Mais

UEFA pede medidas para salvaguardar o bem-estar dos jogadores após lesões de Dembélé e Yamal

Yamal lesionou-se ao serviço da seleção espanhola
Yamal lesionou-se ao serviço da seleção espanholaReuters / Murad Sezer
O presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, e o presidente do sindicato de jogadores FIFPRO, David Terrier, apelaram esta segunda-feira à adoção de medidas para salvaguardar a saúde dos jogadores, alertando para o facto de o congestionado calendário de jogos ter atingido um ponto de rutura.

A declaração conjunta foi feita depois de o treinador do Barcelona, Hansi Flick, ter criticado a forma como a Espanha lidou com a lesão na virilha de Lamine Yamal, afirmando que o jogador de 18 anos recebeu analgésicos para jogar na qualificação para o Mundial, apesar de se queixar de desconforto.

O Paris St Germain disse este mês que estava a tentar tomar medidas corretivas e acusou a equipa médica francesa de ignorar as suas recomendações sobre os riscos de lesão, depois de Ousmane Dembélé e Desire Doué terem regressado ao clube lesionados.

O sindicato dos jogadores franceses (UNFP) também culpou o calendário internacional por colocar em risco a saúde dos jogadores.

Ceferin e Terrier, que se reuniram na semana passada na Albânia, instaram a UEFA, as federações, as ligas, os clubes e os sindicatos a trabalharem em conjunto para proteger o bem-estar dos jogadores e, ao mesmo tempo, defender os valores da pirâmide do futebol europeu.

"A nossa colaboração com a FIFPRO Europa reflete uma responsabilidade partilhada de proteger a saúde dos jogadores e reforçar as bases do futebol", afirmou Ceferin.

"O futebol de seleções continua a ser um pilar da identidade e da unidade da Europa. À medida que as exigências sobre os jogadores aumentam, é mais importante do que nunca trabalhar em conjunto – com associações nacionais, ligas, clubes e jogadores – para encontrar soluções equilibradas para o futuro do desporto".

Terrier disse que havia uma responsabilidade coletiva para agir.

"Todos reconhecemos que o calendário atingiu um ponto de rutura", afirmou.

"Na Europa, temos a sorte de dispor das ferramentas e dos parceiros – incluindo clubes, ligas e associações nacionais – para criar protocolos que protejam o bem-estar dos jogadores e garantam que tanto as seleções nacionais como os clubes continuem a inspirar, unir e crescer".