Depois do 2-1 na segunda mão no Bernabéu, o Atlético levou o jogo para o prolongamento no duelo decisivo no Wanda Metropolitano, depois de Conor Gallagher ter marcado aos 27 minutos.
Julian Álvarez teve um momento polémico na decisão por penáltis. O avançado argentino escorregou antes de bater na bola e as imagens mostraram a sala VAR a anular o penálti, alegando que o futebolista tinha tocado na bola com os dois pés antes de esta chegar às redes de Courtois.
"Não temos confiança! Utilização incorreta do VAR"
Por outro lado, o Real Madrid qualificou-se para os quartos de final, onde vai defrontar o Arsenal, enquanto a UEFA assinalou que está a considerar alterar as regras relativas aos penáltis.
Por outro lado, o Atlético ainda está a ressentir-se da eliminação, com os dirigentes do clube a enviarem também uma mensagem bastante ácida dedicada à UEFA.
"Sabemos que a utilização incorreta do VAR nunca irá alterar o resultado de um jogo. Compreendemos que, mesmo que o erro tenha sido provado, o resultado não se alterará. Mas lamentamos amargamente este 'incidente', como lhe chamou a UEFA, e as terríveis consequências que teve para nós. O esforço espetacular da nossa equipa e as esperanças de milhões de adeptos foram arruinados. A família do futebol deve trabalhar em conjunto para evitar situações como esta no futuro. Não acreditamos na forma como o golo foi anulado. Não faz parte do ADN do Atlético procurar desculpas ou desviar as atenções para outras coisas. Agora vamos concentrar-nos no jogo contra o Barcelona no domingo", foi a mensagem dos representantes do Atlético.
Declaração da UEFA
"O Atlético de Madrid consultou a UEFA sobre o incidente que levou à anulação do penálti de Julián Álvarez no final do jogo de ontem (quarta-feira) da Liga dos Campeões contra o Real Madrid. Apesar de ser quase irreconhecível, o jogador tocou na bola com o pé de apoio antes de a chutar, como mostra o vídeo em anexo. De acordo com a regra atual (Leis do Jogo, Lei 14.1), o VAR deve chamar o árbitro para indicar que o golo deve ser anulado. A UEFA vai iniciar discussões com a FIFA e o IFAB para determinar se a regra deve ser revista nos casos em que um duplo toque é claramente não intencional", lê-se no comunicado emitido pelos responsáveis da UEFA.