Os leões precisam de vencer os três primeiros encontros em casa, face a equipas que lhe são teoricamente inferiores, casos de Kairat Almaty, Marselha e Club Brugge, e tentar aproveitar as oportunidades que tiverem para pontuar nos redutos de Nápoles, Juventus ou Athletic Bilbau.
Fora da lista de jogos para conseguir algo estão, à partida, o embate com o Bayern Munique, no Allianz Arena, e o confronto com o campeão em título Paris Saint-Germain, em Alvalade.
Quanto ao Benfica, só tem um jogo óbvio para ganhar, que é o primeiro, a receção ao Qarabag, pois, todos os outros apresentam um grau de dificuldade elevado, sendo que o menos complicado talvez seja o duelo com Ajax, apesar de ser em Amesterdão.
De resto, só embates com equipas do ‘top 4’ do ranking da UEFA, sendo que, para seguir em frente, o Benfica terá de arranjar forma de ganhar na receção a Bayer Leverkusen e Nápoles e no reduto da Juventus, o único jogo que tem idêntico aos ‘leões’.
A receção ao Real Madrid, a fechar, e as deslocações, a abrir, a Inglaterra, para embates com Chelsea e Newcastle, afiguram-se ainda mais problemáticas.
Face a estes calendários, bem mais complicados do que os de 2024/25, os representantes lusos vão ter de se aplicar a fundo - o que nem sempre é compatível com priorizar o campeonato nacional - para seguir em frente, como conseguiram há um ano, na primeira edição da Champions com fase de liga.
Os encarnados acabaram no 16.º lugar, com 13 pontos, conseguindo ser cabeças de série (nono ao 16.º) no play-off de acesso aos oitavos, enquanto o Sporting qualificou-se no 23.º, com 11, passando sem o mesmo estatuto.
A formação de Bruno Lage conseguiu três triunfos fora, com Estrela Vermelha, Mónaco e Juventus e, em casa, goleou o Atlético de Madrid, para, depois, eliminar os monegascos no play-off, antes de cair nos oitavos face ao Barcelona, com o qual havia protagonizado, na Luz, um jogão na fase de liga (4-5).
Os leões ficaram, por seu lado, a dever o apuramento a Ruben Amorim, que, antes de rumar ao Manchester United, somou três vitórias, incluindo um 4-1 ao Manchester City, na despedida, e um empate, deixando a equipa no segundo lugar.
Depois, seguiram-se duas derrotas com João Pereira e dois empates e dois desaires com Rui Borges, incluindo a eliminação no play-off face ao Dortmund, o que significa que o Sporting vai em seis jogos sem vencer na Champions.

A formação leonina não tem, aliás, passado na prova, pois só chegou duas vezes aos oitavos na era Champions, em 2008/09, para levar 1-12 do Bayern Munique, e em 2023/24, e, antes de 1992/93, só por uma vez atingiu os quartos (1982/83).
Por seu lado, o bem mais batido Benfica, que, na era Champions chegou aos quartos em 2021/22 e 2022/23, vai para a quinta presença consecutiva na fase regular e 15.ª nas últimas 16 épocas (desde 2010/11), tendo, no passado, ainda que longínquo, dois títulos (1960/61 e 61/62) e mais cinco presenças em finais.
Quanto ao presente, o Sporting está a tentar adaptar-se ao pós Viktor Gyökeres, o goleador sueco que resolveu quase todos os problemas nas duas últimas épocas, enquanto o Benfica ainda anda a encaixar reforços, que foram muitos, como as saídas.

A fase de liga é composta por oito jornadas, em 16 a 18 de setembro (primeira), 30 de setembro e 01 de outubro (segunda), 21 e 22 de outubro (terceira), 04 e 05 de novembro (quarta), 25 e 26 de novembro (quinta), 09 e 10 de dezembro (sexta), 20 e 21 de janeiro de 2026 (sétima) e 28 de janeiro (oitava).
Os oito primeiros seguem diretamente para os oitavos (10 e 11 e 17 e 18 de março), enquanto as formações classificadas entre o nono e o 24.º lugares disputam um play-off de acesso aos oitavos de final (17 e 18 e 24 e 25 de fevereiro).
Os quartos realizam-se em 07 e 08 (primeira mão) e 14 e 15 de abril (segunda), as meias em 28 e 29 de abril (primeira) e 05 e 06 de maio (segunda) e a final em 30 de maio, na Puskas Arena, em Budapeste, capital da Hungria.