Mais de oito anos se passaram, mas as imagens daquele 8 de março de 2017 provavelmente estarão frescas na mente dos dois técnicos que protagonizaram aquela épica partida dos oitavos de final da principal competição europeia.
O PSG, então treinado pelo técnico basco, hoje no comando do Aston Villa, havia vencido por 4-0 no jogo da primeira mão, na capital francesa, mas o Barça de Luis Enrique viveu um dos momentos mais marcantes da sua história, além dos títulos, ao golear por 6-1 no Camp Nou.
O asturiano está na sua segunda temporada no PSG, com o qual acaba de conquistar o seu segundo título da Ligue 1. Semifinalistas da Liga dos Campeões no ano passado, os parisienses querem dar pelo menos mais um passo adiante.
Quarto rival inglês
Depois de ter dado os dois golpes ao derrotar o Manchester City em janeiro (4-2) e eliminar o Liverpool nos oitavos de final, o PSG chega ao confronto contra os "Villains" - o seu quarto adversário inglês nesta Liga dos Campeões - em plena forma em termos de jogo e resultados, e com a sensação de que não tem limites nesta temporada.
Antes do seu 100.º jogo pelo PSG, "Lucho" está mais relaxado do que nos meses anteriores.
Com Kylian Mbappé a caminho do Real Madrid, os adeptos e os jornalistas perguntavam-se como é que o PSG iria conseguir preencher um vazio de 40 golos por época.
A ineficácia na frente da baliza na primeira metade da temporada deu origem a dúvidas. Luis Enrique parecia distante e mal-humorado nas conferências de imprensa.
Mas os resultados apareceram, a equipa é campeã invicta da Ligue 1 e o treinador aparece agora perante a imprensa sorridente e descontraído.
O jogo da sua equipa é construído em torno da posse de bola e da pressão, e nada tem a ver com a versão Messi-Neymar-Mbappé do PSG de Christophe Galtier.
"Esta temporada é claramente melhor" do que a do ano passado, diz Luis Enrique, que terá que escolher entre Lucas Beraldo e Lucas Hernandez para substituir o suspenso Marquinhos na defesa na quarta-feira.
Aston Villa em alta
A equipa de Unai Emery também está em boa fase na reta final da temporada, com sete vitórias consecutivas em todas as competições, embora os jogos fora de casa sejam o seu calcanhar de Aquiles.
O basco, que chegou ao clube de Birmingham após o início da temporada 2022-2023, é idolatrado na cidade de Midlands.
Chegou a uma equipa que lutava para evitar a despromoção e, dois anos depois, consegue levá-la aos quatro primeiros lugares da Europa.
Os "Villans" estão em sétimo lugar na Premier League, mas têm o Top 4 ao alcance e estão também nas meias-finais da Taça de Inglaterra.
O treinador parece pronto a escrever uma nova página no seu idílio com as competições europeias que o levaram a vencer três Liga Europa com o Sevilha (2014, 2015 e 2016), uma com o Villarreal (2021), finalista com o Arsenal em 2019 ou a levar o Aston Villa às meias-finais da segunda competição continental.
Embora na Liga dos Campeões as desilusões da "Remontada" e a eliminação, também contra o Real Madrid, um ano depois, mantenham um travo amargo de que se quer livrar.
Um ano mais novo do que Luis Enrique, o também temperamental Unai Emery está a basear a boa temporada do Aston Villa na sua gestão do plantel.
Nas duas últimas vitórias no Campeonato Inglês (Brighton e Nottingham Forest), fez oito mudanças em três dias. Marcus Rashford, Marco Asensio e Donyell Malen, contratados em janeiro, são três ameaças para Donnarumma no Parc des Princes.