No futebol, o sucesso individual está sempre ligado ao sucesso coletivo. Bernardo Silva é a personificação desse mote. O esquerdino consegue sempre dar o melhor individualmente em prol da equipa e isso ficou evidente em todo o ano 2023, não só em Inglaterra, como também em Portugal.
Um ano memorável
Comecemos pelo tal sucesso coletivo: Premier League, Taça de Inglaterra, Liga dos Campeões, a primeira da carreira, Supertaça Europeia e Mundial de Clubes.
Nunca Bernardo Silva (e o Manchester City) tinha tido um ano destes.
Rúben Dias também participou de forma decisiva na temporada dos Citizens, mas o nível de influência de Bernardo Silva atingiu outro patamar. Guardiola comprovou-o semana sim, semana não, com constantes elogios ao médio ofensivo formado no Benfica.
Bernardo Silva foi avançado, médio, defesa, um jogador de equipa com talento individual ao nível dos melhores, mesmo que os números não o mostrem - 13 golos e nove assistências em 2023.
O técnico catalão, para muitos o melhor do mundo e para outros tantos o melhor da história, não abdicou do internacional português, até porque o rendimento esteve sempre num nível acima dos restantes. A exibição em plena meia-final da Liga dos Campeões, frente ao Real Madrid, foi o ponto alto de um ano inesquecível.
De Portugal para o Mundo, literalmente
Uma das poucas críticas apontadas a Bernardo Silva nos últimos anos foi a falta de rendimento sempre que era chamado à seleção. Afinal, seria o esquerdino o principal culpado? A entrada de Roberto Martínez ajudou a responder a esta questão.
Dos 10 jogos de Portugal desde a chegada do selecionador, Bernardo Silva participou em nove, sempre como titular.
Nesse período, marcou três golos e fez quatro assistências, fez parte da melhor qualificação da história de Portugal e, acima de tudo, pareceu encontrar o seu espaço, algo que tinha acontecido apenas de forma esporádica nas anteriores 78 internacionalizações.
2023 foi mesmo o ano de Bernardo Silva. O português chegou a ser o melhor jogador do Manchester City durante parte da época, o que lhe valeu mesmo a entrada para o lote de finalistas do The Best e o 9.º lugar da Bola de Ouro 2023.
Além desses méritos individuais, fez sempre a diferença nos grandes momentos e acabou o ano com o título de campeão Mundial ao peito, tendo mesmo marcado na meia-final.
Da lateral esquerda ao topo do mundo!