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O Manchester City venceu apenas uma vez nos últimos nove jogos em todas as competições, com uma crise de lesões e a perda de forma de algumas das suas maiores estrelas, o que levou à pior série da carreira de Pep Guardiola como treinador.
Apesar da goleada de 4-1 sofrida diante do Sporting e do empate 3-3 com o Feyenoord, a equipa de Guardiola está tranquila, pelo menos no que toca ao apuramento para o play-off. O clube ocupa o 17.º lugar na tabela de 36 equipas, sendo que um resultado entre os 24 primeiros é suficiente para garantir, no mínimo, um lugar na fase de repescagem.
No entanto, as hipóteses de entrar diretamente nos oitavos se terminar entre os oito primeiros parecem pequenas, com outra difícil viagem ao Paris Saint-Germain em janeiro, antes de um jogo em casa contra o Club Brugge.
A Liga dos Campeões é ainda mais importante para o Manchester City nesta temporada, já que a defesa do título da Premier League parece praticamente impossível.
Depois de um inédito tetracampeonato inglês consecutivo, o City está em quarto lugar, oito pontos atrás do Liverpool, que também tem um jogo a menos. Apesar de se destacar sempre na reta final para vencer o campeonato durante as seis conquistas de Guardiola nas últimas sete temporadas, desta vez, o ambiente no Etihad é diferente, com as lesões a afetarem um plantel envelhecido.
"A temporada começa difícil e será difícil durante toda a temporada", disse Guardiola após o empate com o Crystal Palace, no sábado.
"Temos de sobreviver à época, a cada jogo, tentar conquistar pontos, tentar ganhar jogos e seguir em frente".
Equipa do City "não é suficiente"
O vencedor da Bola de Ouro Rodri é a maior ausência e é pouco provável que regresse esta época, depois de ter sofrido uma lesão no ligamento cruzado anterior em setembro.
John Stones, Nathan Aké, Mateo Kovacic e Oscar Bobb também estão de fora para a viagem a Turim, enquanto Kevin De Bruyne, Ruben Dias e Phil Foden estão entre os nomes que perderam partes significativas da temporada até agora.
"Se o plantel é tão curto, é sempre muito difícil para todos os jogadores jogarem três dias após três dias. Com um plantel de 20 jogadores, se só tivermos 13 disponíveis, não é suficiente", lamentou o português Bernardo Silva.
Porém, o City tem pouco tempo para curar as feridas, com 12 jogos em 50 dias entre o confronto com a Juventus e o fim da primeira fase da Liga dos Campeões, em 29 de janeiro.
"Os médicos e fisioterapeutas estão a trabalhar de forma incrível esta época, como nunca antes vi, mas a realidade é que temos poucos jogadores para rodar neste período", disse Guardiola.
"Esta época vai ser assim. Não sintam pena, aceitem o desafio e talvez no final tenhamos mais satisfação pela forma como nos comportamos do que noutras épocas em que conquistámos os títulos".
A esperança para o City é que ainda possa ser um candidato à Liga dos Campeões se os jogadores acabaram por recuperar dos períodos de paragem e se encontrarem a sua forma habitual no período decisivo da época. Quanto à prova europeia, uma vitória nos últimos três jogos é quase certeza de classificação.
Os três adversários estão abaixo na tabela, sendo que a Juventus está há quatro jogos sem vencer e ocupa a sexta posição na Serie A.
O City precisa de olhar para trás apenas dois anos para se inspirar. As derrotas para Brentford, Southampton, Manchester United e Tottenham no inverno da temporada de 2022/23 fizeram Guardiola questionar se a fome havia desaparecido do seu plantel depois de tantos troféus conquistados em tão pouco tempo. Poucos meses depois, o clube conquistou o triplete, incluindo a única Liga dos Campeões ganha até à data.