Recorde as incidências da partida
Com o expressivo triunfo dos franceses sobre o Inter Milão (5-0), em Munique, o quarteto de internacionais lusos coloca novamente as cores nacionais no palmarés da principal competição europeia de clubes, algo que outros 16 atletas já tinham logrado anteriormente.
Os últimos jogadores lusos a conquistar a orelhuda por um emblema estrangeiro tinham sido Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva, em 2022/23, pelo Manchester City, precisamente ante os nerazzurri (1-0), sendo que o lateral foi cedido ao Bayern Munique a meio da temporada, depois de participar nos seis encontros na fase de grupos pelos citizens.
Se Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos são os derradeiros representantes portugueses a vencer a prova, o primeiro foi Paulo Sousa, antigo médio que se sagrou campeão europeu em duas épocas consecutivas e por dois emblemas diferentes: em 1995/96, pela Juventus, frente ao Real Madrid (1-1 no prolongamento, e 4-2 no desempate por penáltis), e em 1996/97, pelos alemães do Borussia Dortmund, curiosamente diante dos italianos (3-1).
Tal como il regista - como Sousa ficou conhecido nos tempos em que atuou na vecchia signora -, outros dois membros da chamada geração de ouro do futebol português venceram a Champions anos depois, nomeadamente Luís Figo, ao serviço do Real Madrid, numa decisão perante o Bayer Leverkusen (2-1), em 2001/02, e Rui Costa, campeão europeu pelo AC Milan, em 2002/03, face à Juventus (0-0 no prolongamento, e 3-2 nos penáltis).
Depois de ser campeão europeu pelo FC Porto, em 2004, Deco ajudou o FC Barcelona a derrotar o Arsenal na decisão de 2005/06 (2-1), antes de a maior bandeira lusa na Liga dos Campeões começar o seu périplo de sucesso na prova milionária: Cristiano Ronaldo.
O avançado, atualmente com 40 anos, é o mais bem sucedido dos jogadores portugueses na Champions, com um total de cinco troféus, tendo sido mesmo o primeiro futebolista da história a chegar à mão cheia, muito graças aos quatro cetros pelo Real Madrid, já depois de ter erguido o primeiro pelo Manchester United, em 2007/08, juntamente com Nani.
Pelos blancos somou os títulos europeus de 2014, 2016, 2017 e 2018, festejando o primeiro na companhia de Pepe e Fábio Coentrão e nos dois seguintes voltou a celebrar com o central luso. De resto, só na última das cinco conquistas, face ao Liverpool (3-1), é que não teve qualquer compatriota com quem partilhar o sucesso.
Além de ser o melhor marcador de sempre da Liga dos Campeões, com 140 golos, por United, Real Madrid e Juventus, Ronaldo foi também o melhor artilheiro de todas as edições que venceu, tendo ainda marcado em três das cinco finais que ganhou: pelos red devils diante do Chelsea (2008) - em que até falhou no desempate por grandes penalidades - e pelos merengues ante o Atlético de Madrid (4-1 no prolongamento, em 2014) e a Juventus (4-1, em 2016).
Ricardo Quaresma, ao serviço do Inter Milão liderado por José Mourinho, também entra nestas contas, com o triunfo sobre o Bayern Munique em 2009/10 (2-0), tal como Bosingwa, Paulo Ferreira (ambos presentes na conquista do FC Porto, em 2004) e Raul Meireles, todos pelo Chelsea, em 2011/12, igualmente diante dos bávaros (1-1 no prolongamento, e 4-3 no desempate por castigos máximos).
Esse plantel dos blues, que começou por ser orientado por André Villas-Boas – acabou rendido por Roberto di Matteo a meio da temporada -, contava ainda com Hilário no plantel, mas o guarda-redes não participou em qualquer partida pelos londrinos nessa edição da Champions.