Recorde as incidências do encontro
12 jogos depois, chegou ao fim a prestação europeia do Benfica. Numa edição diferente da prova, os encarnados passaram do objetivo mínimo ao chegar aos oitavos de final da Liga dos Campeões, onde já sabiam que iriam defrontar uma das melhores equipas da temporada 2024/25.
As águias voltaram a encontrar o Barcelona depois de um thriller futebolístico na fase de grupos. Apesar da derrota (4-5), a exibição deixou os adeptos a acreditar que seria possível eliminar a equipa de Hansi Flick, mas nem a expulsão precoce de Pau Cubarsí aos 21 minutos foi suficiente para equilibrar um confronto que, do ponto de vista teórico, seria desequilibrado à partida.
Após a queda benfiquista no Estádio Olímpico Lluís Companys, o Flashscore faz um balanço da prestação da equipa encarnada na Liga dos Campeões e aponta os principais pontos positivos e negativos do conjunto de Bruno Lage.
Mínimos na fase de grupos
O Benfica acabou a fase de grupos no 16.º lugar, com 13 pontos, praticamente a meio entre as equipas apuradas para esta nova fase.
O apuramento para o play-off era o objetivo mínimo da equipa de Bruno Lage e foi conseguido de forma relativamente tranquila. Curiosamente, foi fora de casa que o Benfica se sentiu mais confortável, com nove dos 13 pontos somados a serem conseguidos na condição de visitante.

Alegre casinha?
A música dos Xutos e Pontapés é uma espécie de hino não oficial de Portugal, mas nem o DJ Kamala conseguiu despertar o Benfica para uma prestação europeia de topo no Estádio da Luz.
A coisa até começou bem, com uma vitória impressionante (4-0) sobre o Atlético Madrid que cedo enalteceu os méritos de Bruno Lage, mas depois disso o Benfica não voltou a vencer em casa e sentiu um desconforto inesperado frente a equipas com as quais seria, à partida, capaz de pelo menos equilibrar a balança.
A derrota com o Feyenoord (1-3) é o maior exemplo da desilusão benfiquista no Estádio da Luz, mas o nulo frente ao Bolonha também não foi um bom sinal para o conjunto de Bruno Lage. Barcelona (4-5 e 0-1) e Mónaco (3-3) também não perderam em casa dos encarnados, mas o empate com a equipa monegasca acabou por saber a vitória, ainda que tenha sido mais pelo apuramento do que pela exibição.
De resto, se estendermos a análise à época passada, concluimos que o Benfica tem sentido dificuldades quando joga na Luz para a Liga dos Campeões - em 2023/24, o Benfica não venceu nenhum jogo na condição de visitado, o que significa que apresenta um registo de uma vitória nos últimos 10 jogos na Luz!
Pavlidis histórico
Na altura em que escrevemos este artigo, Pavlidis tem apenas mais dois golos marcados na Liga Portugal do que na Liga dos Campeões, apesar de contar com mais 600 minutos na prova nacional do que nas competições europeias.
O avançado até ficou em branco nos primeiros quatro jogos em que participou, mas abriu o frasco do ketchup na deslocação ao Mónaco, onde marcou o seu primeiro golo na Liga dos Campeões.

Frente ao Barcelona, mostrou-se no futebol europeu com um hat-trick, ao qual deu seguimento nos três jogos seguintes - três golos e duas assistências. Ficou em branco nos oitavos, mas saiu da Liga dos Campeões com sete golos marcados, algo que nenhum jogador do Benfica tinha feito antes dele.

Melhor campanha portuguesa
Depois de ter caído para a Liga Europa na última edição, o Benfica voltou a ser a melhor equipa portuguesa na Liga dos Campeões, ainda que não tenha conseguido repetir os feitos de 2022/23 e 2021/22.
Nas últimas duas vezes que tinha passado a fase de grupos, o conjunto encarnado foi aos quartos de final da competição, algo que não conseguiu esta temporada, embora também tenha passado uma eliminatória (play-off contra o Mónaco).
Em 2024/25, o Benfica foi, de longe, a equipa portuguesa com maior contribuição para o ranking da UEFA, ao somar 21.750 pontos. Seguem-se Sporting (15.500), Vitória SC (15.250 que ainda podem ser mais), FC Porto (10.750) e SC Braga (7.000).
Pior defesa de sempre
O Benfica já teve campanhas europeias para esquecer - a época 2017/18, sem qualquer ponto somado, ficou na história pela negativa -, mas nem aí sofreu tantos golos como em 2024/25.
No entanto, há um fator que serve de claro atenuante para Bruno Lage e companhia, isto porque se é verdade que o Benfica nunca tinha sofrido tantos golos como esta temporada (19), também é um facto que os encarnados nunca tinham feito tantos jogos na Liga dos Campeões (12).
