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De um jogador diletante em campo, o extremo-direito passou a ser um ausente omnipresente, tal é a falta que faz à sua equipa, que muitas vezes fica sem inspiração sem ele.
O kosovar de 25 anos não entra em campo em França ou na Europa desde 14 de dezembro, em Marselha, onde jogou a primeira parte do jogo antes de ser obrigado a sair devido a dores persistentes no púbis, que já sofria há várias semanas.
O Lille, que se qualificou pelo menos para o play-off de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, anunciou na segunda-feira que o jogador estaria ausente durante cerca de seis semanas.
Na sua ausência, os Dogues progrediram lentamente no campeonato, perdendo pontos contra Nantes (1-1), Auxerre (0-0) e Estrasburgo no sábado (derrota por 2-1), sem eficácia, mas também sem criatividade no flanco direito, que também está privado de Tiago Santos e de Matias Fernandez-Pardo.
"O que nos está a colocar em dificuldades são as lesões de Edon Zhegrova e Matias Fernandez-Pardo, dois jogadores importantes capazes de fazer a diferença durante períodos bastante longos, combinadas com o regresso de Ethan Mbappé, que não pode ser lançado de um dia para o outro", admitiu o treinador Bruno Genesio.
No cenário europeu, o Lille perdeu por 2-1 para o Liverpool, num tipo de jogo que Zhegrova gosta particularmente, como atestam as suas exibições contra o Real Madrid (1-0) e o Atlético (3-1).
Lille sem rodeios
Para a última partida da fase de grupos da Ligue 1, o Lille não poderá contar com ele, num jogo de alto risco contra o Feyenoord: o clube precisa de vencer para terminar entre os oito primeiros e se apurar diretamente para os oitavos de final, sem passar pelo play-off.
12.º classificado com treze pontos, os mesmos que o seu adversário um lugar acima, o Lille não tem, no entanto, o controlo do seu próprio destino. Terá de vencer o clube de Roterdão e esperar que o Aston Villa vença o Celtic, o Leverkusen vença o Sparta de Praga ou o AC Milan vença o Dínamo de Zagreb.
Para além do aspeto puramente desportivo do caso Zhegrova, a comunicação do Lille sobre o assunto é questionável há várias semanas. No início de janeiro, o treinador Bruno Genesio foi "completamente tranquilizador", afirmando que "não haverá cirurgia a Edon Zhegrova", antes de referir, uma semana mais tarde, a necessidade de o jogador estar "a 100%" e "não ter qualquer dor que interfira com o cérebro".
No entanto, apesar destas declarações e do comunicado do Lille de segunda-feira, que se referia a um "protocolo médico", uma fonte próxima do clube confirmou que se trataria efetivamente de uma "operação".
No seu comunicado, o clube recusou-se a especificar a natureza da lesão, enquanto o site especializado Le Petit lillois afirmou que se tratava de uma pubalgia.
O extremo que veste a camisola 23 também está na ordem do dia: segundo vários meios de comunicação social, chegou a acordo com o Nápoles, mas o presidente Olivier Létang vetou qualquer saída importante neste inverno.
O jogador natural de Herford (Alemanha) nunca escondeu que tem ambições para além do clube nórdico, facto pelo qual foi criticado no verão passado. Neste contexto, uma saída no próximo verão parece provável. Enquanto isso, o Lille gostaria de poder contar com ele o mais rápido possível.