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Polémica do penálti de Julián Álvarez não voltará a acontecer: IFAB retifica as regras

Julián Álvarez no momento do seu polémico penálti
Julián Álvarez no momento do seu polémico penáltiANGEL MARTINEZ / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
A International Football Association Board (IFAB) reconhece que a ação que aconteceu durante o jogo Atlético Madrid - Real Madrid, na Liga dos Campeões, não estava regulamentada, mas que a partir de julho de 2025 haverá uma regra para evitar situações semelhantes.

"Nunca é tarde demais para começar". É o que diz o ditado, embora isso não sirva de consolo para os adeptos do Atlético de Madrid, que viram a sua equipa ser eliminada nos oitavos de final da Liga dos Campeões devido a um infeliz toque duplo de Julián Álvarez na bola, na decisão por grandes penalidades.

Apesar da deceção, a IFAB deixou claro que se tratou de uma ação não regulamentada e que era necessária uma regra clara para que, quando casos como o do argentino se repetirem, não volte a ocorrer uma polémica de proporções planetárias.

Por esta razão, a partir do próximo mês de julho, se um futebolista marcar um golo de grande penalidade depois de ter tocado inadvertidamente na bola duas vezes, o pontapé de 11 metros deve ser repetido, mas não se falhar a grande penalidade.

Por outro lado, o organismo que rege o futebol esclarece a necessidade de um penálti para um golo de dois toques.

"Não penalizar um golo de dois toques é injusto, uma vez que o guarda-redes pode ficar em desvantagem devido à alteração da trajetória da bola", afirmam.

Circular da IFAB

Toda a questão foi esclarecida na circular número 31.

"A IFAB deseja clarificar a Lei 10 'Determinação do Resultado de um Jogo' e a Lei 14 'O Pontapé de Penálti' em relação à situação em que o lançador atinge acidentalmente a bola com os dois pés em simultâneo ou quando a bola toca no pé ou na perna do lançador imediatamente após este ter executado o pontapé", lê-se na carta.

"Esta situação é rara e, uma vez que não está diretamente abrangida pela Lei 14, os árbitros tendem, compreensivelmente, a penalizar o executante por tocar novamente na bola antes de esta ter tocado noutro jogador, concedendo assim um pontapé-livre indireto à equipa adversária ou, no caso de penalidades (desempate por pontapés da marca de grande penalidade), registando o pontapé como um pontapé falhado", acrescentam, em comparação com o que acontecia antes desta reforma.

Por último, explicam como serão aplicados os penáltis a partir de julho: "No caso de o executante do penálti pontapear acidentalmente a bola com os dois pés em simultâneo ou de a bola tocar no seu pé ou na perna que não pontapeia imediatamente após o pontapé: se o penálti resultar em golo, o pontapé é repetido."