Recorde aqui as incidências da partida
As bancadas do Principado estão mais habituadas a encher para assistir a corridas de Fórmula 1 do que propriamente de futebol, por isso foi com forte apoio português que o Benfica regressou ao Mónaco, desta vez para uma corrida de duas voltas com passagem em Lisboa. O primeiro a passar a meta ganha um bilhete para os oitavos de final da Liga dos Campeões.

Arranque lento e aceleração antes da ida às boxes
Sabendo que há duas voltas para disputar e que não era preciso entrar em modo sprint desde o arranque, Bruno Lage voltou a gerir Di María e fez regressar Tomás Araújo à lateral direita, algo que deverá passar a ser ainda mais habitual perante a lesão de Bah. E a verdade é que os primeiros metros no Principado tiveram um começo bem lento por parte do Benfica.

Pavlidis até teve uma oportunidade para se esgueirar na direção da baliza de Majecki, mas faltou poder de arranque ao avançado grego, que ainda entregou um mau passe a Aursnes, desperdiçando assim uma potencial boa oportunidade de golo. Mais habituada às curvas do Mónaco, a equipa francesa entrou melhor e Akliouche (10') obrigou Trubin à primeira grande defesa da noite.
Não foi, de todo, o começo mais promissor por parte da equipa de Bruno Lage. Com problemas na ligação das peças, o motor benfiquista tardou a disparar, mas aquele perigo dos primeiros 15 minutos junto à área encarnada também foi desaparecendo. À semelhança do que acontece em grande parte das corridas de Fórmula 1 no Principado, a corrida entrou num ritmo mais tranquilo com as duas equipas sem espaço para ultrapassagens.

Depois de 40 minutos de gestão, o Benfica gastou o combustível antes da ida às boxes e teve aí a sua melhor fase da primeira parte. Carreras (44') puxou para o pior pé e desperdiçou um excelente trabalho de Pavlidis no melhor lance do Benfica, que por pouco não chegou à altura de mudar os pneus na frente do marcador. António Silva (45'+2), de calcanhar, ficou muito perto do 0-1.

Estás com pressa? Passa por cima!
A reta final da primeira parte já dava um claro sinal mais para o Benfica, mas todos sabem que não é fácil fazer ultrapassagens na pista monegasca. Por isso, às vezes é necessário realizar manobras mais arriscadas e foi precisamente isso que Pavlidis (48') fez logo depois do regresso das boxes. O avançado grego partiu no limite do fora de jogo, disputou a posição num ombro a ombro com um pesado como Salisu e, no frente a frente com Majecki, passou a bola por cima do guarda-redes e abriu o marcador.
Depois de se colocar na frente, o Benfica tinha caminho aberto para regressar a Lisboa em boa posição, especialmente depois de Al Musrati forçar uma desistência ao ver um segundo amarelo por protestos. De repente, parecia a repetição do filme da fase de liga.
O Benfica também teve as suas avarias - Tomás Araújo saiu com queixas na virilha direita e Di María regressou às boxes pouco depois de entrar -, mas acabou por entrar num ritmo de passeio que impediu que a equipa de Bruno Lage conseguisse dar voltas de avanço ao adversário.
Pavlidis fez o mais difícil, mas desperdiçou duas ocasiões claras para fazer o 0-2 e dar maior descanso à equipa encarnada para a segunda mão. A corrida chegou a meio e a vantagem, apesar da clara superioridade durante 50 minutos, é curta...
Homem do jogo Flashscore: Pavlidis (Benfica)
