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Liga dos Campeões: Qarabag também surpreende o Chelsea (2-2), Pafos estreia-se a vencer (1-0)

Atualizado
Hato cometeu penálti na primeira parte
Hato cometeu penálti na primeira parteTOFIK BABAYEV / AFP

O Qarabag, que venceu o Benfica no Estádio da Luz, surpreendeu o Chelsea e arrancou um empate (2-2) num jogo em que até podia ter vencido a equipa de Maresca, sem os lesionados Essugo e Pedro Neto, para continuar na luta pelo apuramento. Já o Villarreal continua sem vencer na Liga dos Campeões e foi surpreendido pelo Pafos (1-0), que se estreou a vencer na prova milionária.

Qarabag 2-2 Chelsea

A viagem de 8.000 quilómetros de ida e volta do Chelsea até Bacu terminou com um desapontante empate frente ao Qarabag FK, que continua invicto em casa na Liga dos Campeões esta temporada. Ainda assim, a equipa de Enzo Maresca conseguiu pôr fim a uma série de três derrotas consecutivas fora de casa na competição.

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Roméo Lavia fez a longa viagem apenas para ser forçado a sair devido a lesão ao fim de oito minutos, e o seu substituto, Moisés Caicedo, foi o primeiro a criar perigo, ao rematar de meia-volta por cima após um canto afastado para a entrada da área.

Andrey Santos devia, pelo menos, ter acertado na baliza numa oportunidade à queima-roupa, mas redimiu-se aos 16 minutos, ao assistir Estêvão, que cortou para dentro a partir da direita e disparou o primeiro golo junto ao poste mais próximo.

A equipa da casa mostrava-se perigosa nas suas raras incursões ofensivas, mas ainda não tinha conseguido ultrapassar a última linha defensiva dos Blues. Tudo mudou pouco antes da meia hora, quando Camilo Durán livrou-se de Jorrel Hato e rematou com força ao poste, com Leandro Andrade a aproveitar o ressalto para empatar.

O Qarabag manteve a pressão, e a má primeira parte de Hato piorou quando este perdeu a bola, permitindo a Leandro Andrade cruzar - lance que o defesa acabou por cortar com a mão dentro da área. Marko Janković enganou Robert Sánchez na conversão do penálti, dando vantagem aos anfitriões ao intervalo.

A vantagem dos da casa durou até ao oitavo minuto da segunda parte, quando Alejandro Garnacho tentou um passe lateral que Kevin Medina intercetou, mas a bola voltou ao argentino, que atirou colocado para o canto inferior da baliza de Mateusz Kochalski. O guarda-redes da casa passou então a ter trabalho acrescido, respondendo bem a um remate de Enzo Fernández, enquanto as alterações ao intervalo de Maresca começavam a surtir efeito.

Nariman Akhundzade e Liam Delap tiveram remates a passar muito perto, antes de um forte disparo de Enzo sair a um triz por cima, numa fase em que ambas as equipas procuravam o quinto golo decisivo. Facundo Buonanotte chegou a pensar que o tinha encontrado a cinco minutos do fim, mas o seu remate desviou-se agonizantemente ao lado no último instante. Oleksiy Kashchuk e Garnacho desperdiçaram oportunidades claras nos descontos, mas o empate significa que a equipa de Gurban Gurbanov continua sem perder frente a formações inglesas à oitava tentativa, enquanto é apenas a quarta vez em 24 jogos internacionais sob o comando de Maresca que o Chelsea não sai vitorioso.

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Pafos 1-0 Villarreal

Nada fazia prever o desastre que aguardava o Submarino amarelo em Limassol. Após o remate inicial, quase protocolar, de Domingos Quina, que passou muito perto da baliza, o Villarreal impôs, como era esperado, o seu ritmo de cruzeiro, criando oportunidades claríssimas para inaugurar o marcador. Pépé esteve perto do golo num livre que lhe era perfeito. Mikautadze teve uma ocasião ainda mais flagrante, tão clara que nem numa repetição falharia, pois era impossível. Igualmente evidente, foi a de Pape Gueye, que se isolou frente a Michael... e acabou por oferecer a bola ao guarda-redes.

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Parecia que o golo, e a vitória, seriam uma questão de tempo, mas não foi assim. Os cipriotas ajustaram a sua defesa e até desafiaram o adversário na posse de bola. Aí notou-se a mão do treinador espanhol Juan Carlos Carcedo, que venceu o duelo tático nos primeiros 45 minutos frente a Marcelino. Este desesperava porque a sua equipa não conseguia acertar. Só na reta final, pouco antes do intervalo, voltaram a controlar e a aproximar-se da baliza adversária. Mas o lance mais perigoso, se assim se pode chamar, foi um cabeceamento tímido e central de Ayoze.

Era preciso mudar algo na segunda parte se queriam conquistar o primeiro triunfo, mas o que os groguets encontraram foi o golo de Luckassen no primeiro ataque após o recomeço. Um canto que o central finalizou de forma imponente para fazer o 1-0.

O golo sofrido deixou Marcelino tão desconcertado que, em apenas sete minutos, entre os 56 e os 63, esgotou todas as cinco substituições. Mikautadze e Moleiro foram os primeiros a sair; Ayoze, Parejo e Cardona, os seguintes. Entraram Oluwaseyi, Solomon, Gerard Moreno, Comesaña e Pedraza. Um risco enorme com meia hora ainda por jogar. No imediato, essa renovação deu frutos ao Villarreal, pois pouco depois Pedraza cruzou e Oluwaseyi rematou na pequena área. Pépé e Solomon também tiveram remates dentro da área. Foi um autêntico cerco. A resposta dos cipriotas foi defender com todos, com os jogadores locais a perderem tempo descaradamente, fazendo desaparecer os apanha-bolas e exagerando cada contacto ou falta a seu favor.

Tal como uma bebida gaseificada, o efeito das alterações foi-se dissipando. O contrário aconteceu com a confiança dos anfitriões, fechados na sua área, mas determinados a proteger o seu tesouro, a vitória. Só foram ameaçados em alguns cantos ou num remate de longe de Comesaña. Chegaram mesmo a ter hipóteses de ampliar a vantagem no rush final. Tudo ficou como estava, com a primeira vitória de um Pafos que soma cinco pontos em quatro jornadas e deixa os amarelos muito abalados.

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