de passes feitos por um médio em todos os jogos da semana.
Com Frenkie de Jong, que também tem uma ética de trabalho excelente, ao lado do cultuado espanhol, se um dos dois conseguir se firmar no jogo logo no início, pode ser a plataforma para o Barcelona levar o jogo para o atual campeão.
Rashford ou Torres?
Dependendo do esquema que Flick quiser utilizar, ele pode optar pelo herói dos dois golos contra o Newcastle, Marcus Rashford, para jogar mais uma vez pelos flancos, ou pode decidir escalar o mais instintivo Ferran Torres.
Com ambos em razoável forma goleadora e a jogar bem de um modo geral, esta poderá ser a decisão mais difícil do treinador.
Se os confrontos anteriores servirem de referência, a partida certamente será mais um clássico, apesar das ausências, e outra vitória para qualquer um dos lados nesta fase inicial os colocará entre os primeiros colocados na fase de classificação da competição.
