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Anselmi aborda Ranieri, intensidade e responde às críticas: "Desde que os portistas gostem..."

Anselmi elogia a evolução do plantel
Anselmi elogia a evolução do plantelFC Porto
Leia abaixo as declarações do treinador do FC Porto, Martin Anselmi, na antevisão ao duelo com a Roma, da primeira mão do play-off da Liga Europa, agendado para quinta-feira, às 20:00, no Estádio do Dragão.

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Antevisão: "Essas 24 horas a mais que tivemos para preparar o jogo serviram para os jogadores descansarem, demos um dia livre que já não tinham há muito, fizemos um dia de recuperação e depois começamos a preparar. Não se tratar de ter um dia a mais para se ver algo diferente, temos que tentar que haja evolução a cada jogo do que queremos como modelo de jogo. Viu-se evolução do Rio Ave para o Sporting e espero mais uma evolução do Sporting para a Roma".

Evolução: "Estou muito contente com o profissionalismo, o entusiasmo e vontade de aprender dos jogadores. Desde que chegamos, comentamos entre nós equipa técnica, o quão profissionais são e quão predispostos estão em ser melhores. Isso é impagável para um treinador, é um grupo que te convida a melhorar. Temos de destacar a coragem que têm, temos uma ideia que requer muito esforço físico e mental, gostamos de pressionar alto e ficar com a bola o mais rápido possível, para isso é preciso mente e força. Temos visto isso nos jogos, estamos muito felizes por estar a trabalhar com estes jogadores. Quanto ao favoritismo, entramos nisso dos números.. o que interessa é amanhã FC Porto-Roma, às 20:00".

Posição média dos jogadores do FC Porto contra o Sporting
Posição média dos jogadores do FC Porto contra o SportingLUSA/Opta by StatsPerform

Manter intensidade ao longo dos 90 minutos: "Expliquei na conferência de impresa após o último jogo, não é uma questão de intensidade, mas de tática, a diferença foram os emparalhamentos entre a primeira e a segunda parte. Na primeira parte demos espaços mais largos, o rival tem mais tempo para decidir e isso faz com que pareças menos intenso. Na segunda parte, como deixamos espaços mais curtos e estávamos mais perto, faz parecer que somos mais intensos. Se é verdade que na segunda parte recuperamos mais vezes a bola, foi devido a um ajuste tático. Esperamos que isso se repita durante a maior quantidade de tempo durante os jogos, quanto mais vezes isso acontecer, estamos mais pertos do que queremos". 

Festejo do golo do empate com o Sporting: "No final, os golos são para ser celebrados. Creio que para além do golo, a celebração é o que se faz no momento e naquele momento saiu-me assim, estávamos em casa perante a nossa gente e achei que deu alguma justiça no encontro. O que celebrei foi a recompensa do esforço feito pela equipa e isso vou celebrar sempre. Depois fica para interpretação, eu vivo as coisas como sou e não me escondo atrás de nada. Vai haver outros jogos que não vou celebrar porque não me surgiu, mas desde que os portistas gostem, por mim está tudo bem".

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Ouça o relato no site ou na appFlashscore

Importância da primeira mão na eliminatória: "Com a minha experiência, o primeiro jogo é determinante, independentemente se é em casa ou fora. Para lá de ser uma série de 180 minutos, os segundos 90 minutos estão condicionados pelos primeiros e esse resultado vicia o jogo. Não é a mesma coisa, são jogos diferentes porque o segundo já tem um resultado. Não gosto de especulação, de achar que há tempo no segundo jogo para dar a volta. O primeiro jogo é importante e é preciso ganhá-lo". 

Como explica uma vitória em 8 jogos aos jogadores: "Eu não sei como explicar isso aos jogadores, isso não tem explicação. Eu explico-lhes como ganhar à Roma. O treinador anterior pode explicar como foram os cinco jogos anteriores, eu posso explicar o que foram os três jogos desde que chegamos. O que fizemos bem, o que fizemos mal, o que há a melhorar... Genericamente dá para explicar um resultado, mas não sempre, porque podemos fazer as coisas muito bem e perder ou fazer as coisas muito mal e ganhar. Considero que quanto mais vezes fizermos as coisas bem, vamos estar mais perto de ganhar com tempo. Se fizermos as coisas mal, podemos passar mais sete jogos sem ganhar".

Que Roma espera: "Enfrentar Ranieri para mim é um orgulho e uma motivação, quando tinha 12 anos olhava para o seu Valência, é um treinador que viveu de tudo, tem muita experiência, poder conhecê-lo cara a cara é um orgulho para mim. É um treinador inteligente, que vai saber como enfrentar o jogo, a Roma é a Roma, é uma equipa grande e tem que sair a ganhar em qualquer campo. Não sei se espero uma equipa defensiva. Nós preparamo-nos para todas as possibilidades, há um padrão de jogo na Roma, preparamo-nos para isso, que também mudou bastante de jogo para jogo, com o AC Milan foi mais conservadora, noutras situações pressiona mais alto e homem a homem. Nós preparamo-nos para as duas situações".

Rodrigo Mora esteve em destaque nos últimos dois jogos
Rodrigo Mora esteve em destaque nos últimos dois jogosFC Porto/Opta by StatsPerform

Treinos após Sporting e pontos fortes do FC Porto para o jogo: "Gostei da competitividade da equipa, o FC Porto tem de o ser em todos os jogos até ao final e por isso aconteceu a celebração. Isso dá-me boas sensações, não posso permitir que uma equipa que eu treine não seja competitiva. Resolver com a máxima intensidade e interpretação o que pode o jogo, ser competitivo é arriscar no passe, fazer o duelo e aliviar quando tenho de aliviar. É o que pede o jogo em todos os sentidos, na intensidade e interpretação. Vejo isso à flor da pele neste grupo, em todos os treinos e jogos. Enquanto vir isso, as sensações vão ser boas. Quando não ganhámos jogos ficamos tristes, queremos ganhar. O processo é bom nesse sentido. Como dizia o Tiago Djaló, a Roma tem bons jogadores e bons pés, se deixarmos jogar ficam melhores, precisamos de um FC Porto que tire tempo às decisões dos rivais. Na nossa forma de ver o futebol, controlar o jogo é fundamental, com e sem bola, para o fazer precisamos de recuperar a bola o mais rápido possível".

Enfrentar a Roma na Europa: "Entendo a dimensão do rival, mas também entendo a dimensão da camisola que representamos. Sinto-me com vontade de voltar ao Dragão com a nossa gente, que nos empurre, somos o FC Porto e temos de ganhar, mais nada".