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À dificuldade de jogar num país em que o Real Madrid nunca venceu nas suas nove deslocações anteriores (três empates e seis derrotas), juntaram-se esta terça-feira mais dois contratempos: o guarda-redes belga Thibaut Courtois vai falhar o encontro devido a uma gastroenterite e o central Dean Huijsen, com problemas num joelho, permanece em Madrid.
Juntam-se assim à já longa lista de lesionados: Dani Carvajal, Éder Militão, Antonio Rüdiger, David Alaba e Franco Mastantuono.
Depois de ter vencido o Barcelona há um mês, no primeiro clássico da época (2-1), a equipa orientada por Xabi Alonso parecia imparável: liderança isolada na LaLiga e invencibilidade na Europa.
No entanto, uma derrota em Liverpool na última jornada da Champions e dois empates seguidos no campeonato espanhol (frente aos modestos Rayo Vallecano e Eche) acenderam todos os alarmes na capital espanhola.
Inferno grego sem Courtois
"A equipa não caiu, mas o resultado e o desempenho podem ser melhores", admitiu Alonso após o empate com o Elche no domingo.
A verdade é que os sinais positivos mostrados no Mundial de Clubes, pouco depois de o treinador assumir o comando, parecem ter desaparecido.
Já não há vestígios da pressão exercida sobre os adversários nos primeiros jogos, jogadores como Huijsen, Carreras ou Arda Güler perderam fulgor, Vinícius e Rodrigo continuam "desaparecidos", o rendimento de Bellingham é uma autêntica montanha-russa, e uma das grandes contratações, o inglês Trent Alexander Arnold, tem jogado pouco devido a lesões e, quando o fez, ficou exposto, como aconteceu no domingo.
"A melhor versão do Real Madrid desapareceu depois do clássico. Preocupam a falta de ligação entre os jogadores e a equipa técnica, a dinâmica e as atitudes vistas nos jogos", resumiu o diretor do jornal AS, José Félix Díaz, após o encontro com o Elche.
O conjunto merengue construiu os bons resultados na primeira metade da época graças aos golos de Kylian Mbappé e às defesas de Courtois, mas na Grécia não poderá contar com o belga. O ucraniano Andriy Lunin será o titular.
Em condições normais, a deslocação do Real Madrid ao Olympiacos não deveria representar grande obstáculo para o 15 vezes campeão europeu, mas o momento atual pode trair os madrilenos.
Vini no centro das atenções
Vários meios de comunicação espanhóis têm noticiado nos últimos dias que a tensão entre o treinador Xabi Alonso e algumas das suas estrelas, como Vinícius, está a aumentar, sendo que o brasileiro já protagonizou um desentendimento com o técnico após ser substituído no Clássico.
O avançado brasileiro perdeu o estatuto de indiscutível e, em 17 jogos esta época, não foi titular em quatro e só completou os 90 minutos em cinco ocasiões.
A isto soma-se o facto de não ter marcado em nenhum dos últimos cinco jogos da LaLiga (o último golo foi a 4 de outubro) e de ainda não se ter estreado a marcar esta época nas competições europeias.
Os seus números, 5 golos e 4 assistências, ficam aquém dos do seu companheiro de ataque, Mbappé, que já soma 18 golos e três assistências em 17 partidas em todas as provas.
Coincidindo esta terça-feira com o 44.º aniversário de Xabi Alonso, o melhor presente que os jogadores podem dar ao seu treinador é uma vitória que traga tranquilidade a todas as áreas do clube, pois se regressarem de Atenas de mãos a abanar, o bolo pode ficar atravessado ao antigo treinador do Leverkusen.
