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O City desperdiçou uma vantagem de 2-1 na primeira mão do play-off, na semana passada, em casa, e perdeu por 3-2 para os detentores do título. Esse colapso fez parte de uma tendência mais ampla nesta temporada, já que a equipa envelhecida de Guardiola tem tido dificuldades para aguentar o ritmo, especialmente quando a intensidade é aumentada nas noites da Liga dos Campeões.
Como consequência, o City rompeu com a sua política habitual de transferências para gastar muito em janeiro, trazendo Omar Marmoush, Abdukodir Khusanov, Vitor Reis e o ex-FC Porto Nico Gonzalez por um mais de 200 milhões de euros.
No entanto, nenhum deles foi titular na primeira mão contra o Madrid. Marmoush foi o único a aparecer nos últimos minutos, já que Nico e Khusanov não foram utilizados e Victor Reis não estava inscrito. Guardiola pode arrepender-se dessa decisão depois de Marmoush, Nico e Khusanov terem desempenhado papéis fundamentais na melhor exibição esta temporada, no sábado, quando goleou o Newcastle por uns expressivos 4-0 no Etihad.
Apesar do hat-trick de Marmoush, Guardiola reservou elogios especiais para o impacto de Nico González por trazer ao meio-campo do City a estabilidade que faltava desde que o vencedor da Bola de Ouro Rodri sofreu uma grave lesão no joelho em setembro. O jogador formado na academia do Barcelona deve ser titular no regresso a Espanha, e o seu treinador já saudou o jovem de 23 anos como um "mini Rodri".
Nico mudou o jogo
"O equilíbrio da equipa parece muito, muito melhor com a presença de Nico González", disse o antigo defesa do City, Micah Richards.
"O City tem jogadores que podem marcar golos e prejudicar o Real, mas ele traz alguma estabilidade atrás, algo que precisam se querem gerir o jogo em Madrid. Terão mais hipóteses de vencer o Real com ele no 11 inicial? Sem dúvida", atirou.
No entanto, mesmo no seu melhor momento, durante os anos dourados do reinado de Guardiola em Manchester, o City encontrou muitas vezes o poderio de Madrid como um osso duro de roer na Liga dos Campeões. Esta é a quarta temporada consecutiva em que as equipas se defrontam, sendo que a única vitória do City foi uma goleada de 5-1 em resultado agregado a caminho da conquista da competição pela primeira vez em 2023.
Há três anos, o City parecia estar a caminho da final em Paris, com uma vantagem de dois golos à entrada para os descontos da segunda mão, mas um bis de Rodrygo levou o jogo para o prolongamento e, no final da prova, o Madrid conquistou o seu 14.º título europeu.
No ano passado, foram os penáltis que levaram os gigantes espanhóis à vitória, depois de o City ter dominado a maioria dos dois embates nos quartos de final. Guardiola admitiu que a perspetiva de a sua equipa voltar a encontrar o seu melhor quando mais precisa é improvável.
"Esta época, a realidade é que temos estado a milhas, milhas de distância. Se me disserem que íamos jogar como hoje (contra o Newcastle) e terminar em 22º lugar na Liga dos Campeões, claro que não. Ficaríamos mais acima. Os resultados têm sido maus esta época. Só por um jogo não vou mudar a minha opinião. Se perguntarem a alguém antes desse jogo, temos um por cento, mas se tivermos uma oportunidade, vamos tentar. Isso é certo", afirmou o antigo treinador do Barcelona.
No entanto, uma injeção oportuna de sangue fresco dá esperança de que um milagre em Madrid é possível.
