Só os grandes clubes podem esperar dar a volta a uma desvantagem de 3-0. Os atuais campeões, que lideram com folga a competição com 15 títulos, são especialistas em situações críticas; e se o palco é o Santiago Bernabéu, as possibilidades multiplicam-se. Os precedentes históricos e recentes, com gigantes como Manchester City e Paris Saint-Germain que se ajoelharam recentemente, dão motivos para esperança.
O Real Madrid manteve-se firme na primeira parte no Emirates Stadium, onde teve algumas oportunidades de golo, mas acabou por desaparecer após o intervalo. Foi uma sensação de falta de capacidade de reação, que se traduziu numa noite de sonho para Declan Rice, que marcou dois golos de livre. Depois, o internacional espanhol Mikel Merino juntou-se à festa do Arsenal num dia inesquecível.

Apesar do sucesso dos merengues, a maioria das estatísticas está a favor dos Gunners, que não sofreram golos nos três jogos contra os atuais campeões da competição e atingiriam um marco histórico se os calassem novamente na capital espanhola - ninguém jamais conseguiu tal feito. Além disso, o Real Madrid só venceu adversários ingleses por pelo menos quatro golos em duas ocasiões em 53 encontros (5-1 ao Derby County em 75/76 e 4-0 ao Tottenham Hotspur em 2010/11).
Mbappé é um dos principais argumentos a que o Madrid se pode agarrar, embora tenha acabado de receber o seu primeiro cartão vermelho desde que deixou o Paris Saint-Germain e tenha de esquecer o pontapé muito duro em Antonio Blanco para se concentrar no que é importante e imediato. Em Mendizorroza, o melhor jogador da partida foi Camavinga, que foi expulso em Londres e não estará presente na receção ao atual segundo classificado da Premier League.
Ancelotti e Bellingham falam
"Ontem não disse nada de especial. Falei sobre o aspeto emocional, sobre como é preciso viver a preparação para um jogo como este como profissional. A motivação está lá. Quero que o jogador esteja preparado e calmo", disse Carlo Ancelotti sobre a reunião que teve na segunda-feira com o plantel, a quem pediu para combinar "cabeça, coração e 'bolas'".
Jude Bellingham, que acompanhou o italiano na conferência de imprensa, referiu-se às discussões em campo: "É o futebol. É normal que haja momentos de tensão. Temos de ser honestos uns com os outros. Vocês dão mais importância a isso do que nós. Não se pode entrar num jogo como este sem estar a 100%. Estamos prontos e motivados".
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